quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

O ANO PASSADO


O ouro no ano passado subiu sem parar

Os gritos na bolsa falaram de outros valores

Corpos estranhos no ar

Silenciosos voadores

Quem sabe olhando o futuro do ano passado

O mar quase morre de sede no ano passado

Os rios ficaram doentes com tanto veneno

Diante da economia

Quem pensa em ecologia

Se o dólar é verde é mais forte que o verde que havia

O que será o futuro que hoje se faz

A natureza as crianças e os animais ?

Quantas baleias queriam nadar como antes

Quem inventou o fuzil de matar elefantes ?

Quem padeceu de insônia

Com a sorte da Amazônia

Na lei do machado o mais forte do ano passado

Não adianta soprar a fumaça do ar

As chaminés do progresso não podem parar

Quem sabe um museu no futuro

Vai guardar em lugar seguro

Um pouco de ar puro reliquia do ano passado

O que será o futuro que hoje se faz

A natureza as crianças e os animais ?

Os campos risonhos um dia tiveram mais flores

E os bosques tiveram mais vida e até mais amores

Quem briga com a natureza

Envenena a própria mesa

Contra a força de Deus não existe defesa

O que será o futuro que hoje se faz

A natureza as crianças e os animais

O que será o futuro que hoje se faz


Roberto Carlos e Erasmo Carlos

"Eu vejo o futuro refletir o passado,
eu vejo um museu de grandes novidades..."

(Barão Vermelho)

Uma análise da poesia em forma de música (O ANO PASSADO):

Como a expressão artística não pode ser mais cultural??? Roberto Carlos e Erasmos Carlos viviam as questões atuais há quase duas décadas!!! Ou será que realmente tudo se repete?
A música do
rei reflete o cenário atualíssimo de incertezas econômicas e da demagogia que envolve os dicursos "ecologicamente corretos". Como Diria Cazuza: o futuro reflete o passado. Nada de novidade na tão "alarmante" crise econômica, prevista por diversos estudiosos (economistas ou não). O sistema de produção atual não organiza e balanceia os recursos produtivos como deveria, de forma inteligente e eficaz. As questões são as mesmas e dificilmente mudarão caso não ocorra uma alteração na base da compreensão do modo de viver humano.


Na música:

A commoditie era o ouro. Hoje, o petróleo galopa subindo e carrega o sistema capitalista consigo, uma vez que mais de 90% da produção necessita dessa fonte de energia. As questões naturais recebem atenção nunca vistas, mas os olhos se voltam para os resultados do problema, não para as raízes dele. Hoje, a questão do aquecimento global, não só mares e rios, golfinhos e a baleia azul, mas todo o sistema, o globo todo. A contínua crítca à supervalorização da cultura e status americanos, em detrimento de tudo e de todos, merece destaque nos versos do rei.

A amazônia também recebe atenção na canção quando induz o pensamento de que ninguém se importa com o “pulmão verde” do mundo; todos dormem tranquilos enquanto se registra cada vez mais desmatamento para a produção da soja conquistadora de territórios. Brinca com a nossa imaginação e nos leva a uma dimensão na qual só exista ar puro num museu futuro... como seria a simulação?

Quem briga com a natureza envenena a própria mesa”. Tal frase parece piegas, com pouco tratamento literário, mas reflete uma realidade exposta, tão evidente quanto direta a afirmação pouco poética. Parece que o rei a construiu assim mesmo, com o interesse de mostrar a simplicidade do raciocínio que muitos doutores parecem não alcançar.

Acreditando ou não, a afirmação de que Deus é maior e mais poderoso que o próprio sistema, que quem não O respeita será, mais dia, menos dia, aniquilado, não por Ele, mas por sí próprio. Daí a questão atemporal sobre o futuro. Seja ontém, hoje ou amanhã, a questão será a mesma: “O que será o futuro que hoje se faz”?



quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Após demitir 1,3 mil, Vale pára produção de níquel no Canadá



A Companhia Vale do Rio Doce (Vale) anunciou na quinta-feira, 4, via comunicado ao mercado, que vai interromper por tempo indeterminado a produção de níquel em duas minas no Canadá, em virtude das condições atuais no mercado global de níquel. Na quarta-feira, a empresa anunciou a demissão de 1,3 mil funcionários pelo mundo, e deu férias coletivas a outros 5,5 mil. A interrupção na mina de Copper Cliff South (CC South), localizada em Sudbury, província de Ontário, Canadá, começará em de janeiro de 2009. CC Deep contribui para a produção de 8.000 toneladas métricas de níquel por ano.As operações de Voisey's Bay, localizadas na província de Newfoundland and Labrador, Canadá, e que compreendem a mina de Ovoid e uma planta de processamento, serão paralisadas durante o mês de julho de 2009.

Voisey's Bay produz concentrado de níquel e cobre. Nos nove primeiros meses de 2008 essas operações contribuíram para a produção de 58.000 toneladas de níquel e 39.000 toneladas de cobre em concentrado.Além disso, a empresa decidiu postergar o início do desenvolvimento do projeto Copper Cliff Deep (CC Deep) por um período de 12 meses.


Conforme anunciado em seu orçamento de investimento 2009, o desenvolvimento de CC Deep possui aporte total de US$ 814 milhões, dos quais US$ 138 milhões haviam sido orçados para dispêndio em 2009.A Vale informa ainda que, num esforço para redução de custos, sua subsidiária integral Vale Inco está lançando um programa de aposentadoria voluntária para funcionários elegíveis em todo o mundo. Tendo em vista as incertezas existentes no cenário econômico global, a Vale diz que mantém a opção de administrar seu ritmo de produção de acordo com as condições de mercado.


Demissões e cortes na produçãoPara analistas de mercado, as demissões de ontem apontam para um corte mais profundo na produção do que os 30 milhões de toneladas (9,5% do total) anunciados no fim de outubro. O Banco Goldman Sachs avalia que o corte da produção pode subir para 45 milhões de toneladas. A virada na produção foi muito rápida. Até setembro, antes da quebra do Banco Lehman Brothers, que detonou a crise financeira mundial, a Vale planejava ampliar a produção de 270 milhões para 300 milhões de toneladas de minério de ferro.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

O artigo abaixo será publicado no livro do MINTEG-DR (Mestrado Integrado em Desenvolvimento Regional da UNIFAP)... em breve estará disponível na web para consultas e leitura integral. Aguardem!
EPISTEMOLOGIA DA ECONOMIA: UMA ROTA PARA O ENTENDIMENTO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Rodson Juarez[1]

Resumo
Este artigo examina a evolução do pensamento econômico, analisando os embasamentos filosóficos que montam as diversas doutrinas econômicas, ou paradigmas da ciência econômica. Como as transformações paradigmáticas ocorreram no transcorrer temporal, uma analise histórica se faz imprescindível, inicia-se na Grécia antiga e nos alcança, num momento de discurso inflamado e de revolução científica.
Palavras-chave
Desenvolvimento sustentável, economia política, epistemologia econômica, metodologia, paradigma.

Abstract
This article exams the economic though evolution analyzing the philosophical bases that arrange the most different economic doctrines or economics sciences paradigms. As the paradigmatic changes strike at temporal elapse a historical analysis is necessary, initiating at antique Greek and hitting us in a moment of flamed discourses and scientific revolution.
Key words
Sustainable development, political economy, economic epistemology, methodology, paradigms.
[1] Economista (CEAP), mestrando em Desenvolvimento Regional (UNIFAP).

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Mais uma eleição municipal....

O que muda??
Qual o compromisso do eleitor??
Nada Muda!!
Compromisso com o poder!!

Me dás?
Te dou!!
Votas?
Voto!!
Voto em A, em B, em C...
Todos querem ser!!!

O resulto esta aí diante de todos...
Muda algo
Muda tudo

Ah!.. um dia tudo muda!!!
Muda nada!!!
Muda sim!!!!
Nada!!!
Sim!!!
!!!
.

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

CONTINUA A EXPANSÃO DO CRÉDITO

A contínua e progressiva expansão de linhas de crédito influencia diretamente o impulso da indústria nacional e um relativo cômodo num posto de segurança par os investimentos estrangeiros. Tal fenômeno possibilitou os maiores lucros de instituições financeiras no ano passado, dando aos bancos lugares de eminência no hall de empresas com maior volume de lucro, antes só ocupados por empresas da extração mineral e petrolífera.

O problema é apostar e construir uma política desenvolvimentista embasada nesse crédito. Num determinado ponto ocorrerá o ponto de saturação dos tomadores de empréstimos, nesse momento, como conseqüência, haverá retração relativa da economia, pela retração da demanda. Por não ser um fenômeno circular infinito, a preparação para políticas de desenvolvimento sustentável se faz imprescindível.

No Amapá não é diferente. A multiplicação de financiadoras é evidente, trazendo consigo o endividamento progressivo das famílias e pequenas empresas. Aqui, a economia do contracheque atrai os empréstimos com consignação em folha, que representam grande fatia dos resultados dos bancos, somados aos financiamentos de automóveis e cartões de crédito, sem deixar de lado o cheque especial.

AO LARGO DA CRISE MUNDIAL???

DADOS OFICIAIS RECÉM-PUBLICADOS AFIRMAM QUE A ECONOMIA BRASILEIRA CRESCE, APESAR DO PÂNICO MUNDIAL EM RELAÇÃO À CRISE DO MERCADO FINANCEIRO

São informações contrárias: a crise do mercado financeiro e diminuição da taxa de desemprego no Brasil. Afinal, não estamos inseridos numa economia global, encadeada e entrelaçada numa teia complexa que, em maior ou menor grau, influencia as economias mais diversas em todo o globo, mesmo as mais fechadas (tão raras)?

Com a crise do setor imobiliário norte-americano anunciando uma crise sistêmica do jeito de fazer o mercado financeiro e o próprio modo de produção capitalista, as medidas para contorno à crise forma tomada no mais próximo ao jeitinho brasileiro – em cima da hora, correndo atrás do prejuízo. Todos sabiam que as seguradoras não poderiam segurar o rojão do endividamento das famílias por muito tempo, mas os fomentos ao mercado imobiliário continuaram, e o lógico aconteceu. As bolsas sofrem colapso pela expectativa de calote e prejuízos encadeados. Os investidores retiram o capital aplicado em ações de risco e empurram as economias para níveis de desaceleração... principalmente as economias em ascensão ou recuperação – aí se enquadra o Brasil.

Mas e a atual queda na taxa de desemprego no nosso país? Um dos primeiros reflexos que os países impactados pela crise mundial é a retração da produção, com incidência fulminante no número de vagas ofertadas pelo mercado. No Brasil, com o câmbio ainda favorável para a importação, aquecimento de indústrias de base pelo acesso facilitado ao crédito, arrecadação tributária oficial recorde (fixando investimentos estrangeiros pela confiabilidade das contas nacionais) e, principalmente, pela divergência das causas da crise, o Brasil segue com passos “firmes”. Mais cedo ou mais tarde, caso a crise não seja contornada pela ação iminente do governo norte-americano, a crise chegará pras bandas de cá.

Mostremos que aprendemos com os erros próprios e dos outros. Assim como os EUA deixaram para a última hora uma tomada de decisão previsível, tâmara que nossos dirigentes se antecipem ao colapso tão previsível quanto, nos moldes mais tradicionais e protecionistas de nosso “Tio Sam”.
AO LARGO DA CRISE MUNDIAL???

DADOS OFICIAIS RECÉM-PUBLICADOS AFIRMAM QUE A ECONOMIA BRASILEIRA CRESCE, APESAR DO PÂNICO MUNDIAL EM RELAÇÃO À CRISE DO MERCADO FINANCEIRO

São informações contrárias: a crise do mercado financeiro e diminuição da taxa de desemprego no Brasil. Afinal, não estamos inseridos numa economia global, encadeada e entrelaçada numa teia complexa que, em maior ou menor grau, influencia as economias mais diversas em todo o globo, mesmo as mais fechadas (tão raras)?

Com a crise do setor imobiliário norte-americano anunciando uma crise sistêmica do jeito de fazer o mercado financeiro e o próprio modo de produção capitalista, as medidas para contorno à crise forma tomada no mais próximo ao jeitinho brasileiro – em cima da hora, correndo atrás do prejuízo. Todos sabiam que as seguradoras não poderiam segurar o rojão do endividamento das famílias por muito tempo, mas os fomentos ao mercado imobiliário continuaram, e o lógico aconteceu. As bolsas sofrem colapso pela expectativa de calote e prejuízos encadeados. Os investidores retiram o capital aplicado em ações de risco e empurram as economias para níveis de desaceleração... principalmente as economias em ascensão ou recuperação – aí se enquadra o Brasil.

Mas e a atual queda na taxa de desemprego no nosso país? Um dos primeiros reflexos que os países impactados pela crise mundial é a retração da produção, com incidência fulminante no número de vagas ofertadas pelo mercado. No Brasil, com o câmbio ainda favorável para a importação, aquecimento de indústrias de base pelo acesso facilitado ao crédito, arrecadação tributária oficial recorde (fixando investimentos estrangeiros pela confiabilidade das contas nacionais) e, principalmente, pela divergência das causas da crise, o Brasil segue com passos “firmes”. Mais cedo ou mais tarde, caso a crise não seja contornada pela ação iminente do governo norte-americano, a crise chegará pras bandas de cá.

Mostremos que aprendemos com os erros próprios e dos outros. Assim como os EUA deixaram para a última hora uma tomada de decisão previsível, tâmara que nossos dirigentes se antecipem ao colapso tão previsível quanto, nos moldes mais tradicionais e protecionistas de nosso “Tio Sam”.

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

O AMAPÁ TEM MINÉRIO, LOGO, NÃO PRECISA OFERECER VANTAGEM FISCAL ALGUMA

Essa foi a afirmação do contabilista e advogado tributarista Roberto Armond, em entrevista publicada no dia 15.

Tal afirmação parece ser bem lógica e auto-explicativa, mas o cenário atual de facilitação para empreendimentos de exploração mineral em terras amapaenes segue a contra-mão dessa lógica. Vultosos incentivos vêm sendo utilizados sob a justificativa de que os empreendimentos devam trazer vagas de trabalho e aquecer a economia, trazendo receita direta e eindireta para a localidade onde se instalem. Bom! Mas poderia ser bem melhor... a visão estratégica de Armond suscita a necessidade de uma peça técnica para o planejamento de políticas públicas para o desenvolvimento do Amapá, priorizando ações para a promoção do bem-estar social, sem vícios político-partidários (o que é dificílimo nos tempos atuais).

De fato, a inexistência de uma equipe que pense o Estado para futuros 15, 10, ou mesmos, 5 anos, num caráter estratégico, diferente do Plano Pluri-Anual, deixa a gestão da coisa pública numa maré mansa, que sempre procura corrigir os erros e atropelos típicos de quem anda sem rumo (a falta do tal planejamento).

A questão do minério, por exemplo. É fato. Ele existe, num cenário global de valorização às taxas crescentes de commodities minerais, que subsidiam os mais diversos parques industriais de todo o mundo. Pra quê deixar de ganhar fundos com uma arrecadação com esse tipo de atividade? Mais cedo ou mais tarde o minério será explorado. Que pague quem pode!

Um dos problemas para tomada de decisão em relação às questões extrativistas é que pouco se investe em pesquisa no Amapá. Como negociar o que não se conhece? Quanto menos pesquisa, menos conhecimento de nossas próprias riquezas. Tal problemática é também levantanda pelo advogado Armond.

São vistas que precisam ser enxutas e límpidas para que enxerguemos os atores dum processo muitas vezes truncado, com meias explicações e vantagens imediatas, com pouco planejamento e que, por consequência, acabam por não tratar de forma sistêmica o desenvolvimento do Amapá. Precisamos de pró-atividade, não reação aos problemas.

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Aulas de empreendedorismo em diversas escolas de Macapá

... uma lição de como fomentar uma cultura empreendedora com investimentos em educação e programas para as diferentes séries, aproveitando o espaço já preparado para a sociedade, a escola.

A Junior Achievement é a maior e mais antiga organização de educação prática em economia e negócios, registrando o mais rápido crescimento em todo o mundo. Criada nos Estados Unidos, em 1919, por Horace Moses e Theodore Vail, presidentes da Strathmore Paper Company e da AT&T, respectivamente, é uma fundação educativa sem fins lucrativos, mantida pela iniciativa privada.
A filosofia da Junior Achievement é: "A Vida é um Caminho, não um Destino e Você é o Arquiteto do seu Caminho". A fundação acredita na capacidade e potencialidade do ser humano e incentiva os jovens a adotar responsabilidade pelos próprios destinos, determinação de objetivos específicos, realistas e ambiciosos, atuação na busca das metas, coragem para correr riscos, perseverança e confiança em si próprios.


Qual o objetivo?

O objetivo da Junior Achievement é despertar o espírito empreendedor nos jovens, ainda na escola, estimular o desenvolvimento pessoal, proporcionar uma visão clara do mundo dos negócios e facilitar o acesso ao mercado de trabalho. Com isso, consolidar a cultura empreendedora formando uma geração de lideranças nas áreas empresarial, educacional, social e política, sob os valores da honestidade, ética, perseverança, respeito, coragem, e sensibilidade. Oferece programas de educação econômico-práticos e experiências no sistema de livre iniciativa, através da parceria entre escolas e voluntários da classe empresarial que dedicam parte de seu tempo ensinando e compartilhando suas experiências com os alunos. A Junior Achievement contribui para a formação dos jovens que constituem o futuro do Brasil. Atualmente, mais de 100 países aplicam seus programas, que beneficia 07 milhões de jovens ao ano.

No Amapá

A Junior Achievement Amapá inicia novo período de atividades com atendimento de diversas escolas privados e públicas, atendendo vários públicos, de acordo com os programas específicos para cada faixa etária e de conhecimento. O programa mini-empresa carrega uma tradição no Estado, envolvendo os participantes numa sadia competição de mercado, considerando as vendas, inovação e formulação de produtos com a cara dos jovnes empreendedores. É uma “brincadeira” de gente grande, com valores reais que mostram aos jovens como encarar um mercado cada vez mais celetista e exigente, considerando os meandros dos negócios num mundo globalizado e cada vez mais preocupado com a sustentabilidade dos meios de produção. Eis uma lição de como fomentar uma cultura empreendedora com investimentos em educação e programas para as diferentes séries, aproveitando o espaço já preparado para a sociedade, a escola.
Mercado financeiro instável

Qual a novidade dessa informação?

Na verdade não há novidade... A instabilidade do mercado é alvo de muitos estudos matemáticos para cálculo das tendências caóticas do sobe e desce das cotações ações em todo o mundo. Não é de hoje que isso intriga os especialistas.

A questão na tensão atual está em trono do perigo de recessão do sistema produtivo capitalista atual. O risco iminente de enfim o tão previsto colapso ocorrer faz com que os resgates financeiros ocorram em volumes gigantescos, influenciando nas cotações internacionais de diversas sociedades abertas ao capital sem nação.

Somente a Bovespa acumula perda de quase 20% no ano. Os investidores estão tão preocupados que preferem reter os valores em investimentos menos agressivos, com os rendimentos menores, porém, mais seguros. Tal movimento tira parte considerável da expectativa dos investimentos futuros das companhias físicas, que dependem de certa quantia de tal capital, o que pressiona o funcionamento da indústria local e do nível de emprego (entusiasmadamente divulgado de forma oficial).
Cuidemo-nos!!!

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

PROGRAMA AMAZÔNIA SUSTENTÁVEL NA MIRA DOS ECONOMISTAS LOCAIS

Apesar das “boas intenções” o PAS é tido pelos economistas locais das mais diversas correntes como uma excelente peça literária, mas que não expressa as técnicas básicas necessárias para sua execução

Durante a realização do painel do dia 28 (quita) do 3º Encontro Amapaense de Economia, realizado pelo Conselho Regional de Economia do Amapá (COREON-AP), no auditório da Universidade Estadual do Amapá (UEAP), ficou evidente o ar de descrédito no Programa Amazônia Sustentável, num painel que intitulava o programa e os desafios e oportunidades do Estado do Amapá.
Desde o expositor, o Professor Hélio Mairata, da Universidade Federal do Pará (UFPA), que apresentou o programa do governo federal de forma desdenhada, evidenciando os termos ambientalistas “mascarados” de programa de desenvolvimento, segundo ele. O clima de descrédito do PAS se agravou com as falas dos economistas Haroldo Vitor de Azevedo Santos (SEPLAN) e Jurandil Juarez (Dep. Federal), fazendo coro com termos pregados pelo geólogo Antônio Feijão, que segue em tradar as questões fundiárias do Amapá.


As diferenças

Mesmo com as diferentes correntes defendidas para o desenvolvimento do Amapá, as figuras ilustres presentes no evento debateram por mais de quatro horas os pontos positivos e negativos do PAS e qual a verdadeira identidade amapaense inserida no programa – se é que há alguma. As conclusões foram parecidas e consoantes às evidências de pouca representatividade dos interesses verdadeiros dos amazônidas e, principalmente, dos amapaenses, que recebem um programa de forma vertical, sem participar de sua elaboração. Tais diferenças entre os indivíduos ficou posta em segundo plano, mesmo que, durante cada fala, a platéia de economistas e acadêmicos tenham enxergado o posicionamento de cada corrente.


As faltas

Tão esperado e anunciado, o Ministro da República, Roberto Mangabeira Unger não compareceu para defender o filho recém-adotado, o PAS. Como seria o debate com a presença de tão ilustre representante dp Governo Federal? Tal incógnita pode ser revelada em nossas mentes somente. De certo seria um avento ainda mais abrilhantado, mas será que teria tamanhos protestos ao programa? Não que nossos economistas e representantes não tivessem pulsos para debater o ocorrido diante do Ministro. Não é essa a questão. Mas a presença de Unger inibiria comentários exacerbados de alguns e a polidez dum evento oficial não permitiria um comportamento mais agressivo – essa é a revelação pessoal de tal incógnita.
Ainda, o representante do Governo do Estado, Alberto Góes, deixou de comparecer ao evento, deixando o Professor Mairata sozinho para expor o PAS aos participantes. Quem sabe a força que o programa poderia ter no evento com a presença dos dois representantes do executivo? O fato é que a falta dos dois deixou um campo minado para uma possível, mas improvável defesa do PAS em terras tucujus. O bonde passou e teve gente que não subiu!


A importância

Tal evento ganha mais importância ainda quando se propõe a discutir questões fundamentais para o posicionamento técnico-profissional de cada ente presente no painel, trazendo à tona a discussão de alternativas para a construção de políticas de desenvolvimento de nossa região, difundindo conhecimentos e experiências diversas entre os profissionais de uma área tão necessária para o bom andamento de qualquer arranjo social.
É certo que em qualquer mesa de bar podemos facilmente achar as “soluções” para os problemas de nossa economia, política e sociedade. Para que o evento não se torne mais uma “mesa de bar” os profissionais e técnicos devem arregaças as mangas e fazer valer os esforços de vários anos de experiência e trabalho árduo, com compromisso individual com o coletivo, com avanço das discussões e materialização do meta-físico, onde tudo parece estar resolvido.


Os corredores

É no corredores das instituições que os participantes medem o nível de conhecimento absorvido durante a palestra ou aulda de diferentes mestres. Não diferente a este fenômeno, foi nos corredores da UEAP que os participante do painel sobre o PAS discutiram e avaliaram a atuação dos debatedores e expositores.
Foi lá que se ouviu: “o Feijão arrebentou”; “o Jurandil mandou ver. O deputado tem feito um bom trabalho parlamentar, mas falta apoio” (sobre Jurandil Juarez); “esse camarada é muito prolixo!” (sobre Feijão); “o Prof. Hélio detonou com oque ele veio expor!”; “é de economista assim que eu gosto, prático e franco” (sobre o secretário Haroldo Vitor); dentre outras falas interessantíssimas discutindo alternativas para o desenvolvimento do Amapá. Isso sim é importante. A avaliação nos corredores.
(01SET2008)
O QUE É QUE A ARGENTINA TEM?

Na última quinta-feira (28) o embaixador argentino no Brasil, Juan Pablo Lohlé, esteve em visita oficial em solo macapaense. Foi a Missão de Promoção Comercial ao Estado do Amapá do governo argentino. Diversas foram as justificativas à visita: desde aproximação comercial entre o país e nosso Estado, utilidades do regime aduaneiro diferenciado da Área de Livre Comércio de Macapá e Santana, para internalização de importações daquele país, o estabelecimento de uma nova logística de abastecimento para o recebimento dos produtos argentinos para o Norte do Brasil.

È a evidente carência de mercado com “ermano” que traz tal representação ao estado brasileiro que possui o segundo menor PIB nacional. Qual a finalidade? Qual o cenário para a realização da visita? Devemos nos sentir lisonjeados? O que devemos entender é que nesse economia globalizada devemos conhecer muito bem as parcerias que firmamos. A conjuntura econômica da Argentina não é das mais favoráveis e a busca por novos mercados evidencia o desespero argentino.

Questões como exportação de bubalino tucuju para apreciação argentina. É meio absurdo, mas a resposta foi positiva, com indicações de mercado fino que aguce a curiosidade dos ricos de lá. Lembremos que a Argentina é um dos maiores exportadores de gado bovino do mundo. Mas, de fato, não mostrou o que é que a Argentina tem, senão a medalha olímpica de ouro conquistada sobre o Brasil em Pequim.

Outras informações sobre o comércio já existente entre as partes e os futuros anseios locais (derivados de azeites, leite, trigo e carne vermelha) para fins atacadistas estiveram nas discussões entre os representantes argentinos e um seleto grupo de empresários locais no auditório da Associação Comercial do Amapá.A missão argentina passou diversos outro estados brasileiros e ainda segue peregrinação. Será que eles vão conseguir convencer os empresários brasileiros?

segunda-feira, 28 de julho de 2008

(28Jul2008)
CIDADES MAIS CARAS

São Paulo e Rio dão salto na lista sobem no ranking mundial

A valorização de quase 20% do real frente ao dólar no último ano provocou um salto de mais de 30 posições das cidades brasileiras no ranking mundial de custo de vida. São Paulo é a terceira localidade que mais subiu na pesquisa – 37 posições – saindo da 62ª colocação em 2007 para o 25º lugar neste ano. Dentre as metrópoles pesquisadas, somente Teerã (Iran) e Caracas (Venezuela) tiveram seus preços mais elevados que São Paulo.


A pesquisa anual da Consultoria Mercer sobre as cidades mais caras do mundo para trabalhadores estrangeiros revelou que as brasileiras São Paulo e Rio de Janeiro ganharam posições no ranking. O Rio de Janeiro subiu da 64ª para a 31ª posição, junto com Barcelona e Estocolmo. Com isso, viver nas duas capitais brasileiras se tornou mais dispendioso que morar em cidades como Berlim, Los Angeles e São Francisco.

Assim como aconteceu com o Real, outras moedas, incluindo o Euro, se fortaleceram nos últimos meses, provocarando mudanças no posicionamento dos países no ranking. Além disso, a expansão de algumas economias acima da média mundial também contribuiu para as alterações no ranking. Todas as cidades da Índia, por exemplo, subiram na pesquisa, refletindo o crescimento de 9,2% no Produto Interno Bruto (PIB) do país em 2007.

Moscou é a cidade mais cara, com um custo de vida cerca de 40 por cento maior do que Nova York que caiu da 15ª para a 22ª posição. Tóquio (Japão) subiu duas colocações e passou a ocupar a vice-liderança do ranking, tirando o lugar de Londres (Inglaterra), que passou para a terceira posição. Em último lugar está Assunção no Paraguai.

Entre os itens analisados para a elaboração do ranking são avaliados os custos de acomodação, transporte, alimentação, vestuário, bens domésticos duráveis e entretenimento. Se custos com segurança e saúde fossem computados com certeza as cidades brasileiras pesquisadas tomartiam nova posição no ranking, mais acima, bem mais acima.
(28JUL2008)
ALTA NOS JUROS PARA FREAR INFLAÇÃO!

BC aumenta em 0,75% a taxa básica de juros brasileira como alternativa para arrefecer o mercado nacional e a guinada inflacionária.


A revista americana Forbes entende que a decisão da última quarta-feira (23), tomada pelo Banco Central, em aumentar a taxa básica de juros (Selic) em 0,75%, alcançando 13%, como uma ducha de água fria com a matéria em inglês Cooling off Brasil (esfriando o Brasil).

A medida vem para diminuir a demanda por crédito e, como conseqüência, diminuir a demanda nacional. Tal fenômeno também diminui a pressão sobre a alta dos preços, com reflexos diretos na inflação. O susto da alta da inflação para patamares acima da meta para 200 fez com que a política monetária nacional acionasse um instrumento necessário: o aumento da Selic.

A inflação deverá atingir 6,53% neste ano, um índice maior do que a meta de 4,5% estipulada pelo governo e maior do que o teto de 6,5%. A revista lembra que o presidente do BC, Henrique Meirelles, prometeu trazer a inflação para 4,5% até o final de 2009. Segundo a "Forbes", isso seria uma indicação de que outras elevações nas taxas de juros poderiam estar a caminho.

Prejuízos

Mas o aumento da taxa de juros não traz apenas os impactos de contenção da demanda. É esperado um impacto de R$ 3,49 bilhões na dívida do governo federal nos próximos 12 meses. Esse valor considera o pagamento adicional de juros que será feito pelo governo nesse período. Ganham os investidores que compraram títulos indexados à Selic (LFTs) ou investiram em fundos que possuem esses papéis em sua carteira.

De acordo com dados divulgados pelo Tesouro Nacional, no final de junho, a parcela dos títulos remunerados pela taxa Selic somava R$ 465,52 bilhões. Isso representa quase 40% da dívida pública do governo federal em títulos, que cresceu e chegou a R$ 1,247 trilhão em junho

Considerando o setor público como um todo, e não apenas o governo federal, a dívida indexada à Selic somava R$ 645,4 bilhões no final de maio (os dados de junho serão divulgados pelo Banco Central apenas na próxima semana). Nesse caso, o impacto do aumento dos juros anunciado quarta-feira passada, para um período de 12 meses, é de R$ 4,841 bilhões.

Em Braslia

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva está convencido de que a alta de 0,75 ponto porcentual na taxa básica de juros brasileira foi "absolutamente necessária" para segurar o aumento dos preços e evitar que a inflação chegue a dois dígitos em 2009. Lula conversou com o presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, e foi informado de que era preciso acelerar o ritmo de alta dos juros. Não resistiu. Ao contrário: deu todo apoio à medida.

"Vamos fazer o que tem de ser feito", disse o presidente. A preocupação do Palácio do Planalto é de que a inflação volte a atazanar a economia e provoque perda da renda do trabalhador. Pelas análises apresentadas por Meirelles a Lula, se os juros não começassem a subir de forma mais veloz agora, a escalada de preços e a retração econômica teriam maior impacto sobre o País em 2010, ano de eleição presidencial.

Sem esconder o interesse em eleger seu sucessor - ou "sucessora", como costuma brincar, numa referência à chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT) -, Lula já avisou que fará de tudo para a economia não desandar. Em mais de uma ocasião, ele garantiu aos ministros mais íntimos que não medirá esforços para não pôr a perder as principais conquistas de seu governo - a estabilidade da economia e o aumento do poder aquisitivo dos mais pobres - justamente no último ano de mandato, às vésperas da eleição.

sexta-feira, 25 de julho de 2008

(íntegra da entrevista publicada em 21JUL2008)


JORNAL DO DIA
ENTREVISTA DA SEGUNDA
Página C1

Data publicação: 21 de julho de 2008
Entrevistado: Rodson Willian Barroso Juarez



Rodolfo Juarez


“A INFLAÇÃO É UM MAL QUE PREJUDICA RICOS E POBRES”

A afirmação é do economista Rodson William Barroso Juarez, mestrando em desenvolvimento regional pela Unifap e um analista da conjuntura da economia mundializada que coloca os paises numa teia que conecta a economia mundial misturando o bem e o mal que a sociedade carrega.

Rodson William Barroso Juarez é economista, especialista em eco-eficiência na produção, mestrando em Desenvolvimento Regional pela Universidade Federal do Amapá (UNIFAP). Nasceu no dia 21 de julho de 1982, em Macapá/AP. Tem como projeto de curto prazo a finalização do mestrado de Desenvolvimento Regional na Universidade Federal do Pará, com foco no meio ambiente e desenvolvimento sustentável onde realiza pesquisas para tratamento acadêmico e profissional estando com estudo avançado sobre o processo de mineração em Pedra Branca do Amapari. A longo prazo projeta contribuir para a formação de políticas públicas no Estado do Amapá e para o desenvolvimento econômico regional, de meio ambiente e construção de conhecimento em instituições de ensino superior. Crítico do modelo atual que o Brasil vem adotando para o desenvolvimento nacional e estudioso dos parâmetros que servem de referencia para a mundialização do comércio e do relacionamento internacional a partir dos meios de produção. Rodson Juarez recebeu a reportagem do Jornal do Dia em seu gabinete de trabalho onde concedeu a seguinte entrevista:



JD - O mundo, já faz algum tempo, está preocupado com os riscos da estabilidade econômica, o que está acontecendo?
RJ - Aumento dos preços ao consumidor, crise do petróleo, crise do mercado imobiliário no Estados Unidos e o anseio global dos impactos negativos nos mais diversos mercados, crise no setor de alimentos, entre outros fenômenos econômicos acabam por chacoalhar a dinâmica social de muitos países por todo o mundo. Discussões antigas sobre o modo de produção capitalista e modernas aspirações sobre sustentabilidade e meio ambiente aquecem a busca por respostas que apresentam seus resultados no dia-a-dia do orçamento familiar.

JD - Quais as principais justificativas para essa preocupação?
RJ - O mundo globalizado, nas mais diversificadas esferas, seja cultural ou economicamente, com os tempos acelerados de produção e comunicação, combinados ao entrelaçamento de políticas econômicas dos estados-nação faz com que qualquer mudança político-social, com os devidos efeitos na economia, provoquem um efeito “dominó” nas economias relacionadas. Tal encadeamento mundial deixa apreensivo qualquer país que faça parte dessa trama, estando este na maresia, seja ela calma ou turbulenta.

JD - O preço do petróleo, que não pára de subir; ou a crise dos alimentos, que não pára de crescer; qual atacar primeiro?
RJ - O entendimento de que os preços dos alimentos sofre influencia direta e proporcional do preço do petróleo, uma vez que este representa grande parte na composição do preço final através da logística de distribuição do bem de consumo (como combustível dos navios, caminhões e de máquinas agrícolas, por exemplo), nos leva à tendência de combate ao preço da fonte de energia mais consumida em todo mundo. Mas a política de preços do combustível fóssil perpassa pelas rais da democracia e nacionalidade dos países detentores das principais reservas naturais desse “ouro negro”, servindo de meio de especulação política e financeira.

JD - As conseqüências mais graves serão sentidas nos países pobres, em desenvolvimento, ou nos países ricos?
RJ - É evidente que os países “desenvolvidos” possuem melhores condições de contornar as crises financeiras através do uso dos recursos produtivos instalados de seus parques industriais, relacionados a uma política econômica eficaz para tal. Os países com desenvolvimento tardio, por outro lado, precisam se antecipar às crises e planejar a condução dos possíveis impactos globais, o que é muito raro de se observar. Cenário favorável ao colapso de uma economia.

JD - O que resta para os dirigentes dos países em desenvolvimento, como o Brasil, fazerem?
RJ - A resposta é complexa e envolve o cerne da dinâmica interna de cada país. Não existe uma receitinha de bolo. Cada nação detém sua particularidade inalcançável pelo positivismo das explicações dos economista neo-clássicos. Mas medidas como austeridade fiscal, fortalecimento da indústria nacional, política monetária saudável, abertura controlado ao mercado internacional, regulação da economia sem contaminação da territorialidade hegemônica, e o combate ao vírus das países acumulativos de poder burocrático, a corrupção.

JD - Essa “quase crise” generalizada já está afetando o Brasil?
RJ - Diria que é uma crise o que observamos na economia globalizada atual, com reflexos inclusive no Brasil. Quando temos uma política nacional local de diversificação da matriz energética (etanol) criticada pela União Européia, sob o pretexto da elevação dos preços dos alimentos em escala mundial; quando temos uma diminuição na demanda agregada de nosso principal importador (EUA) de diversos bens de consumo; o aumento dos preços dos alimentos através do aumento do preço do barril do petróleo, diminuindo o poder de compra do orçamento familiar do brasileiro. Tudo isso és reflexo da atual conjuntura da economia global em crise.

JD - Se está falando muito na volta da inflação. O que há de real nesse falatório?
RJ - É fato observado pelo Banco Central que os índices que medem os preços brasileiros indicam aumento geral dos preços, nas mais diversas atividades econômicas. A alimentação não pára de ficar cada vez mais cara desde o último trimestre do ano passado. Aluguéis e produtos industrializados também impulsionam os índices. Mas tal fato pode estar relacionado com a comparação do maior controle da inflação observado no Brasil, ocorrido em 2006, com 3,14 % (IPCA a.a.), abaixo da meta para o ano (4,5%). Em 2007, apesar de apresentar relativo aumento no final do ano, também fechou abaixo da meta com 4,46%. Mas o aumento contínuo nos preços dos alimentos ameaça a harmonia.

JD - Há diferença entre essa inflação potencial e a inflação que dominou o Brasil, principalmente na década de 80?
RJ - Claro, assim como uma economia nacional se difere de outra, no tempo também acontece o mesmo. Uma economia passada não é a mesma da atual. No Brasil de 1983, com uma taxa de 211% de inflação anual, a crise era na produção e na conjuntura monetária (crise com o FMI). Atualmente, além das variações nos preços do petróleo, a questão gira em torno da expressiva oferta de crédito no Brasil, com uma indústria fortalecida, mas ameaçada pela taxa de câmbio reduzida que fomenta as importações. Estamos melhores que antes, mas ainda temos muito a planejar.

JD - O que fazer para domar esse “dragão”?
RJ - O fortalecimento da produção agrícola local, política de preços de combustíveis, austeridade fiscal, desburocratização para a produção de bens duráveis (com responsabilidade ambiental), proposta de novas alternativas para a matriz energética (fomento ao etanol brasileiro), controle para a concessão de crédito, controle dos spreads bancários são algumas propostas de ações para um planejamento pró-ativo.

JD - O modelo econômico adotado no Brasil contribui para a vulnerabilidade ou é um paredão contra a inflação?
RJ - Não existe um paredão eficaz para dominação dos índices de preços. O modelo adotado pelo Brasil se reproduz em muitos outros países emergentes e em desenvolvimento. Uma proposta ideológica poderia servir melhor ao que se busca hoje para o conceito de desenvolvimento, mas a praticidade e aplicação não se justificariam num cenário globalizado e na trama atual, deixando as economias nacionais vulneráveis às crises sistêmicas, como a atual.

JD - Como a economia de um Estado, como o Amapá, é afetada pela inflação?
RJ - Nessa trama globalizada é muito improvável que um estado membro de uma federação que faça parte de tratados e acertos econômicos não observe as decisões e transformações nessa teia. O Amapá, com menos de 10% do PIB oriundo da produção agropecuária, recebe alimentos de diversos centros produtivos e observa uma das cestas básicas mais caras e uma participação maior da variável combustível para a formação dos preços (por causa dos fretes Ro-ro).

JD - O que deve fazer o controlador do orçamento doméstico para minimizar os efeitos da inflação?
RJ - O controle na demanda por crédito, principalmente através de cartão de crédito, diminuindo o pagamento de juros, além de pesquisas de preços na hora da compra rotineira em supermercados, fazendo uma opção pelos preços e estabelecimentos que pratiquem os menores preços. Não há necessidade de se estocar alimentos não-perecíveis, como na década de 1980, mas a pechincha, velho hábito brasileiro, ainda é eficiente para contenção de custos familiares. Outras opções sáo relativas aos hábitos diários, como utilização de energia elétrica, água, telefone e transporte, sendo indicado a opção pelo transporte público (onde é eficiente).

JD - Há mesmo a possibilidade da volta da inflação nos índices que foram registrados na década de 1980?
RJ - É possível, mas improvável. A conjuntura é outra. O Brasil é diferente, mais maduro e a população está mais esclarecida e “gato escaldado tem medo até de água fria”. A atual tendência inflacionária já despertou ações para preparação e contenção do aumento dos preços, evidenciando que a realidade é diferente: pagamento da dívida externa, produção em crescimento tímido, mas contínuo, moeda forte, entre outros indicadores. Não devemos nos alarmar a esse ponto.

JD - A inflação prejudica mais o rico ou o pobre?
RJ - A inflação é um mal que prejudica ricos e pobres, mas como sempre, a renda diminuta das classes mais baixas é mais afetada pela alto dos preços, principalmente quando o aumento é observado nos produtos alimentícios, que consome em maior peso os salários.

JD - Há quem ganhe com a inflação?
RJ - Há quem ganhe, mas ganha pouco, quando muitos perdem ou ganhem menos. Os bancos continuam lucrando com a elevação dos juros, pela existência do risco de inadimplência. Alguns fornecedores de alimentos, em casos extremos de crise de abastecimento, cobram o ágio para oferecer a garantia ao consumidor e a rapidez no atendimento.

JD - As “vacinas” que o povo do Amapá não pode deixar de adotar para enfrentar o “dragão”?
RJ - As mesmas medidas para o controle do orçamento familiar, restringindo a contração de débitos ofertados por financeiras (empréstimos) e a pesquisa de preços. Mas vale lembrar que não existe vacina 100% eficiente para enfrentar um dragão, que não é imaginário, mas as medidas eficazes são macroeconômicas, deixando as medidas individuais para mera adaptação a tempos de alta nos preços.

JD - A sustentação da economia amapaense está firmada sobre que “pilares”?
RJ - O que se observa como diretriz atual para o desenvolvimento econômico efetivo é o apoio ao empreendedorismo. Mas a falta de um planejamento de desenvolvimento econômico consistente, com apresentação de instrumentos econômicos e administrativos eficazes, deixa a política econômica local desnorteada, sem um “pilar” essencial que se possa descrever, senão a economia do contra-cheque, que movimenta o mercado local (aumento dos gastos públicos).

JD - Quando um plano de desenvolvimento é mais importante? Em uma economia estável ou em uma economia com cenário inflacionário?

RJ - Um planejamento de desenvolvimento é essencial para a execução de uma saudável política econômica, contando com ações estruturantes e com artifícios para tornar o desenvolvimento duradouro e sustentável. Mas é óbvio que numa economia estagnada, com ocorrência de inflação, a importância de um planejamento aumenta, significando a possibilidade de recuperação econômica, a saída da recessão.

JD - O Amapá é uma unidade federada que tem o seu modelo econômico fortemente apoiado pelo extrativismo mineral. Isso é bom ou ruim?
RJ - No caso específico do Amapá, em toda a história de exploração mineral, o assunto foi tratado de forma irresponsável, com pouca exigência para instalação de mineradoras e exploração do minério local. A implementação de políticas públicas habitacionais, segurança, saneamento, saúde e educação nunca foram eficazes para a garantia dos direitos fundamentais, mostrando que a política estadual para a mineração pode ser melhor trabalhada. Do jeito que está podemos considerar que o cenário é ruim. Poderia ser bom.

JD - O Amapá, além de suportar as turbulências nacionais e mundiais precisa continuar crescendo. Uma equação como essa é possível?
RJ - Questões essenciais como produção agropecuária, silvicultura, mineração com fixação de capital, pesca entre outros, com responsabilidade sócio-econômica e ambiental, sem esquecer a pulsante questão da valorização da política de meio ambiente em todo o Brasil, com ênfase na região amazônica, pode ser considerado como maneira de equalização. Não podemos deixar de considerar o desenvolvimento local para que seja enquadrado num desenvolvimento regioal e mundial, com suas respectivas turbulências.

segunda-feira, 7 de julho de 2008

(07JUL2008)
Gigantescos investimetos para a mineração em todo o país


De acordo com o Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), as mineradoras brasileiras investirão US$ 47 bilhões nos próximos quatro anos, liderando a cesta de investimentos previstos pelo país até 2012.

A atividade mineradora no Brasil lidera a lista de investimentos previstos no país até 2012. De acordo com o Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), as mineradoras brasileiras investirão US$ 47 bilhões nos próximos quatro anos, sendo que 59% serão destinados para a cadeia de minério de ferro, com atenção especial para a renovação da frota e maquinário.
O superaquecimento do mercado está provocando uma briga quente entre mineradoras e siderúrgicas por profissionais do setor. Para atender à demanda em ebulição, elas têm investido na construção de novas plantas, usinas de pelotização e até de minerodutos em Minas Gerais e no Brasil. O problema é que falta gente qualificada para trabalhar. E a solução adotada por algumas companhias tem sido “roubar” profissionais na porta do concorrente.
Segundo informações do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Ferro e Metais Básicos (Metabase) de Mariana, que representa também empregados de Catas Altas, Santa Bárbara, Barão de Cocais, Caeté, São Gonçalo do Rio Abaixo, Rio Piracicaba, João Monlevade e Bela Vista de Minas, pelo menos 20 trabalhadores, em pouco mais de três meses, já trocaram as empresas de origem pela concorrência.
”Somente a MMX e a CSN (Companhia Siderúrgica Nacional) já conseguiram levar da Vale uns 15 funcionários”, afirma o presidente do sindicato, José Horta Mafra Costa. Daniel Dantas, gerente geral do Projeto Minas-Rio da MMX, que inclui duas minas e uma unidade de beneficiamento na Região de Conceição do Mato Dentro, além de um mineroduto que transportará o minério por 525 quilômetros, passando por 32 municípios mineiros e cariocas, reconhece que a falta de mão-de-obra qualificada é um empecilho.


Importação de bem de capital “made in China”

Impulsionada pela valorização cambial, as importações de bens de capital de janeiro a maio alcançaram US$ 8,06 bilhões, um incremento de 43,5% em relação ao mesmo período do ano passado. O consumo aparente de máquinas e equipamentos, soma da produção e das importações menos as exportações, aumentou 33,3% nos primeiros cinco meses do ano, alcançando R$ 35,89 bilhões.
Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas (Abimaq), o crescimento do consumo foi influenciado, sobretudo, pelo aumento das importações do setor. Apesar do aumento no consumo aparente, Luiz Aubert Neto, presidente da Abimaq, afirma que houve uma diminuição no ritmo de crescimento no segundo trimestre. Além disso, Aubert ressalta que os meses de comparação, janeiro a maio de 2007, foram abaixo da média.
“Boa parte do crescimento do consumo está relacionado às importações, mas o mercado já mostra sinais de desaceleração. Notamos também um aumento expressivo no déficit da balança comercial da indústria de máquinas e equipamentos”, afirmou Aubert. Segundo ele, o déficit da balança comercial do setor deve alcançar US$ 10 bilhões. O executivo conta que grande parte das importações brasileiras de máquinas foram de bens com tecnologia similar e até inferior aos produzidos internamente.
“É importante ressaltar que o setor não é contrário à importação de máquinas e equipamentos, desde que tragam inovação tecnológica que possibilite agregar valor ao produto nacional. Atualmente importamos máquinas chinesas a US$ 4,35 o quilo, uma concorrência desleal que pode sucatear a indústria nacional. Por isso é importante obtermos, do governo, igualdades de condições em termos de carga tributária, juros compatíveis e financiamentos”.
Aubert afirma, ainda, que vê como um primeiro passo a extensão do prazo do Finame do BNDES (linha de financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) de 5 para 10 anos para o setor de máquinas e equipamentos. “Não há país desenvolvido sem um setor de bens de capital forte. O Brasil já foi o 5º maior produtor mundial de bens de capital e atualmente é o 14º. Nosso grande desafio é recuperar as primeiras colocações nesse ranking até 2022”, concluiu o executivo

Na Amazônia

Participantes da audiência pública sobre política governamental de mineração na Amazônia, realizada em março, disseram que o Brasil não pode abrir mão das atividades mineradoras na região, que respondem por 21% das exportações e por 10,9% do PIB nacional. A reunião foi realizada pela Comissão da Amazônia, Integração Nacional e de Desenvolvimento Regional da Câmara dos Deputados.
O diretor-geral adjunto do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), João César de Freitas Pinheiro, ressalvou que para evitar a degradação ambiental, no entanto, é necessária a regulamentação de pontos como a exploração em terras indígenas e em unidades de preservação. Pinheiro informou que 29% da Amazônia são constituídos por terras indígenas, e 16 milhões de hectares de seu território são unidades de conservação. Como a região concentra os maiores índices de minérios com valor econômico do País - 40% dos investimentos nacionais em mineração vão para lá -, ele defende que não se pode desprezar o potencial econômico da exploração dessas áreas. O diretor afirmou que atualmente apenas 0,5% do território brasileiro é ocupado por lavra: “Se acrescentarmos as áreas de pesquisa mineral, essa extensão não chega a 2%”, garante.
O secretário de Geologia, Mineração e Transformação Mineral do Ministério de Minas e Energia, Claudio Scliar, também assinalou que a Amazônia, além de ser uma grande floresta que precisa ser protegida, é uma grande produtora de bens minerais. Segundo ele, a região responde por 80% da produção de cobre brasileira; 74% de manganês; 100% de cassiterita e tântalo e 93% de caulim. Scliar lembrou ainda que, dos 137 bilhões de dólares (cerca de R$ 286 bilhões) das exportações brasileiras, 21 bilhões (aproximadamente R$ 43 bilhões) decorrem do setor mineral.
Potássio - Um dos principais projetos do governo federal para a região, segundo o secretário, é aumentar a produção nacional de potássio, pois o Brasil importa atualmente 90% do produto utilizado na correção de solo. “Isso representa quase 1 bilhão de dólares [mais de R$ 2 bilhões] que saem do País anualmente”, disse. Scilar informou ainda que, no próximo dia 15 de abril, o governo vai lançar edital de licitação para explorar potássio em Nova Olinda e Itaquatiara, no Amazonas.


No Amapá
Em terras amapaenses deve-se seguir a intenção nacional, garantindo a extração mineral e a fixação de capital no Estado, ampliando a fluidez dos recursos nas mais diversas áreas, ligando mina e o ponto mais próximo para escoamento de minerais, abrindo ou melhorando os caminhos entre eles, que passam a servir outras atividades e a comunidade local.
Mas tais aprente benefícios devem ser esclarecidos. O financiamento para a construção de tais infras-estruturas parte, em sua grande maioria, dos cofres públicos, seja através de investimento direto ou de subsídios e facilitação da instalação da planta de extração, geralmente de capital extrangeiro, que exporta para mercados também extrangeiros.
O peso de investimentos deve cambear para o Amapá, uma vez que as atividades de mineração encontram aqui o que podemos chamar de segundo ciclo da mineração, evidenciando a extração do ouro e retorno do manganês, sem deixar de mencionar a gigantesca reserva de caulim que representa mais de 93% de toda a produção desse minério no país.

segunda-feira, 16 de junho de 2008

(16JUN2008)
PIB PREOCUPANTE NO PRIMEIRO TRIMESTRE DE 2008

O PIB cresceu pouco no último trimestre, alcançando os R$ 665,5 bilhões, cresce 0,7% em relação ao trimestre anterior, acumulando 5,8 no período de um ano.

Apesar do crescimento, o Produto Interno Bruto do Brasil, medido pelo Instituto de Geografia e Estatística – IBGE, preocupa, uma vez que apresenta menor crescimento trimestral do período avaliado pelo instituto (desde o primeiro trimestre de 2007).
Uma análise “encomendada” por uma instituição governamental mostra o que interesse aos detentores da situação de poder, mas uma análise com isenção de paixões mostra que o quadro não é tão bonito quanto se expõe. O aumento do PIB em atividades financeiras (mais de 15%) indica que a busca por serviços financeiros aumenta mais que o dobro do indicador.

A expansão do crédito
O acesso ao crédito para financiamentos da casa própria e de veículos automotivos movimenta as indústrias automobilísticas e da construção civil. Mas alguns cuidados devem ser tomados para que não ocorramos nos mesmos equívocos que o Tio Sam, que afogou as famílias em dívidas e se viu diante da pior crise de inadimplência desde de 1929, ainda focou investimentos na industria bélica, tirando capital da própria construção civil e da produção agrícola. Os maiores lucros de bancos, jamais observados na América Latina, ocorreram devidos a tal expansão do crédito no Brasil, que computa um crescimento no primeiro trimestre de 2008 de 15,2% em relação ao mesmo período do ano passado.

A questão agropecuária
Em relação ao último semestre do ano passado, a produção agropecuária recuou 3,5%, influenciando o PIB para patamares mais baixos. O discurso governamental é de choque com a preocupação mundial com a questão alimentícia. De fato, os argumentos apresentados pelos representantes dos países mais desenvolvidos não são os mais sinceros e puros, mas o cenário levantado por uma instituição governamental, o IBGE, mostra que devemos alertar para o fomento da produção agropecuária nacional, que alimenta, afinal.
Esse sub-setor cresceu 2,4% este último trimestre em relação ao mesmo período em 2007. O foco de análise mostra como os dados estatísticos podem ser mascarados de acordo com as intenções institucionais. Mas, mesmo na melhor das análises, o sub-setor é o que cresce menos, mostrando que a prospecção pode ser feita por simples atenção na evolução dos indicadores, sem precisar de “videntes”.



No Amapá
A produção agropecuária em nosso estado é ínfima, uma vez que necessitamos de outros estados para o abastecimento de nossa população, que sobrevive debaixo de uma economia que apresenta um PIB local composto, em mais de 80%, pelo comércio, que é alimentado pelo capital dos servidores públicos.
Produção industrial e agropecuária, em nossa realidade, é uma cantiga de ninar para os tolos que optam por acreditar nas inflamadas políticas para a manutenção da dinâmica atual. Para se ter uma economia local forte é necessário que se desenvolvam políticas públicas de longo prazo, que fomentem a criação de empregos, produção industrial, produção agropecuária, tudo isso em sintonia com o meio ambiente. Dá muito trabalho!
“Quem tem a disposição para plantar uma idéia para ‘outro’ colher?” Essa é a terrível forma de enxergar políticas públicas no Amapá. A falta de consciência de que as melhorias no logo prazo alcançam a estrutura da sociedade e da economia, trazendo frutos para um universo maior de pessoas, não para determinados clãs ou grupos.

sábado, 14 de junho de 2008

(25MAI2008)
A MINERAÇÃO NA AMAZÔNIA E A ORIGEM DE MUNICÍPIOS
A gênese de alguns municípios ligados à exploração mineral na Amazônia e no Amapá e o descompromisso com a eficiência na administração pública.


Para se compreender a nascente de um município em terras amazônicas, busca-se qual a relevância de tal território (ou territorialidade) para um cenário conjuntural, ou seja, qual papel que passaria a desempenhar numa teia de relações pré-existentes.
É evidente que algum tipo de recurso passa a atrair o povoamento de uma determinada localidade. Seja uma região ribeirinha, com grandes possibilidades de servir de fonte de alimentos para seus futuros habitantes; seja uma área coberta que proteja com eficiência das intempéries do dia-a-dia na Amazônia; seja a retenção de material com proveito econômico, significando potencial renda aos “exploradores”; seja a existência de jazidas de qualquer tipo de minério, o que poderia ser uma reserva estratégica para a nação-berço (ou outra qualquer); entre outros tantos atrativos para a ocorrência de aglomerado populacional.

Amazônia: uma região inóspita?
Por muito tempo se estigmatizou a região amazônica como inóspita. Talvez por cunho ideológico, ou realmente pela primeira aparência, mas o fato é que a imagem da Amazônia como aconchego para a habitação nunca foi propalada. O calor, altos índices pluviométricos durante meses, umidade elevada, muitos insetos (a Biodiversidade), tudo era fator que explicasse a baixa densidade demográfica conhecida há tempos.
Mas as intempéries citadas não espantaram a força do capital, que teimava em fincar as estacas de suas tendas para promover a exploração mineral. Daí a origem de vários projetos que contemplavam a mais-valia nos solos amazônicos, fixando a mão-de-obra em regiões sem identidade, que passaram a absorver os sonhos dos peregrinos em busca de melhor qualidade de vida que, sob a pretensa promessa do tão sonhado “Eldorado”, tomavam para si terras estranhas e iniciavam uma cultura velha num novo local.

O caos urbano
Percebe-se, então, que a realidade observada nos dias atuais tem uma origem compreensível, que nem tudo surgiu do nada (como parece), que o caos estabelecido em algumas cidades no interior da Amazônia tem uma lógica de formatação clara, apontando, inclusive, para uma outra lógica de funcionamento, que abastece de poder aqueles que do poder se utilizam para a continuidade do caos, estabelecendo o tal ciclo vicioso das relações entre os entes da organização social local.
Grandes empresas, sem vínculo histórico, local, desenvolvimentista, ou com a sociedade direta ou indiretamente impactada pela atividade de mineração, extraem os recursos naturais que não podem ser re-postos, pelo menos numa escala temporal humana. Tais recursos minerais, quando explorados e exportados num nível de agregação de valor bem baixo, sem deixar que o capital circule na localidade da exploração, deixam para trás um conflito de realidades (a do explorador e a do morador).
Por um lado, a busca pelos resultados com maiores saldos positivos possíveis, trazendo lucros vertiginosos para os acionistas que nem sequer conhecem a origem de tal lucro, muito menos as regiões e localidades que oferecem as condições perfeitas para a exploração mineral. Por outro, trabalhadores das grandes empresas exploradoras de minério, moradores de pequenas cidades com grandes problemas, vêem volumosos carregamentos escoarem a produção de seus esforços em troca de salários ínfimos que subsidiam a prostituição e os vícios.

domingo, 18 de maio de 2008

(18MAI2008)
PERFIL DO CONSUMO BRASILEIRO EM 2008
O Consumo Agregado Nacional deve crescer mais que o PIB em 2008, passando dos R$ 1,7 trilhões, variando 6,8%, ante 2007.

O consumo dos brasileiros deve alcançar R$ 1,742 trilhão, em termos reais, este ano, de acordo com o estudo feito pela Target Marketing. O IPC-Target 2008, indicador da potencialidade de consumo dos brasileiros, analisou dados de cada um dos 5.564 municípios do país. Os cálculos também mostraram que as despesas das famílias crescerão cerca de 6,8% este ano, mais que o PIB do país, previsto para crescer 4,8% no período entre 2007/2008.
Por Região
Em 2008 a região Nordeste deve ter o maior crescimento no consumo nacional, embora a região Sudeste apresente maior participação, com 51,8%, contra 53,2% em 2007, perdendo um pouco de sua gigantesca expressividade. Além de passar a ser a segunda maior região em consumo do país, com 18,2% ante os 16,8% do ano passado, o Nordeste supera a marca da região Sul que se manteve estagnada com os 16,8%. No Centro-Oeste o consumo apresenta ligeira elevação, os 7,8%, contra os 7,6% do ano passado. Já o Norte pode experimentar uma queda na participa;’ao do consumo total neste ano, 5,4% ante os 5,6% obtidos em 2007.
As Metrópoles
Se somadas, as 15 maiores cidades do Brasil respondem por 30,2% da participação do consumo nacional. Em termos de crescimento, Recife ascende no ranking de previsão, ficando na 9ª posição, com 1,07%. No ano passado, a capital pernambucana ficou na 12ª, com 0,90%, influenciando grande parte do aumento da representatividade da região Nordeste.
As lideranças são puxadas por São Paulo, que registrou IPC-Target de 8,95%, seguidas pelo Rio de Janeiro (5,37%), Belo Horizonte (1,91%), Brasília (1,88%) e Salvador (1,85%). A participação das capitais será de 32,4% em 2008, conforme a expectativa do indicar, ante os 37,4% registrados em 2001. Em valor, a participação das 27 capitais brasileiras será equivalente a R$ 570,7 bilhões.
Motivos
A expansão do crédito, muito comentada nesta página em outras edições, mais uma vez explica um fenômeno, que se mostra através das mais diversas faces, explicitando que uma política econômica, por mais minuciosa que pareça, pode trazer implicações que se multiplicam com as variáveis que esta influencia.
O acesso facilitado ao crédito impulsiona toda a economia, “forçando” os produtores e o consumo para alcançarem níveis mais próximos ao do Pleno Emprego. Mas até que ponto pode o crédito basear o crescimento econômico de uma nação? Talvez estejamos galgando passos incertos e vendando as nossas vistas da “realidade real”, se é que ela existe.
(11MAI2008)
CRESCIMENTO DO MERCADO NACIONAL DE VEÍCULOS

Quase 50% de aumento nas vendas de veículos automotores em abril deste ano em relação ao mesmo mês em 2007, elevando de 223,6 mil para 269,3 mil unidades vendidas.

O crescimento contínuo do mercado de veículos automotivos no Brasil se dá pela extensão do crédito financeiro, que acaba por ampliar a demanda pelo bem, alavancando consigo a produção e a produtividade dos recursos da base industrial automobilística.
Para uma análise tradicional do cenário econômico é evidente os benefícios para a sociedade, afinal, é garantida a geração de emprego e renda nos grande centros produtores para esse mercado, além da mobilidade dos recursos diretos e indiretos da transformação de matéria-prima e utilização da tecnologia das grandes montadoras.
O problema do crescimento
Uma análise mais conjuntural, sistêmica, relacionando o impacto negativo do meio de transporte no meio ambiente, ainda o fluxo mais concentrado nas ruas e as políticas públicas reativas e lentas para a solução de tal problemática, mostram que os foguetes de comemoração podem ser estourados por poucos num espaço temporal restrito.
Não é que se trate de um discurso esquerdista sem fundamentação, mas a idéia de expansão desse mercado, especificamente, é preocupante ante a lenta e quase nula retirada da frota antiga em circulação, ou seja, entram cada vez mais automóveis nas ruas ao passo que quase não saem outros, acumulando um número absurdo nas grandes metrópoles e deixando cidades menores com um caos no trânsito. São diversos os problemas a serem levantados
Os mais vendidos
Segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, a VOLKSWAGEM é a empresa que mais produz veículos (unidades produzidas), tendo também a maior representatividade nas exportações. O modelo mais consumido pelos brasileiros é o Gol Flex, seguido de perto do Pálio Flex, da FIAT. Ainda
Os veículos mais vendidos de cada montadora, mesmo das não citadas, é o seu modelo popular de combustível “flexível”, deixando claro que os brasileiros preferem a possibilidade de escolher o combustível que abastece o tanque de seu automóvel.
A questão do combustível
Com o preço do barril de petróleo alcançando recordes histéricos e históricos na última semana, a alternativa brasileira do biocombustível e do álcool como saídas para a problemática da matriz energética para o transporte, principalmente o individual (carro), parece ser a bola da vez, mesmo diante das duríssimas críticas viciadas dos produtores europeus de produtos agrícolas, que acusam os produtores locais de colaborarem com a crise dos alimentos por desviar a produção para a composição do combustível.
Mas parece que, realmente, o consumidor prefere um combustível menos poluente, talvez para diminuir o peso de suas escolhas na qualidade de vida de uma sociedade cada vez mais preocupada com o bom funcionamento de todo o sistema, mas ainda não abre mão de um conforto básico de locomoção, a aquisição de seu próprio meio de transporte.
(27ABR2008)
O PÃO ESTÁ MAIS CARO!!!
O preço do pão varia em todo o Brasil, cerca de 17% no ano. Em Macapá a variação foi de 8,45% só em março, em relação à fevereiro passado.
A crise do trigo
A população brasileira terá que pagar mais pelo pãozinho. Desde o ano passado até março deste ano, o pão já subiu 17% para o bolso do consumidor final, segundo a Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas).
A Argentina suspendeu novamente as exportações de trigo. Com estoques só até o fim de maio, o Brasil terá que recorrer aos cereais da Amércia do Norte, onde o preço é mais alto. Além do valor do trigo ser mais caro no Canadá e nos Estados Unidos, o frete também é maior.
O país perde com a demora para o produto chegar até aqui. Enquanto a importação de trigo da Argentina para o Brasil demora uma semana, a dos EUA demoraria cerca de 40 dias. Com gastos maiores para a importação, a indústria sofrerá um aumento, que será repassado ao consumidor, com sempre.
A evolução
O preço do trigo nacional, de acordo com o levantamento, subiu 25,55% em 2008, na comparação com o ano passado, passando de R$ 522,00 a tonelada para R$ 656,00. Em 2006, o produto custava R$ 410,00 a tonelada.
Nos últimos 12 meses até março, o preço do pãozinho subiu quase 17%, e a farinha de trigo, 17,6% para o consumidor final, segundo a Fipe. Em Macapá a variação mensal em março passado foi de 8,45%, passando de R$ 4,85 em fevereiro para os R$ 5,26 o quilo.
As medidas de contenção
O CMN (Conselho Monetário Nacional) anunciou nesta quinta-feira, 24, mudanças na poupança rural, que irá disponibilizar mais crédito para os produtores das culturas de inverno, principalmente do trigo. A mudança aumentará em R$ 1,2 bilhão os recursos disponíveis, a uma taxa de juros de 6,75% ao ano.
A expectativa é que 70% do montante sirva para as plantações de trigo. O anúncio de hoje é um complemento a outras decisões do CMN, que no início do mês ampliou o limite de financiamento por produtor de R$ 300 mil para R$ 400 mil e também elevou o preço mínimo do trigo em 20%.
O governou lançou pacote de auxílio que inclui liberação de novos recursos, prorrogação de dívidas e recursos alocados por bancos. Medidas que reduzem a carga tributária no setor, incluindo alíquotas de importação de insumos, seguem em estudo pelo governo.
Novos aumentos?
O ministro Reinhold Stephanes (Agricultura) descartou, semana passada, 24, novos aumentos no pão francês ou em produtos à base de trigo, por conta da suspensão de exportações do produto pela Argentina.
De acordo com o ministro, a crise no país vizinho já teve seu impacto controlado, e o Brasil adotou todas as medidas que poderiam ter tomadas, como a redução à zero das tarifas de importação de outros países e o estímulo à produção interna.
O estoque mundial do trigo do ano comercial 2007/2008 é o menor dos últimos 20 anos com 112 milhões de toneladas, 10% abaixo da safra de 2006/2007, segundo a Abitrigo (Associação Brasileira da Indústria do Trigo) e entidades parceiras.
Desdobramentos...
O pão é um produto complementar a vários outros, o que influencia o consumo de tais produtos ligados a ele, como: leite de gado, café, frios (queijo e presunto) e outros. Se o repasse do aumento do custo do trigo é repassado ao consumidor final em todo o seu impacto, a demanda por pão, por exemplo, tende a diminuir, levando consigo a demanda dos demais produtos complementares, provocando uma pressão para baixo nos preços de tais produtos, o que pode arrefecer o mercado.
Com o consumo em tendência a diminuir, a produção também pode sofrer a influência do mercado, diminuindo a oferta e buscando um equilíbrio nos preços e no consumo efetivo do pão (trigo) e dos produtos influenciados. Tal cenário com a ocorrência de um estado mínimo nas decisões de mercado, o que não ocorre no Brasil, que regula os fenômenos do mercado de perto. As medidas propostas para o incentivo à produção interna e da diminuição da dependência dos produtores estrangeiros, através, principalmente da expansão do crédito, mostrando a tendência global de “crescimento” da economia nacional.
O mercado interno
Em todo o Brasil a alta de preços de produtos alimentícios se mostra a grande vilã, hora adormecida e “esquecida” na década passada. Mas, uma das maiores variações foi realmente o trigo, que variou 112% em abril em relação a março, passando dos U$ 1.000,00 a saca (60Kg), sendo que em março era apenas de U$ 470,00 a mesma quantidade.
Arroz e milho também estão entre as commodities que mais variaram, no mesmo período, 23,3% e 36,1%, respectivamente, encarecendo todo um grupo de alimentação, uma vez que servem de matéria-prima para diversos outros produtos.
Ainda a questão consumo nacional deve ser analisada. Um consumo de 10,2 milhões de toneladas ante uma produção de 3,8 milhões, evidenciando a dependência estrangeira pelo trigo (principalmente da Argentina). A crise estabelecida não é interna ao Brasil, mas sentimos o reflexo da mudança das políticas de produção de nossos mais próximos hermanos.

sexta-feira, 25 de abril de 2008

CESTA BÁSICA OFICIAL PASSA DOS R$ 190,00 EM MACAPÁ

Com um aumento de 2,06% a Cesta Básica Oficial de Macapá fecha em R$ 191,92 em março, com um IPC de 0,94%, mostrando a tendência do aumento continuado dos preços médios na capital.

O atual preço da cesta básica oficial de Macapá, computado em março passado e fechado na primeira semana deste mês, mostra que a tendência de elevação dos preços, apontada com o IPC de dezembro de 2007 e o preço da cesta em janeiro deste ano, vem se confirmando, tornando uma das mais caras da região, porém mais barata que no sudeste e sul de nosso país de dimensões continentais.

Produtos mais caros

O pão liderou o grupo dos alimentos que mais aumentaram em março, influenciado pelo aumento de sua matéria-prima, o trigo. A variação do preço do pão foi de 8,45%, passando de R$ 4,85 o quilo em fevereiro para R$ 5,26 em março. Outros produtos também foram influenciados pela alta do trigo como biscoito, macarrão e outros derivados da commodity.

Ainda o leite de gado, com uma variação de 6,73%, representou influencia para a elevação do preço da cesta, uma vez que recupera as perdas provocadas pela crise no final do ano passado com a questão do leite contaminado, derrubando o consumo e os preços do produto em todo o Brasil por meses consecutivos.

Também a farinha de mandioca observou aumento mais acentuados que os demais componentes da cesta básica, variando em março 5,95%, sendo que o quilo do produto alcançou R$ 1,96 ante os R$ 1,85 de fevereiro.

Analisando u grpo alimentício da cesta básica, houve ainda elevação dos preços da Traíra (peixe), com mais de 16% de variação, e aumento do ovo de galinha, que aumentou 14,02% em relação ao mês passado, cooperando para a elevação geral dos preços médios dos produtos da cesta básica oficial de Macapá.

Produtos mais baratos

O café em pó freou a elevação dos preços totais, com uma variação negativa, ficou mais barato 0,90%, bem como a carne ovina (alcatra), que ficou 0,85% mais barata em março. Percebe-se, então, que os preços que se elevaram variaram mais que os preços que recuaram, explicado o porque da elevação da media do preço da cesta básica oficial.

Em outros produtos componente do indicador não foi observada variação alguma, caso da banana e do arroz, que vinha elevando seu preço gradativamente ju8nto com o feijão, que deixou de ser o “vilão” da dona de casa, saindo do hall dos produtos que mais variavam positivamente, aumentando os custos das refeições diárias (0,77% Mês passado).

Quanto do salário mínimo?

Comparando o custo da cesta com o novo salário mínimo de R$ 415,00, concluí-se que o trabalhador macapaense comprometeu 46,25% de seus rendimentos para obter os itens de primeira necessidade, cumprindo uma jornada de trabalho de 101 horas e 44 minutos. Em março passado, quando a cesta custou R$ 168,69, esse desembolso correspondia a 52,19% do mínimo vigente.

segunda-feira, 14 de abril de 2008

(13ABR2008)
CRESCIMENTO ACELERADO DO PIB NO AMAPÁ (2002 – 2005)

Com o crescimento acumulado do PIB em 23,1%, no período 2002 – 2005, o Amapá cresceu mais que a economia nacional (10%) e que a Região Norte (21,7%).
O Produto Interno Bruto, indicador de riqueza da economia, medido pela ótica da produção, em 2005, no Amapá, apresentou o PIB a preços correntes na ordem de R$ 4,367 bilhões, representando um crescimento nominal de 13,49% em relação ao ano anterior, número superior ao Brasil (10,60%) e inferior a região Norte (18,34%). Com relação à variação real, o Estado obteve um crescimento de 6,3%, superior ao Brasil (3,2%) e inferior ao Norte (6,6%)
O Valor Adicionado nos últimos quatro anos apresentou um crescimento acumulado em relação a 2002 de 23,1%, superior à economia nacional, que cresceu 10%, e a regional 21,7%. Nestes quatro anos, o Valor Adicionado de maior desempenho foi a atividade de Saúde e Educação Mercantis com um crescimento de 88%, conseqüência do crescimento do número de instituições de ensino superior, outra atividade é a Indústria de Transformação 71,4% e Serviços de Informação 65%. As atividades que apresentaram menor desempenho no período foram a Agricultura, a Extrativa Mineral e o Comércio.


Analisando os setores de atividades do período de 2005 com relação a 2004, o setor de maior crescimento foi Secundário com 23%, seguido pelos Terciário 12% e Primário 11%. A participação dos três setores em 2005 está assim distribuída: Terciário 85,42%; Secundário 11,38%; e Primário 3,20%. As atividades que apresentaram maior desempenho foram: Transporte (98,40%), Informação (96,76%). Menores desempenhos, apresentando quedas, foram: Serviços Domésticos (26,61%), Saúde e educação (8,27%) e Aluguel (4,12%).
Com relação à participação das atividades no PIB, as maiores são: Administração Pública (45,8%), Comércio (13%) e o imobiliário (11,5%). As de menor participação são: Industria Extrativa Mineral (0,7%), Saúde e Educação Mercantil (0,8%) e Serviços Prestados a Famílias (1,2%).
O PIB do Amapá tem uma participação de 0,2% no PIB nacional e ocupa a 25° posição no ranking do país, está à frente do estado do Acre e de Roraima, somente. A renda per capita do Amapá é de R$ 7.344, garantindo o posicionando em 15º no ranking nacional, sendo considerada a quarta maior renda do Norte, superando Tocantins, Acre e Pará. Com relação à região Nordeste, a renda per capita do Amapá apresenta superioridade a todos os noves Estados, onde se distancia sete pontos percentuais da maior renda que está no estado do Sergipe.

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