sexta-feira, 26 de setembro de 2008

CONTINUA A EXPANSÃO DO CRÉDITO

A contínua e progressiva expansão de linhas de crédito influencia diretamente o impulso da indústria nacional e um relativo cômodo num posto de segurança par os investimentos estrangeiros. Tal fenômeno possibilitou os maiores lucros de instituições financeiras no ano passado, dando aos bancos lugares de eminência no hall de empresas com maior volume de lucro, antes só ocupados por empresas da extração mineral e petrolífera.

O problema é apostar e construir uma política desenvolvimentista embasada nesse crédito. Num determinado ponto ocorrerá o ponto de saturação dos tomadores de empréstimos, nesse momento, como conseqüência, haverá retração relativa da economia, pela retração da demanda. Por não ser um fenômeno circular infinito, a preparação para políticas de desenvolvimento sustentável se faz imprescindível.

No Amapá não é diferente. A multiplicação de financiadoras é evidente, trazendo consigo o endividamento progressivo das famílias e pequenas empresas. Aqui, a economia do contracheque atrai os empréstimos com consignação em folha, que representam grande fatia dos resultados dos bancos, somados aos financiamentos de automóveis e cartões de crédito, sem deixar de lado o cheque especial.

AO LARGO DA CRISE MUNDIAL???

DADOS OFICIAIS RECÉM-PUBLICADOS AFIRMAM QUE A ECONOMIA BRASILEIRA CRESCE, APESAR DO PÂNICO MUNDIAL EM RELAÇÃO À CRISE DO MERCADO FINANCEIRO

São informações contrárias: a crise do mercado financeiro e diminuição da taxa de desemprego no Brasil. Afinal, não estamos inseridos numa economia global, encadeada e entrelaçada numa teia complexa que, em maior ou menor grau, influencia as economias mais diversas em todo o globo, mesmo as mais fechadas (tão raras)?

Com a crise do setor imobiliário norte-americano anunciando uma crise sistêmica do jeito de fazer o mercado financeiro e o próprio modo de produção capitalista, as medidas para contorno à crise forma tomada no mais próximo ao jeitinho brasileiro – em cima da hora, correndo atrás do prejuízo. Todos sabiam que as seguradoras não poderiam segurar o rojão do endividamento das famílias por muito tempo, mas os fomentos ao mercado imobiliário continuaram, e o lógico aconteceu. As bolsas sofrem colapso pela expectativa de calote e prejuízos encadeados. Os investidores retiram o capital aplicado em ações de risco e empurram as economias para níveis de desaceleração... principalmente as economias em ascensão ou recuperação – aí se enquadra o Brasil.

Mas e a atual queda na taxa de desemprego no nosso país? Um dos primeiros reflexos que os países impactados pela crise mundial é a retração da produção, com incidência fulminante no número de vagas ofertadas pelo mercado. No Brasil, com o câmbio ainda favorável para a importação, aquecimento de indústrias de base pelo acesso facilitado ao crédito, arrecadação tributária oficial recorde (fixando investimentos estrangeiros pela confiabilidade das contas nacionais) e, principalmente, pela divergência das causas da crise, o Brasil segue com passos “firmes”. Mais cedo ou mais tarde, caso a crise não seja contornada pela ação iminente do governo norte-americano, a crise chegará pras bandas de cá.

Mostremos que aprendemos com os erros próprios e dos outros. Assim como os EUA deixaram para a última hora uma tomada de decisão previsível, tâmara que nossos dirigentes se antecipem ao colapso tão previsível quanto, nos moldes mais tradicionais e protecionistas de nosso “Tio Sam”.
AO LARGO DA CRISE MUNDIAL???

DADOS OFICIAIS RECÉM-PUBLICADOS AFIRMAM QUE A ECONOMIA BRASILEIRA CRESCE, APESAR DO PÂNICO MUNDIAL EM RELAÇÃO À CRISE DO MERCADO FINANCEIRO

São informações contrárias: a crise do mercado financeiro e diminuição da taxa de desemprego no Brasil. Afinal, não estamos inseridos numa economia global, encadeada e entrelaçada numa teia complexa que, em maior ou menor grau, influencia as economias mais diversas em todo o globo, mesmo as mais fechadas (tão raras)?

Com a crise do setor imobiliário norte-americano anunciando uma crise sistêmica do jeito de fazer o mercado financeiro e o próprio modo de produção capitalista, as medidas para contorno à crise forma tomada no mais próximo ao jeitinho brasileiro – em cima da hora, correndo atrás do prejuízo. Todos sabiam que as seguradoras não poderiam segurar o rojão do endividamento das famílias por muito tempo, mas os fomentos ao mercado imobiliário continuaram, e o lógico aconteceu. As bolsas sofrem colapso pela expectativa de calote e prejuízos encadeados. Os investidores retiram o capital aplicado em ações de risco e empurram as economias para níveis de desaceleração... principalmente as economias em ascensão ou recuperação – aí se enquadra o Brasil.

Mas e a atual queda na taxa de desemprego no nosso país? Um dos primeiros reflexos que os países impactados pela crise mundial é a retração da produção, com incidência fulminante no número de vagas ofertadas pelo mercado. No Brasil, com o câmbio ainda favorável para a importação, aquecimento de indústrias de base pelo acesso facilitado ao crédito, arrecadação tributária oficial recorde (fixando investimentos estrangeiros pela confiabilidade das contas nacionais) e, principalmente, pela divergência das causas da crise, o Brasil segue com passos “firmes”. Mais cedo ou mais tarde, caso a crise não seja contornada pela ação iminente do governo norte-americano, a crise chegará pras bandas de cá.

Mostremos que aprendemos com os erros próprios e dos outros. Assim como os EUA deixaram para a última hora uma tomada de decisão previsível, tâmara que nossos dirigentes se antecipem ao colapso tão previsível quanto, nos moldes mais tradicionais e protecionistas de nosso “Tio Sam”.

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

O AMAPÁ TEM MINÉRIO, LOGO, NÃO PRECISA OFERECER VANTAGEM FISCAL ALGUMA

Essa foi a afirmação do contabilista e advogado tributarista Roberto Armond, em entrevista publicada no dia 15.

Tal afirmação parece ser bem lógica e auto-explicativa, mas o cenário atual de facilitação para empreendimentos de exploração mineral em terras amapaenes segue a contra-mão dessa lógica. Vultosos incentivos vêm sendo utilizados sob a justificativa de que os empreendimentos devam trazer vagas de trabalho e aquecer a economia, trazendo receita direta e eindireta para a localidade onde se instalem. Bom! Mas poderia ser bem melhor... a visão estratégica de Armond suscita a necessidade de uma peça técnica para o planejamento de políticas públicas para o desenvolvimento do Amapá, priorizando ações para a promoção do bem-estar social, sem vícios político-partidários (o que é dificílimo nos tempos atuais).

De fato, a inexistência de uma equipe que pense o Estado para futuros 15, 10, ou mesmos, 5 anos, num caráter estratégico, diferente do Plano Pluri-Anual, deixa a gestão da coisa pública numa maré mansa, que sempre procura corrigir os erros e atropelos típicos de quem anda sem rumo (a falta do tal planejamento).

A questão do minério, por exemplo. É fato. Ele existe, num cenário global de valorização às taxas crescentes de commodities minerais, que subsidiam os mais diversos parques industriais de todo o mundo. Pra quê deixar de ganhar fundos com uma arrecadação com esse tipo de atividade? Mais cedo ou mais tarde o minério será explorado. Que pague quem pode!

Um dos problemas para tomada de decisão em relação às questões extrativistas é que pouco se investe em pesquisa no Amapá. Como negociar o que não se conhece? Quanto menos pesquisa, menos conhecimento de nossas próprias riquezas. Tal problemática é também levantanda pelo advogado Armond.

São vistas que precisam ser enxutas e límpidas para que enxerguemos os atores dum processo muitas vezes truncado, com meias explicações e vantagens imediatas, com pouco planejamento e que, por consequência, acabam por não tratar de forma sistêmica o desenvolvimento do Amapá. Precisamos de pró-atividade, não reação aos problemas.

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Aulas de empreendedorismo em diversas escolas de Macapá

... uma lição de como fomentar uma cultura empreendedora com investimentos em educação e programas para as diferentes séries, aproveitando o espaço já preparado para a sociedade, a escola.

A Junior Achievement é a maior e mais antiga organização de educação prática em economia e negócios, registrando o mais rápido crescimento em todo o mundo. Criada nos Estados Unidos, em 1919, por Horace Moses e Theodore Vail, presidentes da Strathmore Paper Company e da AT&T, respectivamente, é uma fundação educativa sem fins lucrativos, mantida pela iniciativa privada.
A filosofia da Junior Achievement é: "A Vida é um Caminho, não um Destino e Você é o Arquiteto do seu Caminho". A fundação acredita na capacidade e potencialidade do ser humano e incentiva os jovens a adotar responsabilidade pelos próprios destinos, determinação de objetivos específicos, realistas e ambiciosos, atuação na busca das metas, coragem para correr riscos, perseverança e confiança em si próprios.


Qual o objetivo?

O objetivo da Junior Achievement é despertar o espírito empreendedor nos jovens, ainda na escola, estimular o desenvolvimento pessoal, proporcionar uma visão clara do mundo dos negócios e facilitar o acesso ao mercado de trabalho. Com isso, consolidar a cultura empreendedora formando uma geração de lideranças nas áreas empresarial, educacional, social e política, sob os valores da honestidade, ética, perseverança, respeito, coragem, e sensibilidade. Oferece programas de educação econômico-práticos e experiências no sistema de livre iniciativa, através da parceria entre escolas e voluntários da classe empresarial que dedicam parte de seu tempo ensinando e compartilhando suas experiências com os alunos. A Junior Achievement contribui para a formação dos jovens que constituem o futuro do Brasil. Atualmente, mais de 100 países aplicam seus programas, que beneficia 07 milhões de jovens ao ano.

No Amapá

A Junior Achievement Amapá inicia novo período de atividades com atendimento de diversas escolas privados e públicas, atendendo vários públicos, de acordo com os programas específicos para cada faixa etária e de conhecimento. O programa mini-empresa carrega uma tradição no Estado, envolvendo os participantes numa sadia competição de mercado, considerando as vendas, inovação e formulação de produtos com a cara dos jovnes empreendedores. É uma “brincadeira” de gente grande, com valores reais que mostram aos jovens como encarar um mercado cada vez mais celetista e exigente, considerando os meandros dos negócios num mundo globalizado e cada vez mais preocupado com a sustentabilidade dos meios de produção. Eis uma lição de como fomentar uma cultura empreendedora com investimentos em educação e programas para as diferentes séries, aproveitando o espaço já preparado para a sociedade, a escola.
Mercado financeiro instável

Qual a novidade dessa informação?

Na verdade não há novidade... A instabilidade do mercado é alvo de muitos estudos matemáticos para cálculo das tendências caóticas do sobe e desce das cotações ações em todo o mundo. Não é de hoje que isso intriga os especialistas.

A questão na tensão atual está em trono do perigo de recessão do sistema produtivo capitalista atual. O risco iminente de enfim o tão previsto colapso ocorrer faz com que os resgates financeiros ocorram em volumes gigantescos, influenciando nas cotações internacionais de diversas sociedades abertas ao capital sem nação.

Somente a Bovespa acumula perda de quase 20% no ano. Os investidores estão tão preocupados que preferem reter os valores em investimentos menos agressivos, com os rendimentos menores, porém, mais seguros. Tal movimento tira parte considerável da expectativa dos investimentos futuros das companhias físicas, que dependem de certa quantia de tal capital, o que pressiona o funcionamento da indústria local e do nível de emprego (entusiasmadamente divulgado de forma oficial).
Cuidemo-nos!!!

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

PROGRAMA AMAZÔNIA SUSTENTÁVEL NA MIRA DOS ECONOMISTAS LOCAIS

Apesar das “boas intenções” o PAS é tido pelos economistas locais das mais diversas correntes como uma excelente peça literária, mas que não expressa as técnicas básicas necessárias para sua execução

Durante a realização do painel do dia 28 (quita) do 3º Encontro Amapaense de Economia, realizado pelo Conselho Regional de Economia do Amapá (COREON-AP), no auditório da Universidade Estadual do Amapá (UEAP), ficou evidente o ar de descrédito no Programa Amazônia Sustentável, num painel que intitulava o programa e os desafios e oportunidades do Estado do Amapá.
Desde o expositor, o Professor Hélio Mairata, da Universidade Federal do Pará (UFPA), que apresentou o programa do governo federal de forma desdenhada, evidenciando os termos ambientalistas “mascarados” de programa de desenvolvimento, segundo ele. O clima de descrédito do PAS se agravou com as falas dos economistas Haroldo Vitor de Azevedo Santos (SEPLAN) e Jurandil Juarez (Dep. Federal), fazendo coro com termos pregados pelo geólogo Antônio Feijão, que segue em tradar as questões fundiárias do Amapá.


As diferenças

Mesmo com as diferentes correntes defendidas para o desenvolvimento do Amapá, as figuras ilustres presentes no evento debateram por mais de quatro horas os pontos positivos e negativos do PAS e qual a verdadeira identidade amapaense inserida no programa – se é que há alguma. As conclusões foram parecidas e consoantes às evidências de pouca representatividade dos interesses verdadeiros dos amazônidas e, principalmente, dos amapaenses, que recebem um programa de forma vertical, sem participar de sua elaboração. Tais diferenças entre os indivíduos ficou posta em segundo plano, mesmo que, durante cada fala, a platéia de economistas e acadêmicos tenham enxergado o posicionamento de cada corrente.


As faltas

Tão esperado e anunciado, o Ministro da República, Roberto Mangabeira Unger não compareceu para defender o filho recém-adotado, o PAS. Como seria o debate com a presença de tão ilustre representante dp Governo Federal? Tal incógnita pode ser revelada em nossas mentes somente. De certo seria um avento ainda mais abrilhantado, mas será que teria tamanhos protestos ao programa? Não que nossos economistas e representantes não tivessem pulsos para debater o ocorrido diante do Ministro. Não é essa a questão. Mas a presença de Unger inibiria comentários exacerbados de alguns e a polidez dum evento oficial não permitiria um comportamento mais agressivo – essa é a revelação pessoal de tal incógnita.
Ainda, o representante do Governo do Estado, Alberto Góes, deixou de comparecer ao evento, deixando o Professor Mairata sozinho para expor o PAS aos participantes. Quem sabe a força que o programa poderia ter no evento com a presença dos dois representantes do executivo? O fato é que a falta dos dois deixou um campo minado para uma possível, mas improvável defesa do PAS em terras tucujus. O bonde passou e teve gente que não subiu!


A importância

Tal evento ganha mais importância ainda quando se propõe a discutir questões fundamentais para o posicionamento técnico-profissional de cada ente presente no painel, trazendo à tona a discussão de alternativas para a construção de políticas de desenvolvimento de nossa região, difundindo conhecimentos e experiências diversas entre os profissionais de uma área tão necessária para o bom andamento de qualquer arranjo social.
É certo que em qualquer mesa de bar podemos facilmente achar as “soluções” para os problemas de nossa economia, política e sociedade. Para que o evento não se torne mais uma “mesa de bar” os profissionais e técnicos devem arregaças as mangas e fazer valer os esforços de vários anos de experiência e trabalho árduo, com compromisso individual com o coletivo, com avanço das discussões e materialização do meta-físico, onde tudo parece estar resolvido.


Os corredores

É no corredores das instituições que os participantes medem o nível de conhecimento absorvido durante a palestra ou aulda de diferentes mestres. Não diferente a este fenômeno, foi nos corredores da UEAP que os participante do painel sobre o PAS discutiram e avaliaram a atuação dos debatedores e expositores.
Foi lá que se ouviu: “o Feijão arrebentou”; “o Jurandil mandou ver. O deputado tem feito um bom trabalho parlamentar, mas falta apoio” (sobre Jurandil Juarez); “esse camarada é muito prolixo!” (sobre Feijão); “o Prof. Hélio detonou com oque ele veio expor!”; “é de economista assim que eu gosto, prático e franco” (sobre o secretário Haroldo Vitor); dentre outras falas interessantíssimas discutindo alternativas para o desenvolvimento do Amapá. Isso sim é importante. A avaliação nos corredores.
(01SET2008)
O QUE É QUE A ARGENTINA TEM?

Na última quinta-feira (28) o embaixador argentino no Brasil, Juan Pablo Lohlé, esteve em visita oficial em solo macapaense. Foi a Missão de Promoção Comercial ao Estado do Amapá do governo argentino. Diversas foram as justificativas à visita: desde aproximação comercial entre o país e nosso Estado, utilidades do regime aduaneiro diferenciado da Área de Livre Comércio de Macapá e Santana, para internalização de importações daquele país, o estabelecimento de uma nova logística de abastecimento para o recebimento dos produtos argentinos para o Norte do Brasil.

È a evidente carência de mercado com “ermano” que traz tal representação ao estado brasileiro que possui o segundo menor PIB nacional. Qual a finalidade? Qual o cenário para a realização da visita? Devemos nos sentir lisonjeados? O que devemos entender é que nesse economia globalizada devemos conhecer muito bem as parcerias que firmamos. A conjuntura econômica da Argentina não é das mais favoráveis e a busca por novos mercados evidencia o desespero argentino.

Questões como exportação de bubalino tucuju para apreciação argentina. É meio absurdo, mas a resposta foi positiva, com indicações de mercado fino que aguce a curiosidade dos ricos de lá. Lembremos que a Argentina é um dos maiores exportadores de gado bovino do mundo. Mas, de fato, não mostrou o que é que a Argentina tem, senão a medalha olímpica de ouro conquistada sobre o Brasil em Pequim.

Outras informações sobre o comércio já existente entre as partes e os futuros anseios locais (derivados de azeites, leite, trigo e carne vermelha) para fins atacadistas estiveram nas discussões entre os representantes argentinos e um seleto grupo de empresários locais no auditório da Associação Comercial do Amapá.A missão argentina passou diversos outro estados brasileiros e ainda segue peregrinação. Será que eles vão conseguir convencer os empresários brasileiros?

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