segunda-feira, 22 de novembro de 2010

COMÉRCIO EXTERIOR NA TERCEIRA SEMANA DE NOVEMBRO

Com quatro dias úteis (15 a 21), a balança comercial da terceira semana de novembro teve saldo comercial negativo de US$ 663 milhões e média diária de menos US$ 165,8 milhões. No período em análise, as exportações brasileiras chegaram a US$ 3,268 bilhões, com média por dia útil de US$ 817 milhões, e as importações a US$ 3,931 bilhões, com média diária de US$ 982,8 milhões. Como consequencia, a corrente de comércio fechou a semana em US$ 7,199 bilhões (média diária de US$ 1,799 bilhão).

No acumulado do mês, o saldo comercial foi positivo em US$ 662 milhões (média diária de US$ 50,9 milhões). Considerando esse critério, o resultado é 45% menor que o registrado em outubro último (média diária de US$ 92,7 milhões) e 66,7% maior que o de novembro de 2009 (média diária de US$ 30,6 milhões). A corrente de comércio foi de US$ 23,554 bilhões, com média diária de US$ 1,811 bilhão.

No período, as exportações chegaram a US$ 12,108 bilhões, com média diária de US$ 931,4 milhões. Na comparação com o último mês, que teve média diária de US$ 919 milhões, o resultado foi positivo em 1,3%, enquanto cresceu 47,2% em relação ao mês de novembro do ano passado, que teve média de US$ 632,7 milhões nas exportações.

Também houve crescimento nas importações, que fecharam as três primeiras semanas de novembro em US$ 11,446 milhões e média diária de US$ 880,5 milhões. Considerando esse resultado médio diário, as importações cresceram 6,5% em relação a outubro deste ano (média diária de US$ 826,4 milhões) e 46,2% na comparação com novembro de 2009 (média diária de US$ 602,1 milhões).

No Ano

No acumulado do ano (221 dias úteis), o superávit foi de US$ 15,283 bilhões, com resultado médio diário de US$ 69,2 milhões. Na comparação pela média diária, o número foi 32,8% menor que o registrado no mesmo período do ano passado (222 dias úteis), que teve média diária de US$ 103 milhões.

Nas exportações, o resultado do ano foi de US$ 175,417 bilhões, com média diária de US$ 793,7 milhões, enquanto nas importações foi de US$ 160,134 bilhões e média de US$ 724,6 milhões por dia útil. A corrente de comércio foi de US$ 335,551 bilhões, com média diária de US$ 1,518 bilhão.

Em relação ao mesmo período do ano passado, que teve média diária de US$ 606,6 milhões nas exportações e de US$ 503,6 milhões nas importações, houve aumento nas duas operações. Na comparação pela média diária, as exportações cresceram 30,8% e as importações, 43,9%.

domingo, 21 de novembro de 2010

REGIÃO NORTE CRESCE MAIS NAS EXPORTAÇÕES

O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), divulgou no dia 12/11/2010, os dados referentes ao comércio exterior dos estados e municípios brasileiros no período de janeiro a outubro de 2010. Nos 208 dias úteis desse intervalo do ano, foram contabilizadas informações das 27 unidades da Federação e dos mais de 2.300 municípios que operaram no comércio internacional.

As exportações da Região Norte passaram de US$ 8,3 bilhões, entre janeiro e outubro de 2009, para US$ 11,9 bilhões, no mesmo período deste ano, um crescimento de 42%. No Sudeste, as vendas externas subiram de US$ 66,4 bilhões para US$ 91,7 bilhões, elevação de 38%.

Na Região Nordeste, a vendas que passaram de US$ 9,4 bilhões para 12,9 bilhões, crescimento de 37%. Já a Região Sul obteve crescimento de 13%, acarretado pelo aumento de US$ 27,4 bilhões para US$ 31,1 bilhões. Na Região Centro-Oeste, os embarques internacionais que passaram de US$ 12,2 bilhões para US$ 13,3 bilhões, com crescimento de 8%.

No comparativo do mês de outubro de 2009 com o mesmo período de 2010, a Região Norte também apresentou o maior crescimento nas exportações (73%), com vendas de US$ 1,6 bilhão este ano, contra US$ 970 milhões no ano passado. Logo após, aparece o Sudeste, com embarques de US$ 10,5 bilhões e crescimento de 35%. Na sequência, estão as Regiões Sul (US$ 3,3 bilhões), com aumento de 16%; Centro-Oeste, com embarques de US$ 1,2 bilhão e aumento de 13,9%; e Nordeste (US$ 1,3 bilhão), com crescimento de 13,8%.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

FALTA DE CONHECIMENTO???

Sabe quando alguma coisa não está certa? Quando alguma coisa está em falta? Pois é, a Bíblia Sagrada, no livro de Oséias, em seu capítulo 4, no versículo 6, parte “a”, lembra que “O meu povo está sendo destruído porque lhe falta conhecimento...”.

Cabe, hoje em dia, muito bem tal observação. As pessoas com poder de decisão parecem não ter a competência necessária para as decisões que lhe competem tal poder. É, assim, uma antítese sem fim que cai num redemoinho sem fundo.

Que coisa mais sem nexo! Ao mesmo tempo que está claro à população que um currículo mínimo deve ser exigido para o exercício de qualquer profissão, está embutida no comportamento da gestão pública atual (difundida aos quatro cantos desse Brasil) o descompromisso técnico com as áreas de atuação de cada braço de governo.

Nas finanças, no planejamento, na comunicação de dados, põe-se advogados. Para ainfraestrutura, que tal um jornalista? Para o desenvolvimento urbano, vai outro operador do direito?

Os desencontros são visíveis e os resultados cada vez mais desastrosos. Uma coisa tem que ser feita. Que tal uma aposta a capacidade técnica dos recursos humanos amapaenses. Que tal acreditar que um técnico, reconhecido pelo seu conhecimento, pode se transformar num político polido, como deve ser.

Também, convenhamos. Quanto maior a soberba do técnico, mais afastado fica de uma possibilidade política de fazer valer seu próprio conhecimento. Daí dizer que só conhecimento não satisfaz as necessidades mais refinadas da gestão pública. Uma ao dose de sabedoria ajuda. E como ajuda!

QUE TAL TROCAR O “HOMEM DE CONFIANÇA”?

Por Rodolfo Juarez

O final do governo de Pedro Paulo está mostrando uma constatação que foi recorrente nos sete anos do Governo Waldez e que se prolongou pelos nove meses do Governo Pedro Paulo – indicação de secretários não técnicos para áreas técnicas.

Vários exemplos poderiam ser levantados. Aliás, isso já foi experimentado no Governo de João Capiberibe, quando nomeou para Secretário de Estado da Saúde um profissional que não pertencia à área o que deu uma série de problemas que até hoje ainda marcam uma linha que mantém distância entre o Capi e esse seu fiel seguidor.

Na gestão de João Henrique à frente da Prefeitura Municipal de Macapá, mais uma tentativa foi feita e mais uma série de erros cometidos, quando João Trajano foi para o cargo de Secretário Municipal de Obras sem ter a preparação técnica para o exercício do cargo.

O modelo continuou no governo Waldez e os resultados conseguidos não são os melhores exemplos para os setores que contaram no comando com pessoas que não tinham o preparo técnico para exercer a função, muito embora fosse aquele auxiliar de extrema confiança do gestor do Estado.

Agora a posição de teimoso foi ocupada pelo governador Pedro Paulo quando nomeou para a Secretaria de Estado dos Transportes, um grande amigo, quase parente e pessoa de sua extrema confiança, mas sem o preparo devido para o cargo. Quando precisou apoiar uma de suas decisões no conhecimento técnico, o chão lhe saiu de sob os pés e a ponte que caiu continua esperando por uma palavra de ordem do secretário.

Não se trata de uma questão de reservar mercado de trabalho para esta ou para aquela profissão, mas sim constatar que tem funções no setor público que precisam ser apoiadas por conhecimentos técnicos para que seja mantida a confiança, não só do gestor, mas também de todos aqueles que fazem parte da equipe.

Ordem errada não se cumpre. Isso é o mais comum quando a autoridade não tem sustentação no conhecimento para as suas ordens. Os “autorizados” a agir não confiam na ordem, “levam com a barriga” o assunto. Na maioria das vezes apenas como instrumento de defesa, pois de outra forma, estariam contribuindo para ações erradas que não chegariam a atingir os objetivos pretendidos.

Quando falha o comando é muito difícil alcançar a meta.

O problema se agrava quando os mais afoitos se aproximam e começam a dar opiniões, transformando a cabeça do gestor despreparado em um verdadeiro barril de pólvora, prestes a explodir e a desabar o castelo criado no dia da emoção da nomeação e da posse.

O secretário de transportes do Estado do Amapá está em apuros. Perdeu completamente a linha em que deve encaminhar as ordens. Olha para um lado e para outro e vê que ninguém está conseguindo entender o que diz e os que entendem estão dispostos a debitar à desconfiança à inação que se vale para não arriscar.

Enquanto isso a irritação daqueles que esperam a decisão surtir os resultados aumenta e a intranqüilidade toma conta de todos. Começam ai a ser arremessado na direção do próprio governador provas de uma culpa que ele na verdade não tem. As provas deveriam ser outras, aquelas que o levaram a escolher o errado o seu “homem de confiança”.

Nesse caso seria aconselhável a troca do “homem de confiança” pelo “homem de decisão” e isso por uma razão muito simples – o “homem de confiança” não alcança a técnica necessária; já o técnico pode alcançar os parâmetros necessários para ser “de confiança do governador”. Tomara que os exemplos sirvam para o próximo gestor.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

MAIS QUE UMA BANDEIRA

No meio da madrugada de um dos dias de reforma em casa, percebi que a bandeira esquecida, amarrada no portão de entrada, tremulava triunfante com a brisa fria peculiar.

Foi instintivo. Sabe quando agente sente, inexplicavelmente, uma sensação de vitória e uma esperança desmedida inunda nossas expectativas? Bom, foi assim comigo naquela madrugada .

Não era, propriamente, o que trazia a escrita naquela flâmula. Nem seus símbolos, forma ou cores. Era bem mais que isso! Era um sinal de novos tempos, de que as coisas que realmente precisam mudar, irão mudar.

Como a esperança popular, anestesiada por tanta dor experimentada, quando quase nada mais incomoda, assim estava a minha também. Quando as expectativas de uma representação legítima significam muito menos. Quando a cadeia de acontecimentos aponta para um precipício inevitável. É quando se faz necessária a presença de um governante de pulso e ideia firmes.

Era essa mensagem que aquela bandeira me trazia naquele instante. Mais que modismo, mais que paixão partidária,mais que ideologias a serem defendidas. Era um sentimento intrínseco de quem sofre ao ver as coisas públicas serem geridas com a total isenção de legitimidade.

A mudança não pode ser só em quem senta na cadeira maior do governo do estado do Amapá. A mudança tem que estar na forma de se fazer as coisas. Os meios e os fins precisam de uma transformação impactante.

Nosso povo do Amapá precisa de mais que esmolas e a mediocridade da gestão da coisa pública experimentada há tempos. Precisa de compromisso com a gente daqui. Precisa de resultados ótimos, de eficiência nas ações públicas. Precisa de alguém que, desprendendo-se de seu próprio “alguém”, tire os vícios dos olhos e enxergue mais longe. Longe, mas construindo hoje o futuro que desejamos.

Que nossas expectativas não sejam frustradas. Que nossos sonhos democráticos não sejam a utopia desenhada por ideologias, mas a realidade construída com muito suor e compromisso com o coletivo, com o popular, com a solidez da maioria.

Boa sorte ao novo governador do Amapá. Novo na idade, mas que seja novo no jeito de fazer, no jeito de enxergar, no jeito de resolver, no jeito de ser. Boa sorte pra todos nós. Bom trabalho, governador.

A DECEPÇÃO DE QUEM VESTIU AZUL

Rodolfo Juarez

A decepção com uma pessoa, com um acontecimento, com uma situação é um sentimento tão frustante, talvez seja das sensações a que mais entristece, derruba e bloqueia uma pessoa.

Será que as expectativas criadas foram altas demais? Ou será que as expectativas eram normais, próprias e adequadas, mas a decepção teimosamente bate à porta? Ou será um problema de ansiedade, que se quer tanto que se realize, que aconteça? Ou será que as pessoas são exigentes demais, e exigem dos outros, coisas que nem podem fazer?

Será que uns, nem percebem a decepção não lhe dando a importância que outros lhe dão? Será que as decepções só acontecem aos emotivos? Aos frágeis? Aos corajosos? Aos exagerados? Aos idiotas?

E acordar depois de uma decepção? Como se faz para reagir?

Reagir é voltar a agir!

Para voltar a agir, é preciso ter vontade de agir. E o mundo que nos rodeia, exigente, que não tolera a insatisfação, não tolera desculpas esfarrapadas, que como uma criança quer a todos lindos, contentes, sorrizinhos, arranjados, elegantes, perfeitos, e todos pedem, “vá reage, faz qualquer coisa, tens de melhorar! Lá estás tu com o teu péssimismo!…”.

E para culminar, lá dizem a frase:

“Não percebo, porque ficam assim, não é caso para isso!”.

E aqueles envolvidos num manto de tristeza, sem compreender a inação, a impotência e, de certa forma a incompetência, dá amargos na boca, nó no estomâgo, enrigecem os joelhos, em estado perplexos a olhar para aquela gente que diz:

“Que nada, não é nada!”.

Não é nada???!

Mas não percebem, que para a maioria era uma esperança! Uma forma de modificação da gestão, um passo dado no rumo certo, uma certeza de alcançar melhores resultados do que os até agora alcançados.

Mas não, o que houve foi uma derrocada nos resultados, uma inundação que afogou as esperanças de tantas pessoas, frunstrando uma aposta e queimando os gravetos tísicos que ainda davam o sinal de curta vida mas de forte cooperação para acender outros fogos que poderia alimentar a caixa de bons resultados.

As palavras sentidas da esposa do jornalista José Ney Picanço e Silva, as lágrimas que todos sabiam, ela derramava abstecida da cruel dor de ver o descaso, o descompromisso e a realidade nua que só se percebe quando se tira a cortina que separa alguem que se gosta e alguem que foi preservado para, nesse momento, está com a solução para aquele problema que superou a real capacidade de cada um.

Senti muito! Passei uma manhã repaginando o passado recente onde se acreditava que, mesmo durante pouco tempo, o governador Pedro Paulo teria a oportunidade de mostrar o valor que todos acreditam ter, no comando dos interesses do povo amapaense e da getão do Estado do Amapá.

As palvras do radialista J. Ney, que sempre declarou confiança, ditas com sentimento de revolta, são as impressões digitais da decepção, dá com provação de que tudo o que acreditou acabou não passado no estreito espaço deixado pelo resultado de uma administração que chegou a motivá-lo a convidar a todos em “vestir azul”.

Pedir para deixar enterrar uma decepção, como se de um corpo morto se tratasse, é o que sobra e o que resta.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

OS DEPUTADOS DEFENDEM OS INTERESSES DE QUEM?

Por Rodolfo Juarez

Outra vez estão os deputados estaduais no injustificado e reprovado dilema de “discutir ou não discutir” o projeto de lei que estima a receita e fixa a despesa do Estado do Amapá para o exercício financeiro vindouro.

Na pauta desde os primeiros dias de outubro, o projeto de iniciativa do Executivo não mereceu qualquer atenção de qualquer dos deputados enquanto o tempo passa e o espaço para aprovar orçamento público vai diminuindo e dificultando qualquer discussão mais detalhada sobre a proposta que o Governo tem para executar em 2011.

Ninguém fala sobre o assunto e isso é uma fato recorrente. Há pelo menos cinco anos que o orçamento não é discutido como instrumento de desenvolvimento do Estado ou de eficácia nos gastos do setor público.

O que aconteceu durante a discussão do orçamento de 2010, esse que está em execução, não foi nem visando o desenvolvimento do Estado e, muito menos, a eficácia nos gastos públicos. Naquele momento o que se fez foi uma “queda de braço” entre os poderes para saber quem levariam mais vantagem.

Foram dois momentos na “negociação”: um, comandado pela Assembléia Legislativa, que contou com a participação dos outros órgãos na definição de índices e de totais; outro, comandado pelo Executivo, em um tempo depois, que contou com a participação dos mesmos órgãos, à exceção da Assembléia Legislativa, e que teve o comando do Executivo.

Ao final, ficou o dito pelo não dito, e a maior participação relativa de todos os tempos na divisão do orçamento fiscal do Estado, com alguns absurdos, comprometendo o excesso de arrecadação que se verificara nos meses de janeiro e fevereiro.

A proposta deste ano vem com muitos problemas e o pior deles não é apresentar um orçamento subestimado, sem os critérios estatísticos e sempre construindo um dique de proteção contra a necessidade de acompanhamento mensal com intervenções bimensais, trimestrais e quadrimestrais, exatamente como manda a lei que orienta a execução orçamentária.

Outro absurdo que se nota na proposta é a manutenção do índice para abertura de crédito suplementar, um verdadeiro desafio para a inteligência popular, reservando uma “boca” de 40% para o Poder Executivo abrir crédito suplementar, transpor ou transferir recursos de uma categoria de programação para outra ou de um órgão para o outro.

O tamanho dessa autorização interpreta perfeitamente o tamanho da incerteza que os construtores do orçamento e o Executivo do Estado, têm na distribuição dos recursos. Naturalmente que, em nenhuma outra área da sociedade se aprovaria uma proposta com esse indicativo de incerteza.

Quarenta por cento de largura de faixa de manobra para o governador significa que, para cada dez reais, quatro reais o governador pode manobrar para onde quiser e do jeito que quiser, pois se for aprovado o orçamento com essa autorização, na verdade não se terá diretriz e tudo vai permanecer como antes.

Já dá para perceber que não basta trocar o governador, é preciso também trocar alguns auxiliares que, ao longo do tempo ficaram viciados e não estão mais “a fim” de contribuir com o que de novo tem na Administração Pública, seja pela disponibilização tecnológica, seja nos limites legais.

Os deputados, entretanto, precisam entender que representam a população e não a si mesmos e colocar em primeiro lugar os interesses dos seus representados e depois os seus próprios interesses. Será que isso é muito difícil?

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

NOTÍCIAS D'AQUI

Por Rodolfo Juarez

EQUIPE DE TRANSIÇÃO

Ainda esta semana o governador eleito Camilo Capiberibe, deverá anunciar os primeiros nomes da equipe de transição que vai receber as informações do atual governo e que são importantes para a elaboração do plano inicial que vai executar a partir do dia primeiro de janeiro de 2011.

ORÇAMENTO 2011

No mesmo momento estará sendo discutido o orçamento do Estado para o ano de 2011e que está na Assembléia Legislativa desde o dia 30 de setembro. Elaborado pela equipe do governador Pedro Paulo, vai ser o primeiro plano que poderá já nascer, ainda em 2010, com a cara da próxima administração. A estima da receita se aproxima do valor de dois bilhões e setecentos milhões de reais.

FATO NOVO

Como Camilo Capiberibe continua, até o dia 31 de dezembro de 2010, como deputado estadual, ele vai participar diretamente das discussões do orçamento para 2011. Esse fato, além de ser inédito, também é uma oportunidade que tem o futuro governador de analisar detalhes do orçamento que lhes serão importantes para o primeiro ano de governo.

ARREPENDIMENTO

Entre alguns dos deputados estaduais há uma declarada frustração. Dizem esses deputados: “era melhor ter deixado o Camilo se eleger para prefeito que agora ele não seria o governador”. Essa é uma referência à eleição de 2008 quando Camilo ficou em primeiro lugar no primeiro turno das eleições para prefeito, mas perdeu no segundo para o atual prefeito Roberto Góes.

FÁBRICA DE PODER

Os deputados da Assembléia Legislativa do Estado do Amapá aproveitaram muito bem a oportunidade dada pelo Poder Executivo, pelos deputados federais e pelos senadores e avançou tanto que só da atual legislatura saíram o prefeito da Capital e o governador do Estado. Uma questão de competência política.

METADE

O PSB, no Estado do Amapá, quando terminar o atual mandato de Camilo Capiberibe, terá sido o responsável pela metade do tempo de comando do Estado. Até lá, estarão decorrido 24 anos de autonomia política do Estado do Amapá e, desses 24 anos, 12 terão tido o comando do PSB.

AS VIUVAS

A população tem um costume de chamar “viúvas” para aqueles que ficam chorando uma eleição perdida, sendo que o choro é como se um líder tivesse morrido politicamente. Desta vez está difícil de identificar as viúvas pois, ao que parece, tem mais “mortos” do que viúvas propriamente dita.

PROMESSA

Uma promessa do governador eleito animou os prefeitos dos 16 municípios do Estado. Disse que não vai olhar pelo retrovisor, não vai olhar cor partidária do prefeito e que já desarmou o palanque há muito tempo. Como os prefeitos estão sempre de pires na mão, essa notícia é boa para todos e tomara que se confirme.

LIDERANÇAS

Há muito que vínhamos afirmando por essa coluna que o Estado do Amapá estava se ressentindo de líderes e os líderes precisam de inspiração, partido político e muita competência na gestão dos cargos que assume e dos próprios partidos. Os que estavam acostumados a andar de “muleta” nas eleições, desta feita não se sustentaram sozinhos.

INAUGURAÇÕES

Estão sendo anunciadas importantes inaugurações de obras em todo o Estado. Tomara que tenha tempo para que tudo isso se confirme. Afinal de contas entregar uma obra de infraestrutura para a população é sempre de grande valia. As duas obras mais importantes parece ser mesmo as pontes. Uma sobre o Rio Vila Nova e a outra sobre o Rio Oiapoque.

ESQUELETOS

Agora o que vai ficar para a próxima administração do Estado é uma longa lista de obras inacabadas, verdadeiros esqueletos. Umas vinhas das outras, como bom exemplo e péssimo resultado pode-se citar e de uma ver as outras duas: a obra do Estádio Zerão, da Cidade do Samba e da Escola Estadual do Zerão.

AGUA

Está crítica a situação do fornecimento de água tratada para a população. Mesmo com menos da metade das residências atendidas pelo serviço, esse atendimento tem irritados os moradores que, desesperados, vão aos meios de comunicação e não alardeiam as suas decepções. Sinal de muito trabalho para o responsável do desenvolvimento da infraestrutura a partir de 2011.

LIMPANDO AS GAVETAS

Depois de oito anos de governo tem muitos funcionários públicos que já pediram férias para começar a gozar a partir agora de novembro. Já limparam as gavetas e não deixaram nem os projetos. Como os resultados, tantos políticos como na gestão não satisfizeram a ninguém, estão saindo sem dizer nada.

SE ESCALANDO

Agora, é verdade, já tem muita gente se escalando para cargos chaves no governo. Acham que o governador não vai ligar para essa questão de preparo técnico para os cargos. Isso é um erro. Segundo ele vai precisar haver coerência entre o cargo que ocupa, a formação técnico do ocupante, o compromisso com a missão e o respaldo político para com os aliados e com a população.

MÃOS LIMPAS

Segundo o que está sendo divulgado para a imprensa, um grupo, entretanto, está completamente descartado do governo Capiberibe – aqueles que estão de alguma forma, vinculados como acusados, à operação Mãos Limpas. Segundo os assessores mais próximos, o governador eleito afirma que não ficaria bem, nem para o governo nem para aquela pessoa, assumir um cargo público.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

GOVERNO EM CINCO PONTOS

Por Rodolfo Juarez

Desde as oito e meia da noite do domingo, dia 31 de outubro, que os amapaenses conhecem o governador eleito para o próximo mandato que começa no primeiro dia de janeiro de 2011.

Depois de uma campanha marcada por fatores que influenciaram diretamente na seleção dos candidatos pelos eleitores, os 338.553 eleitores que foram às urnas e votaram em branco (2.770 eleitores), anularam o voto (19.123 eleitores) ou votaram em um dos dois candidatos (316.660 eleitores). Destes 170.277 eleitores (53,77%), votaram em Camilo e 146.383 eleitores votaram em Lucas.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) teve um grande aliado no Estado do Amapá que foi o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) que, com equilíbrio transformou a disputa em um evento cívico e deixando para trás o que não contribuía com a eleição e com a liberdade do eleitor na escolha.

Agora a bola está com o governador eleito que vai precisar descobrir a realidade econômica do Estado, tantas vezes questionada e reconhecida como um dos maiores problemas que o próximo gestor vai enfrentar a partir da posse, também em um dia de sábado, 1º de janeiro de 2011.

Antes, já a partir dos próximos dias, deve o governador eleito tomar conhecimento da realidade da gestão estadual, instalando uma equipe de transição, para receber as informações e começar a reconhecer os pontos fracos e os pontos fortes onde precisa agir desde o primeiro dia do mês de janeiro.

Essa equipe de transição não está prevista no processo de mudança de gestão, muito embora já se tenha uma orientação pela lei específica da qual se vale o governo federal para realizar essa fase importante da gestão – a transição.

Depois vêm os pontos anunciados durante a campanha pelo governador eleito para serem implantados, ou na forma de política pública ou na inserção em programas prioritários para serem executados como projetos específicos.

Uma síntese do programa de governo anunciado pelo governador eleito Camilo Capiberibe, registrado no TSE, na forma da Lei Eleitoral, pôde identificar os seguintes pontos principais:

1) Planejamento estratégico a partir do zoneamento ecológico, econômico e social do Estado, valorizando o servidor e o serviço público, recompondo a capacidade e função de planejar, gerir e induzir novas práticas e saberes para o desenvolvimento do Amapá;

2) Participação popular na gestão do Estado desenvolvendo o orçamento participativo para decisão das políticas públicas, criando canais de diálogo com a base, rompendo com a cultura dominante e centralizadora, burocrática do Estado;

3) Transparência na arrecadação e gasto do dinheiro público criando mecanismos de controle da ação do Estado pela sociedade, rompendo assim, com o centralismo da máquina pública;

4) Descentralização do dinheiro público para efetivação das políticas públicas melhorando a qualidade e a democratização dos serviços públicos primando com eficácia, efetividade e eficiência a administração pública;

5) Desenvolvimento econômico combatendo as desigualdades sociais com foco na preservação e proteção do meio ambiente.

Transformar esses pontos em mecanismos de gestão pública é o desafio da equipe que se encarregará de comandar o Estado durante os próximos 4 anos.

As modificações são profundas e algumas dessas modificações são urgentes e dependem do que vai ser aprovado, desde o Orçamento do Estado para 2011.

CONSTRUINDO A HISTÓRIA DO AMAPÁ...

Por Rodolfo Juarez

CAMILO VENCEU A ELEIÇÃO
Com 53,77% dos votos válidos, correspondendo a 170.277 votos, Camilo Capiberibe (PSB) venceu a eleição, no segundo turno de votação, para o cargo de Governador do Amapá. Lucas Barreto (PTB), que também concorria ao cargo, obteve 46,23% dos votos válidos, equivalente a 146.383 votos.

BIOGRAFIA
Camilo Capiberibe nasceu no dia 23 de maio de 1972, em Santiago do Chile, onde seus pais viviam exilados, mas tem cidadania brasileira e naturalidade amapaense, é casado, tem curso superior em Direito, pela PUC de Campinas e estudou ciências políticas na Universidade de Montreal, no Canadá.

A VICE
Dora Nascimento (PT) é a vice-governadora eleita, tem 43 anos completos, nasceu no dia 21 de outubro de 1967, é geógrafa e militante do PT há 16 anos onde desenvolve um trabalho político voltado para as comunidades que têm mais dificuldades para sobreviver dignamente.

A CAMPANHA
A campanha eleitoral deste ano teve altos e baixos, com forte influência do episodia do dia 10 de setembro, quando foi deflagrada a operação Mãos Limpas e que fechou o primeiro turno de votação com Lucas em primeiro (28,93%) e Camilo em segundo (28,68%), com os dois credenciados para a disputa do segundo turno.

O SEGUNDO TURNO
O candidato da coligação PSB/PT foi mais habilidoso nas primeiras tomadas de decisão o que foi decisivo para o resultado final, pois quando o candidato da coligação PTB/PCB/PSDC/PRTB/PMN/PTC/PRP começou a reunir as forças para o segundo turno já estava em desvantagem, situação que não conseguiu superar até o final.

CAMILO VENCEU EM SETE
Camilo Capiberibe venceu em 7 dos 16 municípios do Estado. A diferença conquistada no Município de Macapá foi decisiva para o resultado final. Em Macapá Camilo obteve 55,36% dos votos (105.509 votos), contra 44,64% (85.072 votos) que foram obtidos por Lucas Barreto. Em votos uma diferença de 20.437 votos.

OS OUTROS
Além de Macapá (55,36%), Camilo venceu ainda em Cutias (58,87%), Ferreira Gomes (58,06%), Itaubal (59,00%), Laranjal do Jarí (64,40%), Oiapoque (57,445) e Vitória do Jarí (51,72%). O maior percentual de votos válidos dados a Camilo foi em Laranjal do Jarí, o terceiro colégio eleitoral do Estado.

LUCAS VENCEU EM NOVE
Lucas Barreto venceu em 9 dos 16 municípios do Estado. A maior diferença foi no Município de Amapá, com 64,22% dos votos. Os outros oito municípios onde Lucas venceu ofereceram os seguintes resultados: Amaparí (51,43%), Calçoene (50,93%), Mazagão (51,11%), Porto Grande (52,80%), Pracuúba (57,435), Santana (51,47%), Serra do Navio (60,63%) e Tartarugalzinho (52,47%).

ABSTENÇÃO
A abstenção pode ser considerada alta para os padrões das eleições no Estado, neste segundo turno ficou em 19,46%, mostrando que 81.796 eleitores deixaram de comparecer às urnas nas a votar. Comparado com o segundo turno de 2002, ficou 1,46% acima pois, naquele ano, a abstenção no segundo turno foi de 18,00%.

A MAIOR E A MENOR
A abstenção maior ficou por conta dos eleitores de Oiapoque, 4ª Zona Eleitoral, que teve 38,94% dos eleitores aptos ausentes do pleito o que representa 5.990 eleitores faltosos, dos 15.382 eleitores inscritos. Na outra ponta ficou o município de Ferreira Gomes, que participou da eleição biométrica e teve uma ausência de 13,42%.

PRECISA EXPLICAR
A cada eleição o número total de eleitores inscritos para votar no dia da eleição é fechado bem antes. Este ano em agosto o TSE divulgou que, no Estado do Amapá, estavam aptos para votar 420.799 eleitores. Durante o primeiro turno, o número divulgado nas totalizações foi de 420.331 eleitores e no segundo turno 420.349 eleitores. Esse número deveria ser fixo.

COMPARAÇÃO
Comparando o ânimo do eleitor para votar em branco ou anular o voto no primeiro e no segundo turno de votação, pode-se afirmar que continuou praticamente o mesmo, ao contrário dos outros pleitos. Em 2010, para governador, a variação foi a seguinte: 1) votos em branco: 1º turno 1,24% dos votos válidos e no se 2º turno 0,82% dos votos válidos; 2) votos nulos: 1º turno 5,65% dos votos válidos e no 2º turno, 5,87% dos votos válidos.

OS GOVERNADORES ELEITOS
Camilo Capiberibe (PSB) é o 4º governador eleito do Estado do Amapá. Antes Annibal
Barcellos (PFL), que governou de 1º de janeiro 1991 a 31 de dezembro de 1994; depois João Capiberibe (PSB), que foi eleito e reeleito e governou de 1º de janeiro de 1995 a 4 de abril 2002; em seguida Waldez Góes (PDT), que também governou por dois mandatos, de 1º de janeiro de 2003 a 2 de abril de 2010.

OS OUTROS GOVERNADORES DO ESTADO
Já depois de transformado em Estado (5 de outubro de 1988), o Amapá foi governado por Nova da Costa (5 de agosto de 1988 a 24 de maio de 1990), Gilton Garcia (de 25 de maio de 1990 a 31 de dezembro de 1990), Dalva Figueiredo (de 5 de abril de 2002 a 31 de dezembro de 2002) e Pedro Paulo que assumiu o governo do Estado no dia 3 de abril de 2010 e está no exercício do mandato que termina no dia 31 de dezembro de 2010).

OUTROS GOVERNADORES ELEITOS NO SEGUNDO TURNO
No Estado do Pará, Simão Jatene, PSDB, (55,76%); Em Goiás, Marconi Pirilo, PSDB, (52,99%); Na Paraíba, Ricardo Coutinho, PSB, (53,70%); No Piauí, Wilson Martins, PSB, (58,845); Em Alagoas, Teotônio Vilela, PSDB, (52,70%); no Distrito Federal, Agnelo Queiroz, PT, (66,10%); em Rondônia, Confúcio Moura, PMDB, (58,68%); em Roraima, Anchieta, PSDB, (50,41%).

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