sexta-feira, 15 de agosto de 2014

O Espaço Urbano - Um Produto das Relações de Produção

A necessidade do homem em alcançar um nível de satisfação cada vez mais elevado o impulsionou a buscar novos utensílios, métodos, e organizações (HUBERMAN, 1986).

Cada aspiração em sua determinada época, de acordo com as tecnologias do período, e o nível já alcançado de bem-estar social, produzindo novas realidades e transformando cenários até então conhecidos.

Tal comportamento continua na sociedade contemporânea, com implicações diversas na construção de cenários e alterações nos mesmos.

Com essa devida precaução que devemos considerar a realidade local na Amazônia, sob uma ótica racional, consideração que nos remete ao historicismo alemão, que analisa a dinâmica de cada momento para a proposição de uma explicação ou compreensão do fato histórico.

Caio Prado Junior (2000) alia sua análise com a proposta epistemológica de Max Weber quando persegue a explicação do fenômeno social através da compreensão do fato. Essas proposições não dissociam a multipolaridade das intervenções na dinâmica social, que passam a produzir “pressões” para que essa ou aquela ação ocorra.

Assim, pode-se perceber e levantar questionamentos e constatações sobre a produção espacial, como significado de um efeito, tendo como causa principal as relações horizontais e verticais estabelecidas para ocorrência do modo de produção.

Tal efeito espacial incide diretamente na configuração dos centros urbanos relacionados à produção e o modelo no qual se insere, demandando planejamento urbano para a mitigação dos efeitos negativos e potencialização dos efeitos positivos.

Tais externalidades do modo de produção capitalista podem ser observadas sob óticas diferenciadas, levando em consideração a as características mutantes de cada modo de produção, em seu determinado tempo, com seus respectivos efeitos. 

Exemplo. Sob um paradigma fordista, os efeitos podem ser mensurados de uma forma mais concreta, ao passo que a flexibilização do capital traz uma nova forma de buscar a identidade dos efeitos e das causas, com a produção de uma espacialidade e de uma rede (CASTELLS, 1999) de poder e contatos mais cheia de tramas, com seus nós e linhas mais diversos e mais extensos.

O município de Pedra Branca do Amaparí foi criado pela Lei nº 0008, em 01 de maio de 1992 e está localizado ao sul do estado, na mesorregião sul, a 180 km da Capital Macapá. Faz limites com os municípios de Laranjal do Jari, Mazagão, Porto Grande, Serra do Navio, Oiapoque e Ferreira Gomes; o principal acesso rodoviário fica pela rodovia Perimetral Norte, a BR-210 e abordagem mais aprofundada, apresentando aspectos geográficos mais detalhados, será realizada em subitem específico.

No período compreendido entre 2000 e 2014, houve grandes alterações no município, conforme transformações na modalidade de relacionamento do capital de produção e a dinâmica da política em Pedra Branca do Amapari, como alteração na escolha estratégica de que minério explorar. 

Com a paralisação da extração do minério de manganês, no fim da década de 1990 no município vizinho de Serra do Navio, o minério de ouro passou a significar o foco das intenções chegando a figurar como a operação de maior contagem para o Amapá, mas perdendo a relevância participativa para o minério de ferro em período determinado.

Uma análise econômica dos fatos e do cenário histórico que levaram possibilidade de construção do cenário para localidade eleita, restringindo tal análise econômica aos conceitos e análise das variações de indicadores, traçando um caminho possível para a compreensão de como se dá essa interação, revelando os principais agentes transformadores do espaço.

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