Muitos usuários do facebook bateram palmas e louvaram o comportamento do juiz... Mas, sabe... Não vejo razão de admiração!
Na minha opinião, tão lógico quanto abrir mão de um "direito" absurdo como esse é estranhar quem faz uso dele, não quem não faz!
Deveríamos EXIGIR tal comportamento, não aplaudi-lo como se fosse O HONESTO ou O MORAL!
Estamos tão carentes de bons exemplos (ou exemplos positivos normais) que idolatramos quem faz a coisa que deveria ser feita, sendo normal o que deveria ser absurdo!
Que os demais doutos juízes se envergonhem de lançar mão de erário para locupletação, em país com tamanha necessidade social!
Mais que uma
visão pelo lado de dentro de uma problemática. Mais que um olhar pela ótica de
uma comunidade entrincheirada entre fronts de uma guerra urbana. Lúcia Cabral e
Renata Trajano apresentam e representam a realidade do cotidiano de mulheres
que escolheram ser o sexo forte num cenário adverso, com suas dinâmicas
próprias, tornando-as mais determinadas a construir uma “vida melhor”, que não
que dizer fora do morro.
Sob a direção
de Dafne Capella, as duas personagens reais caracterizam as ações de Segurança
Pública no Rio de Janeiro de uma forma que ecoa no inconsciente coletivo da
comunidade a qual pertencem. Uma leitura consciente da segregação socioespacial
e sedenta por PAZ, mas não pela paz que o Estado oferece, mas pela paz que
podem produzir.
As histórias
de vida são tão diversas quanto as pessoas da comunidade, mas convergem em um
ponto. A violência que ocorre durante as operações de segurança pública na
favela. O que mexe com o cotidiano de forma negativa e faz com que os moradores
da comunidade se comportem de forma defensiva, mas nunca deixando de frisar que
estão ali porque querem e gostam, restando a lamentação pela situação da
insegurança pública.