Recuperação?
Os principais mercados acionários mundiais reagem, de forma bastante positiva, a divulgação dos detalhes dos planos de resgate do setor financeiro. Sendo assim, o índice acionário da BM&FBovespa apresentava forte valorização de 4,88%, aos 42.032 pontos, em meados da tarde de ontem (23). O giro financeiro estava em R$ 2,23 bilhões.
Convencimento
O Departamento Tesouro dos Estados Unidos anunciou ontem (23/03) os detalhes do seu plano (criado em fevereiro passado) para resolver a questão dos ativos tóxicos bancários. A idéia é estimular os investidores privados a adquirir estes títulos e, para isso, serão criados dois mecanismos um para os empréstimos e outros para os títulos ligados aos ativos imobiliários. Parece que veio meio tardio, mas os investidores, com tamanha desconfiança, começam a apostar mais alto nos mercados futuros em resposta à estadualização das finanças em termos gerais.
Embasamento institucional
Em resposta a mais algumas exigências do capital volátil dos investidores internacionais, o Departamento do Tesouro dos EUA vai atuar em conjunto com o Federal Deposit Insurance Corporation (FIDC) e Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano). O plano vai usar entre US$ 75 bilhões e US$ 100 bilhões do Programa de Alívio de Ativos Problemáticos (Tarp, sigla em inglês) e de investidores privados, que vai gerar US$ 500 bilhões em compras de ativos podres, "com potencial para expandir para US$ 1 trilhão ao longo do tempo", conforme comunicado do Tesouro.
Papel do Estado?
Sem saída para o mercado, a necessidade de uma outra medida alternativa, nada convencional, o Estadido aumenta sua participação no mercado e restringe as regras do jogo. Durante a apresentação dos detalhes do plano, o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Timothy Geithner, afirmou hoje que com o programa de compra de ativos podres de instituições financeiras, o Estado está assumindo riscos. "Em nossa opinião, a melhor maneira de sair disso é trabalhar junto com os mercados", enfatizou o secretario.
Será a saída?
As apostas estão no cerne da estatização das finanças. O Estado passa a ser fiador de ativos de empresas com indicadores financeiros em alerta, suprimindo a evasão maciça de capital de investimentos. A coisa funciona como se o Estado passasse a garantir que as coisas irão entrar nos eixos do desenvolvimento no futuro. Mas nada é tão certo quanto o agradecimento dos empresários aos governistas das nações que ora adotam tal política expansionista estatal. Só mesmo sendo bastante otimista para crer que uma mudança paliativa e superficial pode “salvar” o sistema de produção capitalista.
Como funciona?
O plano busca limpar cerca de US$ 1 trilhão destes ativos dos balanços das instituições, utilizando recursos público-privados onde o governo irá conceder incentivos aos investidores privados para adquirirem os títulos, que por sua vez poderão lucrar com uma possível melhora nos preços de tais ativos no futuro. Mas a ratificação é mais que necessária. É uma aposta de retorno pela garantia de que nada mude! A tendência natural seria a ocorrência de um novo colapso, caso as regras do jogo não se alterem.
Pode apostar
É óbvio que se faz prematura qualquer afirmação de que o programa de intervenção estatal, proposto pelos EUA, terá algum êxito em resolver os problemas do setor financeiro. Primeiro, deve-se reconquistar a confiança do investidor no sistema financeiro, o que é primordial para a normalização da liquidez e do crédito, uma vez que foi a falta de confiança que expulsou do mercado de futuros bilhões de dólares, impactando diretamente a economia real.
No Brasil
As previsões para o desempenho da economia neste ano seguem em deterioração cada vez mais pronunciada. Ao falar sobre os cortes no orçamento na semana passada, o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo reconheceu que o governo já trabalha com um crescimento da ordem de 2% para este ano. Já entre os analistas, as projeções são bem mais modestas. De acordo com o Boletim Focus divulgado hoje, a mediana das estimativas recuou para apenas 0,01%, ou seja, crescimento nulo neste ano.
No Amapá
Os principais mercados acionários mundiais reagem, de forma bastante positiva, a divulgação dos detalhes dos planos de resgate do setor financeiro. Sendo assim, o índice acionário da BM&FBovespa apresentava forte valorização de 4,88%, aos 42.032 pontos, em meados da tarde de ontem (23). O giro financeiro estava em R$ 2,23 bilhões.
Convencimento
O Departamento Tesouro dos Estados Unidos anunciou ontem (23/03) os detalhes do seu plano (criado em fevereiro passado) para resolver a questão dos ativos tóxicos bancários. A idéia é estimular os investidores privados a adquirir estes títulos e, para isso, serão criados dois mecanismos um para os empréstimos e outros para os títulos ligados aos ativos imobiliários. Parece que veio meio tardio, mas os investidores, com tamanha desconfiança, começam a apostar mais alto nos mercados futuros em resposta à estadualização das finanças em termos gerais.
Embasamento institucional
Em resposta a mais algumas exigências do capital volátil dos investidores internacionais, o Departamento do Tesouro dos EUA vai atuar em conjunto com o Federal Deposit Insurance Corporation (FIDC) e Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano). O plano vai usar entre US$ 75 bilhões e US$ 100 bilhões do Programa de Alívio de Ativos Problemáticos (Tarp, sigla em inglês) e de investidores privados, que vai gerar US$ 500 bilhões em compras de ativos podres, "com potencial para expandir para US$ 1 trilhão ao longo do tempo", conforme comunicado do Tesouro.
Papel do Estado?
Sem saída para o mercado, a necessidade de uma outra medida alternativa, nada convencional, o Estadido aumenta sua participação no mercado e restringe as regras do jogo. Durante a apresentação dos detalhes do plano, o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Timothy Geithner, afirmou hoje que com o programa de compra de ativos podres de instituições financeiras, o Estado está assumindo riscos. "Em nossa opinião, a melhor maneira de sair disso é trabalhar junto com os mercados", enfatizou o secretario.
Será a saída?
As apostas estão no cerne da estatização das finanças. O Estado passa a ser fiador de ativos de empresas com indicadores financeiros em alerta, suprimindo a evasão maciça de capital de investimentos. A coisa funciona como se o Estado passasse a garantir que as coisas irão entrar nos eixos do desenvolvimento no futuro. Mas nada é tão certo quanto o agradecimento dos empresários aos governistas das nações que ora adotam tal política expansionista estatal. Só mesmo sendo bastante otimista para crer que uma mudança paliativa e superficial pode “salvar” o sistema de produção capitalista.
Como funciona?
O plano busca limpar cerca de US$ 1 trilhão destes ativos dos balanços das instituições, utilizando recursos público-privados onde o governo irá conceder incentivos aos investidores privados para adquirirem os títulos, que por sua vez poderão lucrar com uma possível melhora nos preços de tais ativos no futuro. Mas a ratificação é mais que necessária. É uma aposta de retorno pela garantia de que nada mude! A tendência natural seria a ocorrência de um novo colapso, caso as regras do jogo não se alterem.
Pode apostar
É óbvio que se faz prematura qualquer afirmação de que o programa de intervenção estatal, proposto pelos EUA, terá algum êxito em resolver os problemas do setor financeiro. Primeiro, deve-se reconquistar a confiança do investidor no sistema financeiro, o que é primordial para a normalização da liquidez e do crédito, uma vez que foi a falta de confiança que expulsou do mercado de futuros bilhões de dólares, impactando diretamente a economia real.
No Brasil
As previsões para o desempenho da economia neste ano seguem em deterioração cada vez mais pronunciada. Ao falar sobre os cortes no orçamento na semana passada, o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo reconheceu que o governo já trabalha com um crescimento da ordem de 2% para este ano. Já entre os analistas, as projeções são bem mais modestas. De acordo com o Boletim Focus divulgado hoje, a mediana das estimativas recuou para apenas 0,01%, ou seja, crescimento nulo neste ano.
No Amapá
Os investimentos do governo estadual são mantidos, como são mantidos os investimentos do governo federal, mesmo anunciado alguns cortes estratégicos. O Amapá segue comemorando o título de UF que mais expandiu no comércio exterior em fevereiro deste ano. Se somente tal indicador bastasse, estaríamos vivendo numa Finlândia do início do século, mas na Amazônia. Não basta vender mais, possuir uma reserva mineral gigantesca, embarcar navios e aviões abarrotados de ferro e ouro, mas deixar os trabalhadores locais e suas respectivas famílias chupando os dedos, vendo a riqueza sair de debaixo de seus pés enquanto se afogam na própria miséria, sorrido para meros favores amiúdes concedidos pelo capital sem nação
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