Proprietários de carros flex têm sempre aquela dúvida na hora de abastecer: Álcool ou gasolina? Qual é o mais vantajoso? Especialistas explicam que a economia através da utilização do álcool só é garantida se o preço do litro não ultrapassar 70% do preço do litro da gasolina.
Sendo assim, abastecer com álcool no Estado de São Paulo, onde o litro custa 54,87% do preço da gasolina, Mato Grosso (55%), Paraná, quase 59%, Espírito Santo (61%), Bahia, Mato Grosso do Sul e Alagoas, onde o litro do álcool equivale a 63% do valor da gasolina, é mais vantajoso, de acordo com pesquisa da Agência Nacional de Petróleo (ANP).
Os dados da ANP são referentes à semana terminada em 3 de abril. Ainda de acordo com o levantamento, os Estados onde a vantagem continua com a gasolina são Roraima (preço do álcool é 80,33% do valor da gasolina), Pará (75,43%) e Piauí (74,37%). Já no Ceará, Distrito Federal, Paraíba, Rio Grande do Norte e Rondônia é indiferente optar por qualquer um dos combustíveis na hora de encher o tanque.
Mais caro
O custo de uso e manutenção do carro teve alta de 0,35% nos três primeiros meses deste ano, segundo pesquisa da Agência AutoInforme. A variação neste período é a menor desde 2003. Em março, no entanto, a inflação do carro ficou em 0,41%, a primeira elevação de preços neste ano.
Em março, o item da cesta de produtos e serviços que mais pesou no bolso do motorista foi a lavagem completa do carro, com alta 2,31%. O serviço de alinhamento de direção ficou 1,6% mais caro e o balanceamento de rodas subiu 1,24%. Os preços caíram, no entanto, para o filtro de ar (- 0,16) e a limpeza do bico injetor, com queda de 0,48%.
Com maior participação nos gastos dos motoristas, os combustíveis tiveram ligeira alta em março. A gasolina subiu 0,42% e o álcool, 0,38%. No entanto, se considerarmos os primeiros três meses deste ano, a gasolina ficou 0,82% mais barata e o álcool acumula queda de 0,93%.
O filtro de ar foi o item que mais subiu no ano (5,06%), seguido por estacionamento de duas horas, com alta de 5,59%. No sentido contrário, a correia dentada e a lavagem simples foram as que mais recuaram, 7,86% e 4,87%, respectivamente
No Amapá
Segundo a Agência Nacional do Petróleo (ANP), o Amapá observou a maior queda nos preços do litro do álcool, mesmo assim, no nosso estado ainda é mais vantajoso abastecer o tanque com o combustível fóssil, num proporção de 73% no preço do álcool em relação ao preço da gasolina tucujú.
Tal fato se dá pela malha logística de abastecimento dos postos amapaenses, que sofrem com o preço dos fretes. Um alternativa para o barateamento dos custos de transporte do combustível (seja fóssil ou vegetal), seria o que propõe a Companhia Docas de Santana (CDSA), com a construção de um banker para o abastecimento de toda a Amazônia, com passagem racional pelo Porto de Santana.
Fonte: ANP
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