(Por Rodolfo Juarez)
A inversão de valores dentro dos partidos políticos está criando dificuldades para o eleitor compreender as propostas que os partidos ou as coligações apresentam nas campanhas eleitorais.
Todas essas propostas são olhadas com desconfiança e os programas que comportam essas propostas não são recebidos com a credibilidade que precisaria para serem analisados com relação à necessidade e a oportunidade.
Alguns partidos importantes estão acometidos da síndrome da mosca varejeira, que não escolhem onde pousar depois dos seus voos. Estão sempre na busca de um porto seguro onde os seus dirigentes tenham menor risco nas disputas, de nada valendo a proposta do partido ou os compromissos assumidos.
Os partidos políticos são instituições exclusivamente nacionais, isso quer dizer que deveria haver uma diretriz nacional, do conhecimento de cada filiado, que deveria ser seguido por cada dirigente.
Mas as próprias direções nacionais, em regra, permitem que os partidos políticos, no seu comportamento, ajam como se fossem estadualizados ou municipalizados, isto é, conforme a cabeça do dirigente estadual ou municipal.
Nas eleições gerais esse comportamento fica muito claro e se escancara com alianças impensáveis, acordos inimagináveis e incoerente, incompatíveis com o ideário do partido e o compromisso que o filiado aceita e o dirigente teria obrigação de evitar.
Mas nesse momento fala mais alto a sobrevivência política dos dirigentes partidários que viram de constas para o partido, na tentativa de permanecer com o mandato, mantendo a relação política que entende como decisiva para a sua influência no poder e meio de vida na sociedade.
Vendo essa realidade é que se observa que o político da atualidade, na sua maioria, tem fidelidade com o Poder e não com o partido. Para garantir o mandato e manter-se no Poder, trabalha dia e noite; já para manter-se fiel à proposta do partido não age, não trabalha e ainda confessa aos seus colaboradores que o “partido atrapalha”.
No Estado do Amapá alguns partidos, por causa do comportamento dos seus dirigentes, há muito, abdicaram do objeto principal de um partido político – conquistar o Poder para governar o Estado, de ter um governador de Estado. Preferem vir na “garupa” de outros partidos, não raro, tradicionais adversários, mas olhando as vantagens pessoais ou familiares que o dirigente possa auferir.
A fidelidade ao Poder em confronto com a fidelidade ao partido mostrou a necessidade de haver regras para controlar essa questão que seria, originariamente, obrigação dos próprios partidos, conforme os seus estatutos.
As regras vieram, estão se aprimorando e estreitando as faixas de ação das “moscas varejeiras”. A autonomia de vôo destas “moscas” está diminuindo e os campos de pouso, alguns fechados, outros com visibilidade prejudicada.
Mesmo assim, alguns se agarram na velha máxima dos políticos que não deram bom exemplo, quando afirmavam que “em política vale tudo, menos perder”.
A eleição de 2010 pode mostrar um ponto de tangência importante na trajetória do comportamento dos dirigentes dos partidos políticos no Amapá, a partir do qual seja retomado o verdadeiro sentido partidário, com os partidos se ajustando ao seu objeto de ser uma célula da democracia.
Todas essas propostas são olhadas com desconfiança e os programas que comportam essas propostas não são recebidos com a credibilidade que precisaria para serem analisados com relação à necessidade e a oportunidade.
Alguns partidos importantes estão acometidos da síndrome da mosca varejeira, que não escolhem onde pousar depois dos seus voos. Estão sempre na busca de um porto seguro onde os seus dirigentes tenham menor risco nas disputas, de nada valendo a proposta do partido ou os compromissos assumidos.
Os partidos políticos são instituições exclusivamente nacionais, isso quer dizer que deveria haver uma diretriz nacional, do conhecimento de cada filiado, que deveria ser seguido por cada dirigente.
Mas as próprias direções nacionais, em regra, permitem que os partidos políticos, no seu comportamento, ajam como se fossem estadualizados ou municipalizados, isto é, conforme a cabeça do dirigente estadual ou municipal.
Nas eleições gerais esse comportamento fica muito claro e se escancara com alianças impensáveis, acordos inimagináveis e incoerente, incompatíveis com o ideário do partido e o compromisso que o filiado aceita e o dirigente teria obrigação de evitar.
Mas nesse momento fala mais alto a sobrevivência política dos dirigentes partidários que viram de constas para o partido, na tentativa de permanecer com o mandato, mantendo a relação política que entende como decisiva para a sua influência no poder e meio de vida na sociedade.
Vendo essa realidade é que se observa que o político da atualidade, na sua maioria, tem fidelidade com o Poder e não com o partido. Para garantir o mandato e manter-se no Poder, trabalha dia e noite; já para manter-se fiel à proposta do partido não age, não trabalha e ainda confessa aos seus colaboradores que o “partido atrapalha”.
No Estado do Amapá alguns partidos, por causa do comportamento dos seus dirigentes, há muito, abdicaram do objeto principal de um partido político – conquistar o Poder para governar o Estado, de ter um governador de Estado. Preferem vir na “garupa” de outros partidos, não raro, tradicionais adversários, mas olhando as vantagens pessoais ou familiares que o dirigente possa auferir.
A fidelidade ao Poder em confronto com a fidelidade ao partido mostrou a necessidade de haver regras para controlar essa questão que seria, originariamente, obrigação dos próprios partidos, conforme os seus estatutos.
As regras vieram, estão se aprimorando e estreitando as faixas de ação das “moscas varejeiras”. A autonomia de vôo destas “moscas” está diminuindo e os campos de pouso, alguns fechados, outros com visibilidade prejudicada.
Mesmo assim, alguns se agarram na velha máxima dos políticos que não deram bom exemplo, quando afirmavam que “em política vale tudo, menos perder”.
A eleição de 2010 pode mostrar um ponto de tangência importante na trajetória do comportamento dos dirigentes dos partidos políticos no Amapá, a partir do qual seja retomado o verdadeiro sentido partidário, com os partidos se ajustando ao seu objeto de ser uma célula da democracia.
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