Pressionada pelo governo, a BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras, decidiu reduzir o preço da gasolina (em 6%) e o do etanol (em 13%) fornecido aos postos de combustíveis com a marca da empresa.
Com cerca sete mil postos de combustíveis no Brasil, cerca de 40% do mercado de derivados de petróleo no país, a intenção do governo é que a redução de preços na distribuidora seja repassada ao consumidor final auxiliando no combate à inflação.
O governo também acredita que criará uma competição saudável com as outras distribuidoras de combustíveis no país, forçando uma redução geral nos preços.
No momento somente os postos de combustíveis da Petrobras vão receber os descontos e não há garantias de que os menores custos serão repassados aos consumidores. Vamos esperar pra conferir os resultados da medida.
Quanto ao mercado financeiro, é incerto o impacto que a redução dos preços na BR Distribuidora terá nas ações da Petrobras (PETR3 e PETR4) negociadas na Bolsa de valores.
Por um lado a medida alivia o peso no bolso dos consumidores o que poderia aumentar o volume de combustível comercializado. Outra visão é a de que as ações da empresa já estão bastante depreciadas na Bolsa, sendo que a medida teria pouco impacto em sua cotação.
No entanto fica cada vez mais evidente o controle que o governo tem sobre a Petrobras, colocando um véu de incertezas e riscos políticos sobre a administração da companhia, o que pode afugentar alguns investidores.
Afinal de contas, o que busca o investidor? Busca o lucro para os seus investimentos em contas da economia real. Mesmo considerando o atual intervencionismo petista, os oito anos de sucesso econômico atribuídos ao governo Lula, dão à Presidenta Dilma uma margem positiva para fuçar no controle de importantes administrações.
Não tem muito jeito, não. O impacto nos papéis da empresa só o mercado mostrará.
Aos meros mortais que andamos diariamente de automóveis à combustão (mesmo que em coletivos), resta a expectativa quanto à redução do caríssimo e injustificado preço dos derivados do petróleo (com adição ou não de etanol).
Comentários
Depois de uma temporada de preços altos, sob a desculpa de aumento do preço do frete, os empresários locais resolveram diminuir o preço, desmontando a harmonia que imperava no setor, com certa afinação e pouca variação.
Agora, pode-se observar preços bem variados. Desde R$ 2,65, até R$ 2,89 o litro da gasolina. Vai da preferência e do bolso do freguês.