Em breve
análise, percebe-se a diminuição nos valores exportados de janeiro a setembro
deste ano (USS FOB 344.721.995,00) e no mesmo período do ano passado (USS FOB 429.383.197,00).
Mas nada que represente arrefecimento no volume exportado pelo Amapá para
outros países.
Tal fato se
dá pela queda no valor da principal commodity (minério de ferro) na composição
da pauta de exportações amapaenses. Assim, os valores negociados ficam menores
no conjunto total das exportações, já que somente o minério de ferro representa
mais de 92% de nossas exportações este ano, até setembro passado.
Em números
comparativos aos dois períodos, mesmo com o crescimento do volume exportado de
minério de ferro (24,81%), o produto rendeu aos exploradores minerais 20,2% menos
que no ano passado, quando a cotação chegou a US$ 187,18 por tonelada métrica seca
em fevereiro de 2011.
A cotação
mais baixa desde novembro de 2009 (US$ 99,26/ton) ocorreu em setembro passado,
chegando a ser cotado internacionalmente em US$ 99,47 a tonelada métrica,
cotação que vinha em na descendente desde abril deste ano, quando era cotada em
US$ 147,65 para cada tonelada negociada.
Mesmo considerando
tais catações somente indicadores para o preço internacional da commodity, as
médias de preço giram em torno de US$ 103,69 por tonelada métrica seca
embarcada (Free On Board) no ano de 2011 para o período de janeiro a setembro. Já
para o mesmo período para este ano, a tonelada foi negociada em média de US$ 66,29,
considerando a carga vendida e o valor faturado pela carga, disponíveis pela
Secretaria de Comércio Exterior, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e
Comércio Exterior.
Outra queda
nos valores pode ser observada através dos negócios com o segundo colocado no
ranking dos produtos mais exportados através do Amapá, Madeira de não-coníferas.
Desta feita a quantidade ficou reduzida em mais de 59%, faturando menos de
60,79% do faturado no mesmo período do ano passado.
Por outro lado,
a exportação de Fruta, Partes de Plantas, Preparados/Conservados, Sucos de
Outras Frutas, etc. (em suma, açaí), somados, venderam quase US$ FOB 12
milhões, um crescimento de mais de 250% em relação ao faturado no mesmo período
ano passado.
Mesmo representando
somente 3,41% (somados) da pauta total de exportação pelo Amapá, a açaí vem ganhando
destaque ante a retração da exportação de madeira e da desvalorização sazonal
do minério de ferro, o que não deixa se significar a tendência de aumento de
rendimentos e de volume exportado de açaí.
A pauta de
exportação, representada pelo gráfico seguinte, demonstra a massiva
participação da exportação do minério de ferro (92,11%), seguido das vendas de
madeira (4,1% - somadas) e pela exportação de Frutas, suas partes, sucos ou
concentrados (3,41% - somadas).
As principais
empresas exportadoras são ANGLO FERROUS AMAPA MINERACAO LTDA, UNAMGEN MINERACAO
E METALURGIA AS, AMCEL - AMAPA FLORESTAL E CELULOSE S.A., ZAMAPA MINERACAO S/A,
e a AÇAI DO AMAPA AGRO-INDUSTRIAL LTDA, que somam US$ 344.748.248,00,
representando 99,63% de todas as exportações pelo Amapá.
O gráfico seguinte mostra a evolução das
exportações amapaenses, considerando valores em dólares americanos por carga
embarcada (US$ FOB) e a carga exportada, ambos controlados e registrados pela
Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), do Ministério do Desenvolvimento,
Indústria e Comércio Exterior (MDIC), bem como suas linhas de tendência (com
curvas lineares), mostrando a evolução e a as expectativas de evolução.
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