Diante de um cenário sem boas expectativas para o curto ou médio prazo, é de se espantar com os números recordes na balança comercial do Amapá. As bolsas de valores fecham em baixa em todo o mundo, mas breves suspiros são observados pelo comercio nacional com recuperações pequenas, porém repetidas.
Com o crescimento de 31% na corrente de comercio (soma das importações e exportações), o Amapá teve, em 2008, em relação ao ano de 2007, um desempenho melhorado. 2007 foi um ano de capitalização, ou seja, as principais importações foram bens de capital para auxiliar a exploração mineral e vegetal no interior do Estado. Foram quase US$ 53 milhões FOB em importações, sendo mais de 40% desse valor em materiais auxiliares como usinas geradoras de eletricidade, vagões ferroviários, tratores, escavadoras e outros. Somente o produto água de colônia teve relevância nas importações, representando 3,23% das importações daquele ano.
As importações
Com o crescimento de 31% na corrente de comercio (soma das importações e exportações), o Amapá teve, em 2008, em relação ao ano de 2007, um desempenho melhorado. 2007 foi um ano de capitalização, ou seja, as principais importações foram bens de capital para auxiliar a exploração mineral e vegetal no interior do Estado. Foram quase US$ 53 milhões FOB em importações, sendo mais de 40% desse valor em materiais auxiliares como usinas geradoras de eletricidade, vagões ferroviários, tratores, escavadoras e outros. Somente o produto água de colônia teve relevância nas importações, representando 3,23% das importações daquele ano.
As importações
Seguindo grandes investimentos em capitalização sempre ocorre uma retração natural nos resultados de qualquer empreendimento. É o período de aquecimento do negócio e de pagamento do investimento realizado. É uma aposta na produção de escala, ganhando-se menos por unidade, porém, produzindo mito mais unidades. Então, tais investimentos e importações não eram esperados para 2008, mas entre os dez principais produtos importados somente um (água de colônia) não é bem de capital. Sinal de que a preparação para o aumento do fluxo de extração vem por aí. Os meses de abril e maio observaram grande volume na importação (US$ 6,9 e US$ 9,8 milhões FOB, respectivamente). Quando a retração real era esperada, no ultimo trimestre de 2008, os meses somaram mais de 11 milhões de dólares americanos (US$), na modalidade FOB (Free On Board).
As exportações
O Ouro foi o produto que mais exportou em dólares americanos. Foram mais de US$ 73 milhoes FOB em 2008, representando 38,36% de todas as exportações. Como conexão lógica a empresas que mais exportou foi a MINERACAO PEDRA BRANCA DO AMAPARI LTDA, única exportadora do minério no Amapá. Os números variaram mais de 21% entre os dois anos, significando que os investimentos de 2007 e 2008 tiveram impactos positivos para a extração no metal nobre tucuju.
Outros destaques são minérios também, como: minérios de ferro não aglomerados e a cromita (minérios de cromo), com 23,34 e 6,07% das exportações totais, respectivamente, sendo as empresas responsáveis MMX AMAPA MINERACAO LTDA e a MINERACAO VILA NOVA LTDA. Interessante observar que o minério de ferro, que em 2007 representava apenas 1,76% das exportações, hoje tem um peso bem maior, são mais de US$ 44,9 milhões FOB em 2008, representando 23,34% das exportações totais, enquanto que a exportação de cromita caiu quase 30% ano passado.
A madeira também observou elevações em termos absolutos (valores monetários), mas em termos relativos (participação no volume de exportações) teve seu peso diminuído, diante da elevação do peso da participação do ouro nas exportações (passando de 38% em 2007 para os 48% de 2008). Entre estilhas de madeiras coníferas e não coníferas foram mais de US$ 51,27 milhões FOB em 2008, representando 26,63% do total exportado, sendo que em 2007 eram 30,21%. Sendo a AMCEL - AMAPA FLORESTAL E CELULOSE LTDA a única empresa responsável pelas operações com o produto madeira em estilhas no Amapá.
Relação com a crise
O ano de 2008 espantou muita gente do mercado financeiro. O capital volátil dos investidores detentores de moeda sem nação preferiu a poupança (de retorno certo, mas diminuto) ao retorno robusto, mas arriscado, das bolsas de valores. Os impactos vieram num efeito cascata e dominó, combinados. Os investimentos futuros dão um norte para as operações de empresas de capital aberto, ou que põem cotas de suas ações para arrecadar tal capital expatriado. Quando ocorre retração dos investimentos há uma iminente retração da produção, com cortes na economia real, afetando o nível de renda e as taxas de ocupação, impactando as economias locais que recebem os grandes projetos de extração mineral, entre outros. O caso em Laranjal do Jarí e do centro do Amapá (Pedra Branca e Serra do Navio) retratam tal cenário e recebem os resultados de políticas traçadas a milhares de quilômetros, nas centrais das grandes empresas que sediam e administram o negocio da exploração mineral.
O ano de 2008 espantou muita gente do mercado financeiro. O capital volátil dos investidores detentores de moeda sem nação preferiu a poupança (de retorno certo, mas diminuto) ao retorno robusto, mas arriscado, das bolsas de valores. Os impactos vieram num efeito cascata e dominó, combinados. Os investimentos futuros dão um norte para as operações de empresas de capital aberto, ou que põem cotas de suas ações para arrecadar tal capital expatriado. Quando ocorre retração dos investimentos há uma iminente retração da produção, com cortes na economia real, afetando o nível de renda e as taxas de ocupação, impactando as economias locais que recebem os grandes projetos de extração mineral, entre outros. O caso em Laranjal do Jarí e do centro do Amapá (Pedra Branca e Serra do Navio) retratam tal cenário e recebem os resultados de políticas traçadas a milhares de quilômetros, nas centrais das grandes empresas que sediam e administram o negocio da exploração mineral.
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