A necessidade do homem em alcançar um nível de satisfação cada vez mais
elevado o impulsionou a buscar novos utensílios, métodos, e organizações
(HUBERMAN, 1986).
Cada aspiração em sua determinada época, de acordo com as
tecnologias do período, e o nível já alcançado de bem-estar social, produzindo
novas realidades e transformando cenários até então conhecidos.
Tal
comportamento continua na sociedade contemporânea, com implicações diversas na
construção de cenários e alterações nos mesmos.
Com essa devida precaução que devemos considerar a realidade local na
Amazônia, sob uma ótica racional, consideração que nos remete ao historicismo
alemão, que analisa a dinâmica de cada momento para a proposição de uma
explicação ou compreensão do fato histórico.
Caio Prado Junior (2000) alia sua análise com a proposta epistemológica
de Max Weber quando persegue a explicação do
fenômeno social através da compreensão do fato. Essas proposições não dissociam
a multipolaridade das intervenções na dinâmica social, que passam a produzir
“pressões” para que essa ou aquela ação ocorra.
Assim, pode-se perceber e levantar questionamentos e
constatações sobre a produção espacial, como significado de um efeito, tendo
como causa principal as relações horizontais e verticais estabelecidas para
ocorrência do modo de produção.
Tal efeito espacial incide diretamente na
configuração dos centros urbanos relacionados à produção e o modelo no qual se
insere, demandando planejamento urbano para a mitigação dos efeitos negativos e
potencialização dos efeitos positivos.
Tais externalidades
do modo de produção capitalista podem ser observadas sob óticas diferenciadas,
levando em consideração a as características mutantes de cada modo de produção,
em seu determinado tempo, com seus respectivos efeitos.
Exemplo. Sob um paradigma
fordista, os efeitos podem ser mensurados de uma forma mais concreta, ao passo
que a flexibilização do capital traz uma nova forma de buscar a identidade dos
efeitos e das causas, com a produção de uma espacialidade e de uma rede (CASTELLS,
1999) de poder e contatos mais cheia de tramas, com seus nós e linhas mais
diversos e mais extensos.
O município de Pedra
Branca do Amaparí foi criado pela Lei nº 0008, em 01 de maio de 1992 e está
localizado ao sul do estado, na mesorregião sul, a 180 km da Capital Macapá.
Faz limites com os municípios de Laranjal do Jari, Mazagão, Porto Grande, Serra
do Navio, Oiapoque e Ferreira Gomes; o principal acesso rodoviário fica pela
rodovia Perimetral Norte, a BR-210 e abordagem mais aprofundada, apresentando
aspectos geográficos mais detalhados, será realizada em subitem específico.
No período
compreendido entre 2000 e 2014, houve grandes alterações no município, conforme transformações na modalidade de relacionamento do capital
de produção e a dinâmica da política em Pedra Branca do Amapari, como alteração
na escolha estratégica de que minério explorar.
Com a paralisação da extração
do minério de manganês, no fim da década de 1990 no município vizinho de Serra
do Navio, o minério de ouro passou a significar o foco das intenções chegando a
figurar como a operação de maior contagem para o Amapá, mas perdendo a
relevância participativa para o minério de ferro em período determinado.
Uma análise econômica dos fatos e do cenário
histórico que levaram possibilidade de construção do cenário para localidade
eleita, restringindo tal análise econômica aos conceitos e análise das
variações de indicadores, traçando um caminho possível para a compreensão de como se dá essa interação, revelando os principais agentes transformadores do espaço.
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