(por Rodolfo Juarez)
Hoje é o primeiro dia de despachos do novo governador do Estado do Amapá, Pedro Paulo. Um dia de muitas audiências rápidas e que precisam apresentar resultados imediatos para que a população veja a disposição do mandatário no exercício desse curto mandato.
Deve começar a conhecer o lado invisível do governo, aquele que não era dado a conhecer nem ao titular que acabou de renunciar para desincompatibilizar-se e estar em condições disputar as eleições de 2010.
Esse trabalho, pelas dificuldades que apresenta, é o que mais vai demorar e pode estar na linha mais demorada do cronograma de atividades do governador. Os assuntos que contam desse lado invisível da gestão são aqueles próprios dos burocratas e que pouco tem a ver com os resultados.
Normalmente precisam ser analisados com cuidado, pois, do outro lado, está o responsável pelo véu, às vezes espesso, que cobre os motivos que impediram que levassem o assunto para a tomada de decisão.
Mas também, o governador vai tratar nesse primeiro dia do lado visível do governo que constam das ações em andamento e que estão distribuídos pelo Estado. São obras, contratos de serviços diversos, programas em implantação nas áreas de incentivos ao desenvolvimento econômico e projetos.
Também vai estrear um relacionamento com a Assembléia Legislativa, com o Tribunal de Contas, com o Tribunal de Justiça e com o Ministério Público. Todas elas instituições públicas que têm a mesma responsabilidade social que o Governo do Estado, com um detalhe, é o Governo do Estado que os representa tecnicamente no conjunto da organização e nas lides externas de interesse do Estado.
Os empresários estão esperando os indicativos que o Governo vai adotar para poder entender quais as modificações que precisarão fazer nos seus planos de curto prazo. A condição de cliente que os órgãos do governo também têm, exige essa preparação devido às alterações no leque de prioridades à que está sujeito o novo cenário com o definidor dessas novas prioridades.
A população também está nessa expectativa. Depois da incerteza instalada e alimentada por muitos, a população trabalhou, no mínimo, com duas alternativas para depois do dia 3 de abril, devido à falta de clareza na posição que seria tomada pelo governador Waldez.
Os problemas urgentes, que não podem ter mais solução de continuidade e não devem ser mais adiados, não podem ser agravados por espera da gestão. Há que ser identificada as prioridades e as ações que não podem parar.
Por esse quadro, da para observar que o governador Pedro Paulo vai se ressentir da falta do período de transição, indispensável para o mandato de quatro anos e absolutamente necessário para um mandato relâmpago de nove meses. A transição não aconteceu.
Muitas pessoas vão estar ocupadas em informar ao governador as questões urgentes, aquelas que não admitem esperas e nem soluções demoradas.
Essas informações precisam ser corretas, sem meias palavras, sem disfarces e trazendo pelo menos uma indicação de solução para que as medidas tomadas sejam eficazes.
Comentários