(por Rodolfo Juarez)
E hoje é o dia da mentira.
Tem gente que acordou maquinando a melhor mentira, a melhor maneira de fazê-la parecer verdade.
E sabe que elaborar mentira também dá trabalho? Sabe que precisa ter talento para contar esses causos de forma convincente?
É lógico que esse talento além de ser invulgar, pode representar uma tática que resulta no sucesso conforme as pedaladas que se dá pra tornar a mentira parecer uma verdade irretocável.
Recentemente foi desenvolvido por esses mentirosos uma modelo experimental que passou a se
constituir um exemplo de sucesso. Foi até “batizado” e ganhou uma identificação, uma identidade – “O pacto da mentira”.
Consiste em uma tática, no mínimo muito estranha: a mentira é contada pelo narrador para o receptor, que finge que está acreditando; responde com outra mentira, e o primeiro finge que acredita na resposta, riem os dois, e saem como se tivessem cumprido um dos mais difíceis cerimoniais do ambiente social de ambos.
Valem-se dessa estratégia todos aqueles que não têm o que fazer a não ser imaginar as coisas que queriam que acontecesses, mas que, sabem, dificilmente acontecerá.
O que esses mentirosos precisam é de platéia para que possam avaliar o desempenho de cada um e terem a certeza de que fizeram o exercício corretamente.
Os que sabem da estratégia ou conhecem o estrategista, logo se vão, deixa-os falando só e, nesse momento, ficam decepcionados para valer. Não é de mentirinha não. Querem tomar satisfação e acertar as contas.
Pode ser uma doença também. Acredito que, se for estudado à profundidade, podem descobrir desvios profundos na conduta dessas pessoas. Uma coisa é certa: são perigosos e ambiciosos.
O dia primeiro de abril serve para isso também. Acionar o sinal de alerta, garantir os aspectos defensivos das pessoas. Afinal de contas ficar imune às mentiras é uma proposta audaciosa.
Assim como as outras manias, a mania de mentir pode ser considerada uma doença como tantas outras que implicam em causar dificuldades para terceiros que desprotegidos, embarcam em verdadeiras “canoas furadas” e acreditam que vão viajar por longo curso.
Meritória as reações daqueles que resolvem insurgir-se contra esses ataques dos mentirosos. Sabem esses insurgentes que esses agentes são perigosos, traiçoeiros, oportunistas e avançam quando os flancos estão desprotegidos e com as mentiras camufladas no meio de algumas verdades básicas.
Mesmo sabendo que se trata de um mentiroso na interlocução, é difícil a convivência pois ele tem a mania de imaginar que o interlocutor pode ser abatido pela fantasia e seguir os caminhos que escolhe para desenhar a sua audaciosa mania de mentir.
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