(por Rodolfo Juarez)
Ainda são muitas as evidências de que alguma coisa muito forte protege o lado invisível do Governo do Estado do Amapá. Questões que, ao que parece, independem da vontade do governante e de seus auxiliares e estão fora do seu controle.
Essas evidências são constatadas pela permanência de algumas pessoas e pela dificuldade de modificar o processo de gestão do Estado. Pessoas que vêm influindo nas decisões de todos os governos desde a época do governador Barcellos, passando pelo governo Capiberibe, evidenciando-se no governo Waldez e influenciando no governo Pedro Paulo.
São figuras que nos momentos de mudanças, principalmente, recolhem-se para uma espécie de carapaça e, depois, lentamente, vêm botando a cabeça para fora para, mais tarde, está com toda a sua fantasia desfilando pelas passarelas do Poder.
Habitam o chamado lado invisível do Governo. Aquele ao qual nem o governador tem acesso ou, quando o tem, vê um pântano esfumaçado, cheios de figuras mal formadas e sem qualquer perspectiva de saída. Um ambiente inexpugnável.
Do lado de fora, o povo não tem qualquer explicação para o “fenômeno”, muito embora saiba que é ele que paga todas as despesas para que esse lado invisível do Governo seja mantido sob proteção e nas condições de invisibilidade.
Que tal valer-se da estratégia de Odisseu, aquele guerreiro grego, do povo aqueu, que preparou o Cavalo de Tróia e passou para o lado invisível da Cidade de Tróia e destruindo tudo e vencendo a Guerra de Tróia.
Mas tudo isso não aconteceu em um estalar de dedos, foram precisos 10 anos de muita luta e de muito estudo. A resistência dos soldados defensores do lado invisível era muito forte, eles estavam preparados para o sítio intenso a que estavam submetidos e apostavam no cansaço dos guerreiros atacantes para, mais uma vez, vencerem a batalha.
A estratégia de Odisseu, construindo um grande cavalo de madeira e colocando dentro dele, muitos soldados, só foi aceita depois da perda de heróis gregos reconhecidos como Heitor e Aquiles. Inclusive Aquiles é aquele mesmo que só tinha um ponto vulnerável – o calcanhar.
Os troianos precisaram ser enganados com a utilização de uma de suas próprias fraquezas – o regozijo. Eles gostavam de serem considerados imbatíveis, superiores e invencíveis e aceitavam prêmios por isso. Acreditavam cegamente na estratégia que usavam e comemoravam, dias a fio, a cada vitória. Exatamente como no lado invisível do Governo.
Tinha certeza que eram inalcançáveis e inatingíveis!
Mas Odisseu, depois de estudar e projetar todas as possibilidades se valeu da estratégia do Cavalo de Tróia, que oferecera como presente, fustigando o orgulho dos troianos e dizendo que o presente era um sinal claro de paz e de que se retirariam, suspendendo o cerco sobre a cidade que já durava algum tempo.
O Cavalo de Tróia foi levado para dentro dos muros da cidade, os soldados troianos festejaram e se embebedaram e quando estavam dormindo, cansados das festas, os gregos saíram do cavalo, abriram os portões para que os outros guerreiros entrassem e acabassem com o lado invisível de Tróia.
Que tal uma invasão ao lado invisível do governo se valendo da estratégia de Odisseu e de um Cavalo de Tróia moderno, dos anos 2010?
Quem sabe se com essa medida não evitaríamos a morte de nossos “heitores” e “aquiles” e ainda recuperaríamos a honra dos nossos “menelaus”?
Comentários
Espero que a dicas postas no Debate na Forte ecoem em algum lugar, para que algumas posturas sejam tomadas.
Não seria por falta de aviso que alguns erros ainda persistissem na ocorrência!
Parabéns pelo texto, meu pai!