sexta-feira, 25 de abril de 2008

CESTA BÁSICA OFICIAL PASSA DOS R$ 190,00 EM MACAPÁ

Com um aumento de 2,06% a Cesta Básica Oficial de Macapá fecha em R$ 191,92 em março, com um IPC de 0,94%, mostrando a tendência do aumento continuado dos preços médios na capital.

O atual preço da cesta básica oficial de Macapá, computado em março passado e fechado na primeira semana deste mês, mostra que a tendência de elevação dos preços, apontada com o IPC de dezembro de 2007 e o preço da cesta em janeiro deste ano, vem se confirmando, tornando uma das mais caras da região, porém mais barata que no sudeste e sul de nosso país de dimensões continentais.

Produtos mais caros

O pão liderou o grupo dos alimentos que mais aumentaram em março, influenciado pelo aumento de sua matéria-prima, o trigo. A variação do preço do pão foi de 8,45%, passando de R$ 4,85 o quilo em fevereiro para R$ 5,26 em março. Outros produtos também foram influenciados pela alta do trigo como biscoito, macarrão e outros derivados da commodity.

Ainda o leite de gado, com uma variação de 6,73%, representou influencia para a elevação do preço da cesta, uma vez que recupera as perdas provocadas pela crise no final do ano passado com a questão do leite contaminado, derrubando o consumo e os preços do produto em todo o Brasil por meses consecutivos.

Também a farinha de mandioca observou aumento mais acentuados que os demais componentes da cesta básica, variando em março 5,95%, sendo que o quilo do produto alcançou R$ 1,96 ante os R$ 1,85 de fevereiro.

Analisando u grpo alimentício da cesta básica, houve ainda elevação dos preços da Traíra (peixe), com mais de 16% de variação, e aumento do ovo de galinha, que aumentou 14,02% em relação ao mês passado, cooperando para a elevação geral dos preços médios dos produtos da cesta básica oficial de Macapá.

Produtos mais baratos

O café em pó freou a elevação dos preços totais, com uma variação negativa, ficou mais barato 0,90%, bem como a carne ovina (alcatra), que ficou 0,85% mais barata em março. Percebe-se, então, que os preços que se elevaram variaram mais que os preços que recuaram, explicado o porque da elevação da media do preço da cesta básica oficial.

Em outros produtos componente do indicador não foi observada variação alguma, caso da banana e do arroz, que vinha elevando seu preço gradativamente ju8nto com o feijão, que deixou de ser o “vilão” da dona de casa, saindo do hall dos produtos que mais variavam positivamente, aumentando os custos das refeições diárias (0,77% Mês passado).

Quanto do salário mínimo?

Comparando o custo da cesta com o novo salário mínimo de R$ 415,00, concluí-se que o trabalhador macapaense comprometeu 46,25% de seus rendimentos para obter os itens de primeira necessidade, cumprindo uma jornada de trabalho de 101 horas e 44 minutos. Em março passado, quando a cesta custou R$ 168,69, esse desembolso correspondia a 52,19% do mínimo vigente.

segunda-feira, 14 de abril de 2008

(13ABR2008)
CRESCIMENTO ACELERADO DO PIB NO AMAPÁ (2002 – 2005)

Com o crescimento acumulado do PIB em 23,1%, no período 2002 – 2005, o Amapá cresceu mais que a economia nacional (10%) e que a Região Norte (21,7%).
O Produto Interno Bruto, indicador de riqueza da economia, medido pela ótica da produção, em 2005, no Amapá, apresentou o PIB a preços correntes na ordem de R$ 4,367 bilhões, representando um crescimento nominal de 13,49% em relação ao ano anterior, número superior ao Brasil (10,60%) e inferior a região Norte (18,34%). Com relação à variação real, o Estado obteve um crescimento de 6,3%, superior ao Brasil (3,2%) e inferior ao Norte (6,6%)
O Valor Adicionado nos últimos quatro anos apresentou um crescimento acumulado em relação a 2002 de 23,1%, superior à economia nacional, que cresceu 10%, e a regional 21,7%. Nestes quatro anos, o Valor Adicionado de maior desempenho foi a atividade de Saúde e Educação Mercantis com um crescimento de 88%, conseqüência do crescimento do número de instituições de ensino superior, outra atividade é a Indústria de Transformação 71,4% e Serviços de Informação 65%. As atividades que apresentaram menor desempenho no período foram a Agricultura, a Extrativa Mineral e o Comércio.


Analisando os setores de atividades do período de 2005 com relação a 2004, o setor de maior crescimento foi Secundário com 23%, seguido pelos Terciário 12% e Primário 11%. A participação dos três setores em 2005 está assim distribuída: Terciário 85,42%; Secundário 11,38%; e Primário 3,20%. As atividades que apresentaram maior desempenho foram: Transporte (98,40%), Informação (96,76%). Menores desempenhos, apresentando quedas, foram: Serviços Domésticos (26,61%), Saúde e educação (8,27%) e Aluguel (4,12%).
Com relação à participação das atividades no PIB, as maiores são: Administração Pública (45,8%), Comércio (13%) e o imobiliário (11,5%). As de menor participação são: Industria Extrativa Mineral (0,7%), Saúde e Educação Mercantil (0,8%) e Serviços Prestados a Famílias (1,2%).
O PIB do Amapá tem uma participação de 0,2% no PIB nacional e ocupa a 25° posição no ranking do país, está à frente do estado do Acre e de Roraima, somente. A renda per capita do Amapá é de R$ 7.344, garantindo o posicionando em 15º no ranking nacional, sendo considerada a quarta maior renda do Norte, superando Tocantins, Acre e Pará. Com relação à região Nordeste, a renda per capita do Amapá apresenta superioridade a todos os noves Estados, onde se distancia sete pontos percentuais da maior renda que está no estado do Sergipe.

quinta-feira, 10 de abril de 2008

(07ABR2008)
CRESCIMENTO DE 6,3% NO PIB DO AMAPÁ

O Produto Interno Bruto do Amapá em 2005 expandiu 6,3% em relação a 2004, ficando na média de crescimento da Região Norte, representando uma variação positiva duas vezes maior que a média nacional (3,2%).

A nova metodologia para a composição e aferição do PIB no Brasil montada em 2007 pelo IBGE, já exposta por esta página, garante números para análise do cenário atual do Amapá na Região Norte. Dentre eles um PIB R$ 4,367 bilhões em 2005, a preços corrente, representando um crescimento no indicador na ordem de 6,3%, ante os 6,6% da média de crescimento da região Norte e os 3,2% da média nacional.


O PIB per capta do Amapá


Tudo que é produzido no Amapá e dividido pelo número de habitante, ou seja, o PIB per capita do Amapá, em 2002 era de R$ 6.200,00, ocupava o 3º lugar do indicador da região Norte, ficando atrás apenas do Amazonas e de Roraima, este último o menos populoso de toda a região, o que influencia o indicador.
Em 2005, o último dados oficial publicado pelo IBGE, mostra um PIB per capita do Amapá em 4º lugar, com R$ 7.344,00 por pessoa. É válido lembra que a maior taxa de crescimento populacional na região Norte foi do nosso estado, que passou de 530.923 habitantes em 2002 para os 594.587 em 2005, representando uma taxa de crescimento de 3,85%, ante 2,31% regionais e os 1,45% de todo o Brasil.
Ainda em 2005, Rondônia, que era o 4º lugar em PIB per capita em 2002 da região Norte, aparece em 2º lugar para o indicador. Vale ressaltar que Rondônia apresentou a menor taxa de crescimento populacional no período 2002-2005, bem abaixo da média regional, influenciando de forma veemente a computação dos dados.
Não é que se busque achar chifre em cabeça de cavalo, mas as justificativas são técnicas e convém serem expostas, já que explicam o cenário geral da região, deixando de lado uma análise quantitativa individual, ente a ente, o que vicia a leitura e pode ser manipulado de forma escusa e maquiavélica por quem defenda cor “A” ou “B” partidária e empobrece a discussão e seu mérito.


Amapá-Acre?

É evidente que se busca sempre uma comparação quantitativa para que se entenda a dinâmica local da economia e das políticas públicas empregadas para a busca do desenvolvimento. Mas tal comparação não pode deixar de considerar a questão da formação histórica dos entes a serem comparados, ainda mais se o comparado for chamado nosso “estado-irmão”.


Comparar políticas públicas locais com as de qualquer outro estado da federação, somente por uma análise quantitativa dos indicadores, pode se tornar, no mínimo, duvidoso e leviano, uma vez que não considera a questão orgânica de cada ente e sua dinâmica de transformações, bem como a relação na trama dum cenário que também se transforma constantemente.
Comparar Amapá e Acre cabe por serem ex-territórios federais, gozarem de uma abordagem parecida do órgão central de administração pública. Parecidos sim, mas não iguais. Enquanto que o Amapá apresenta uma matriz de PIB formada por apenas 3,2% de participação do setor primário da economia (aquele setor que compreende a produção agrícola, pesca, silvicultura e outros), enquanto que o Acre apresenta um setor primário com maior participação no seu PIB, de 20% em 2005, segundo a nova metodologia do IBGE.
Lembrando que a mão-de-obra que compõe o Acre, de acordo com a formação histórica daquele estado, é de origem sulista e ligada às atividades agrárias, ao passo que a amapaense é composta, em sua grande maioria, por migrantes nordestinos, com herança do coronelismo daquela região.
Não só a formação primária dos territórios federais do Acre e do Amapá, mas a estadualização de ambos também se dá de forma e em momentos distintos, evidenciando os caracteres diferenciados da questão orgânica dos “irmãos”.O setore de cada estado que pode ser comparado na formulação dos PIB’s é o setor secundário (aquele que transforma matéria-prima em bens de consumo, o de transformação, a indústria), significando 11,4% e 11,5%, Amapá e Acre respectivamente.

quarta-feira, 2 de abril de 2008

(30MAR2008)
DESACELERAÇÃO NO AUMENTO DOS PREÇOS EM MACAPÁ


Mesmo aumentando menos, a Cesta Básica Oficial de Macapá ainda ficou 1,14% mais cara no mês passado, alcançando R$ 188,05 em fevereiro, com um IPC de 0,25%.


Em fevereiro de 2008 o Índice de Preços ao Consumidor – IPC da cidade de Macapá registrou variação de 0,25%, apresentando um recuo em relação ao mês anterior quando o mesmo alcançou taxa de 1,77%, o que significara um pico, ante novembro (1,19%) e dezembro (1,30%) de 2007.



“O grupo ‘alimentação e bebidas’ cresceu menos mês passado, apresentando alta de 1,76%, contra 2,97% do mês de janeiro. A principal elevação ocorreu nos preços de peixes e crustáceos (5,47%), esta alta já estava prevista por dois principais motivos: o primeiro por se tratar de um período que antecede a semana santa, e o segundo pelo fato de algumas espécies estarem no período de defeso, o que causa encarecimento do produto. Outros destaques foram: óleo de soja (10,82%); açucares e derivados (3,20%) e carnes (2,36%). As principais retrações observadas foram: bebidas não alcoólicas (-8,98%); leite pasteurizado (-6,31%) e queijo (-4,57%)”. Afirmaram as responsáveis técnicas pelo índice, Vanete Palmeira (Estatística), da SEPLAN, e Beatriz de Azevedo (Economista), do convênio FECOMÉRCIO/ SEPLAN.

A Cesta Básica Oficial em Macapá
Outra variável importante que o índice a ponta é o preço da cesta básica oficial em Macapá, que registrou aumento de 1,15% no mês de fevereiro, custando R$ 188,06. Dos doze itens que compõem a cesta, três apresentaram recuo em seu preço médio: leite de gado (-6,30%); banana (-1,70%) e o feijão (-0,94%). As maiores altas apuradas foram: óleo de soja (10,82%); tomate (3,50%); carne (3,06%) e o pão (2,10%).


Quanto trabalho para comer?!
A elevação dos preços mostra o impacto dos preços da rotina do trabalhador local. Em Macapá, o trabalhador que recebe um salário mínimo precisa trabalhar 108 horas e 52 minutos de mês para adquirir a Ração Essencial (Decreto Lei nº 399 de 1938), segundo os dados oficiais elaborados pelo convênio.
Já Belém, segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos – DIEESE, ofereceu mês passado sua cesta básica oficial ao preço médio de R$ 191,43, exigindo 110 horas e mais 50 minutos de jornada de trabalho do belemense. Segundo esses dados, Macapá está praticando um preço 1,8% mais baixo do que a capital do Pará e exigindo duas horas e dois minutos a menos na jornada de trabalho do macapaense, em relação aos daquela cidade.

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