quinta-feira, 10 de abril de 2008

(07ABR2008)
CRESCIMENTO DE 6,3% NO PIB DO AMAPÁ

O Produto Interno Bruto do Amapá em 2005 expandiu 6,3% em relação a 2004, ficando na média de crescimento da Região Norte, representando uma variação positiva duas vezes maior que a média nacional (3,2%).

A nova metodologia para a composição e aferição do PIB no Brasil montada em 2007 pelo IBGE, já exposta por esta página, garante números para análise do cenário atual do Amapá na Região Norte. Dentre eles um PIB R$ 4,367 bilhões em 2005, a preços corrente, representando um crescimento no indicador na ordem de 6,3%, ante os 6,6% da média de crescimento da região Norte e os 3,2% da média nacional.


O PIB per capta do Amapá


Tudo que é produzido no Amapá e dividido pelo número de habitante, ou seja, o PIB per capita do Amapá, em 2002 era de R$ 6.200,00, ocupava o 3º lugar do indicador da região Norte, ficando atrás apenas do Amazonas e de Roraima, este último o menos populoso de toda a região, o que influencia o indicador.
Em 2005, o último dados oficial publicado pelo IBGE, mostra um PIB per capita do Amapá em 4º lugar, com R$ 7.344,00 por pessoa. É válido lembra que a maior taxa de crescimento populacional na região Norte foi do nosso estado, que passou de 530.923 habitantes em 2002 para os 594.587 em 2005, representando uma taxa de crescimento de 3,85%, ante 2,31% regionais e os 1,45% de todo o Brasil.
Ainda em 2005, Rondônia, que era o 4º lugar em PIB per capita em 2002 da região Norte, aparece em 2º lugar para o indicador. Vale ressaltar que Rondônia apresentou a menor taxa de crescimento populacional no período 2002-2005, bem abaixo da média regional, influenciando de forma veemente a computação dos dados.
Não é que se busque achar chifre em cabeça de cavalo, mas as justificativas são técnicas e convém serem expostas, já que explicam o cenário geral da região, deixando de lado uma análise quantitativa individual, ente a ente, o que vicia a leitura e pode ser manipulado de forma escusa e maquiavélica por quem defenda cor “A” ou “B” partidária e empobrece a discussão e seu mérito.


Amapá-Acre?

É evidente que se busca sempre uma comparação quantitativa para que se entenda a dinâmica local da economia e das políticas públicas empregadas para a busca do desenvolvimento. Mas tal comparação não pode deixar de considerar a questão da formação histórica dos entes a serem comparados, ainda mais se o comparado for chamado nosso “estado-irmão”.


Comparar políticas públicas locais com as de qualquer outro estado da federação, somente por uma análise quantitativa dos indicadores, pode se tornar, no mínimo, duvidoso e leviano, uma vez que não considera a questão orgânica de cada ente e sua dinâmica de transformações, bem como a relação na trama dum cenário que também se transforma constantemente.
Comparar Amapá e Acre cabe por serem ex-territórios federais, gozarem de uma abordagem parecida do órgão central de administração pública. Parecidos sim, mas não iguais. Enquanto que o Amapá apresenta uma matriz de PIB formada por apenas 3,2% de participação do setor primário da economia (aquele setor que compreende a produção agrícola, pesca, silvicultura e outros), enquanto que o Acre apresenta um setor primário com maior participação no seu PIB, de 20% em 2005, segundo a nova metodologia do IBGE.
Lembrando que a mão-de-obra que compõe o Acre, de acordo com a formação histórica daquele estado, é de origem sulista e ligada às atividades agrárias, ao passo que a amapaense é composta, em sua grande maioria, por migrantes nordestinos, com herança do coronelismo daquela região.
Não só a formação primária dos territórios federais do Acre e do Amapá, mas a estadualização de ambos também se dá de forma e em momentos distintos, evidenciando os caracteres diferenciados da questão orgânica dos “irmãos”.O setore de cada estado que pode ser comparado na formulação dos PIB’s é o setor secundário (aquele que transforma matéria-prima em bens de consumo, o de transformação, a indústria), significando 11,4% e 11,5%, Amapá e Acre respectivamente.

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