sábado, 27 de junho de 2009

RAPIDINAS (25JUN2009)...

VisaNet em alta
O mercado parece estar bastante eufórico com a IPO da VisaNet Brasil, ao menos analisando a procura pelos papéis que serão emitidos nesta oferta inicial de ações. Com o período de reserva encerrado ontem (24/06), a procura para participar da primeira captação pública da VisaNet é quase o dobro do proposto pelo emissor das ações. Caso a ação seja precificada no teto de R$ 15,00 destacado no prospecto preliminar, esta será a maior IPO realizada na BM&F Bovespa.

Resultados corporativos
A Açúcar Guarani divulgou dados a respeito do seu ano fiscal, onde reportou um prejuízo de R$ 291 milhões no período, valor seis vezes maior do que o prejuízo de R$ 46,6 milhões apresentado no ano anterior. A Oracle divulgou um lucro líquido de US$ 1,89 bilhão no quarto trimestre do seu ano fiscal, o que representa uma queda de 7% em comparação ao mesmo período do ano anterior.

O galope do dólar
O Banco Central (BC) informou que a Ptax (média oficial do dólar) fechou a R$ 1,9716 na compra e a R$ 1,9724 na venda, em baixa de 1,47% frente ao encerramento de ontem (R$ 2,0019). Parece que as incertezas dos negócios na moeda norteamericana continuam influenciando os valores reais da moeda no mercado internacional. Com o dólar “instável”, negócios futuros se tornam cada vez mais incertos, empurrando o valor fiduciário da moeda para um redemoinho iminente. A saída é buscar uma moeda mais quieta, complicando ainda mais o valor líquido do dólar americano.

Resultado do dia
A decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) trouxe certa instabilidade ao mercado acionário brasileiro. Após operar em alta durante a sessão, o Ibovespa acompanhou o movimento externo e terminou em terreno negativo. Ao final dos negócios, o índice acionário da BM&FBovespa recuou 0,28%, aos 49.672 pontos. O giro financeiro da bolsa ficou em R$ 5,35 bilhões.

Falsas expectativas
O Departamento do Comércio dos Estados Unidos informou ontem que os novos pedidos de bens duráveis subiram US$ 2,8 bilhões ou 1,8% em maio de 2009, para US$ 163,9 bilhões. A expectativa do mercado apontava para um recuo de 0,9% no período, significando uma boníssima surpresa aos investidores mundiais, mostrando que as previsões pessimistas não tinham consistência num cenário de recuperação econômica, com indicadores relativos em ascensão.

Tudo que é bom dura pouco!
Com os investidores comemorando os resultados comparados, no período da tarde, o Fomc manteve a taxa básica de juros inalterada, fixada entre 0% e 0,25%. A entidade destacou que o ritmo de contração econômica está se desacelerando, enquanto que os gastos dos consumidores mostraram sinais de estabilização, desde o último encontro, em abril. Uma notícia ruim para as expectativas de retorno aos investimentos no país, fazendo os investidores preferirem a liquidez, retirando muito capital do mercado para, então, decidir onde, quanto e como reaplicar os valores.

Mais influência!
O mercado também acompanhou a projeção da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Pela primeira vez, em dois anos, o órgão revisou para cima suas projeções para a atividade econômica dos países-membros. A entidade prevê uma retração de 4,1% para 2009, sendo que sua última estimativa apontava para queda de 4,3%. Para 2010, as expectativas saíram de crescimento zero para a perspectiva de leve crescimento. “Melhorou” de péssimo para muito ruim!

No Brasil
No âmbito doméstico, o desempenho das blue chips também influenciou o Ibovespa. No final do pregão, as ações preferenciais da Vale e da Petrobras caíram 2,35% e 1,27% respectivamente. Enquanto que os papéis da Gerdau perderam 0,85%. Dentre os destaques positivos do Ibovespa ficaram: Rossi ON (+4,97%), a R$ 7,60; Souza Cruz ON (+4%), a R$ 57,20 e Redecard ON (+3,52%), a R$ 30,23. Na direção contrária ficaram: Duratex PN (-3,79%), a R$20,01 e TIM ON (-3,33%), a R$6,66.

“Queda” de gigante
A Nike, a maior empresa de artigos esportivos do mundo, anunciou hoje lucro líquido de US$ 341,4 milhões (US$ 0,70 por ação) no quarto trimestre fiscal de 2008, representando uma redução de 30% quando comparado com o mesmo período do ano anterior. No acumulado do ano fiscal, a companhia reportou lucro líquido de US$ 1,5 bilhão (US$ 3,03 por ação), com queda de 21%, em relação ao ano anterior. A receita líquida sofreu declínio de 7% no quarto trimestre fiscal, frente aos mesmos meses do ano anterior, para US$ 4,7 bilhões. No entanto, no ano, a receita cresceu 3%, somando US$ 19,2 bilhões. Mesmo com os números em descendência, a Nike pode comemorar lucro no ano, quando muitos outros choram seus prejuízos.

domingo, 21 de junho de 2009

DIMINUIÇÃO DA CARGA TRIBUTÁRIA NACIONAL NO PRIMEIRO TRIMESTRE

A indicação de redução no fisco nacional sobre o PIB brasileiro pode servir de indicadores para cenários futuros

A estratégia é boa, mas atrelada ao aumento dos gastos do governo, fomentando a construção civil através do Programa de Aceleração do Crescimento, pode significar comprometimento das finanças públicas no financiamento do orçamento do exercício 2010. É como se reduzíssemos nosso próprio salário e aumentássemos os gastos.

Diante das comparações entre dois períodos bem diferentes, os primeiros trimestres de 2008 e 2009, podemos traçar expectativas de recuperação para toda a economia, inclusiva a amapaense, que sofreu menos impacto que os demais centros urbanos nacionais, com a indústria evoluída e com dimensões diferentes da insipidez local.

Os efeitos recessivos da crise global e as desonerações promovidas pelo governo federal fizeram a carga tributária brasileira cair para 38,45% do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre deste ano, contra 38,95% em igual período de 2008.

É a primeira queda trimestral desde o início de 2006, quando o peso da arrecadação tributária sobre o PIB diminuiu 0,6 ponto porcentual em relação ao primeiro trimestre do ano anterior. As informações são de um levantamento divulgado ontem pelo Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT).

Para um PIB de R$ 684,61 bilhões, divulgado na semana passada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), os contribuintes pagaram R$ 263,22 bilhões em impostos, taxas e contribuições federais, estaduais e municipais nos três primeiros meses de 2009.

Segundo o estudo, a arrecadação apresentou crescimento nominal (sem descontar a inflação) de R$ 4 bilhões em relação ao primeiro trimestre de 2008. Mesmo assim, a carga tributária diminuiu, pois a expansão do PIB entre os dois períodos foi maior, da ordem de R$ 18,97 bilhões.

Também contribuiu para essa queda o desempenho baixo da arrecadação federal, que apresentou recuo de R$ 550 milhões, enquanto as estaduais e municipais cresceram R$ 4,24 bilhões e R$ 30 milhões, respectivamente.

Outro fator importantíssimo é a renúncia fiscal, quando o Estado deixa de cobrar impostos de atividades estratégicas para a sobrevida do parque industrial nacional, como no caso da indústria automobilística, que sofreu despressurização do fisco, facilitando a comercialização de automóveis pela baixa nos preços finais aos consumidores.

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Rapidinhas (11jun2009)...

PIB Brasileiro em queda
Agora é oficial, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil caiu 0,8% neste primeiro trimestre, o suficiente para configurar uma Recessão Técnica (onde há uma queda seguida do indicador por dois trimestres consecutivos). A queda de 0,8%, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apesar de configurar o status de recessão, veio acima da expectativa do mercado e analistas, que estimavam quedas entre 1% e 2,5%.

Recessão no Brasil?
Apesar de superar a expectativa de muitos analistas que previam quedas de até 2,5% para o PIB do primeiro trimestre, muitas outras instituições relatam que a queda de 0,8% poderia ter sido ainda menor. A Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio), por exemplo, divulgou reclamações quanto à demora do Banco Central em readequar a taxa básica de juros, onde os cortes deveriam ter sido feitos há muito mais tempo e em uma intensidade maior.

Visão oficial
Analisando por outro ponto de vista, Guido Mantega, ministro da Fazenda relata que o atual PIB que estamos vendo é um "PIB velho" e que a economia está se recuperando. Luiz Inácio Lula da Silva, em discurso, relata que "ficou triste" com esta queda: "Eu fiquei triste porque a gente vinha num crescimento tão extraordinário, de 5%, 6%, estava em uma situação tão boa, e aí veio uma crise”. O presidente declarou que o dado concreto é que o PIB decaiu mais do que o desejado, mas decaiu menos do que o que foi pronunciado nos últimos três meses. “Todo mundo dizia que ia ser uma catástrofe e não foi”, afirmou nosso representante, mostrando que o que é ruim poderia ser pior...

Comer fica cada vez mais caro!!!


A Fundação Getúlio Vargas pesquisou e comprovou: no acumulado, churrasco e feijoada pesam mais no bolso das famílias brasileiras.

O churrasco foi o prato típico com maior alta de preço nos doze meses encerrados em maio, segundo estudo divulgado nesta quinta-feira passada (04/06) pela Fundação Getulio Vargas. O custo dos ingredientes subiu 13,06%, enquanto a alta média dos alimentos foi de 13,06%.
Já a feijoada, prato típico do Sudeste, foi o prato com maior redução no preço, de 2,27%, mas segue uma alta 17,81% no acumulado de junho de 2007 a maio de 2009, o que mostra que o recuo de pouco mais de 2% no último período não recupera o preço praticado em 2007.
A pesquisa avalia o preço dos ingredientes necessários para preparar os pratos típicos do Sudeste (a feijoada, com preço pesquisado no Rio), do Sul (o churrasco, de Porto Alegre), do Nordeste (o bobó de camarão, pesquisado em Salvador) e a galinhada (típica do Centro-Oeste do país).

O que subiu
Segundo a FGV, o aumento do custo do churrasco foi puxado pelas altas em carnes como a maminha (38,25%) e a picanha (11,53%). As menores elevações foram apresentadas pelos itens: cerveja (5,02%) e azeite de oliva (1,01%).

O que baixou
Já a feijoada foi beneficiada pela queda de 20,89% no preço do feijão preto e de 1,85% na farinha de mandioca. O recuo no custo da feijoada não foi maior porque houve alta de 8,63% no arroz branco, de 14,27% em linguiças e de 15,39% na cachaça, fundamental para a caipirinha.
O Bobó
Para fazer um bobó de camarão, o custo aumentou 1,20% entre abril de 2008 e maio de 2009. O aipim, ingrediente fundamental na receita do prato típico nordestina, aumentou nada menos que 41,22%. O preço do limão, por sua vez, subiu 33,28%.

A galinhada
No Centro-Oeste, o prato típico é a galinhada, que ficou 0,21% mais barato no ano encerrado em maio, na comparação com igual período do ano anterior. Segundo o estudo, o aumento menor de itens como tomate, arroz e frango na região colaborou para o menor preço para se preparar a galinhada.

O açaí
Apesar de não estar contemplado na pesquisa da FGV, o macapaense sente com a alta de mais de 100% no preço do vinho do açaí. De fato, a sazonalidade abala com grande força o preço do fruto, que é repassado ao consumidor final. Mas ocorre que, ao terminar a baixa safra da colheita de açaí, o preço demora cada vez mais tempo para retornar ao preço normal. Vamos acompanhar o que vai acontecer a partir de julho com os preços locais.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

RAPIDINHAS (29MAI2009)...

Controle oficial
Nos últimos dias, tesourarias e, principalmente, investidores estrangeiros e hedge funds vêm atuando para a queda das cotações, evidenciando estarem posicionados na baixa no vencimento. E para inibir a ação dos especuladores, o Banco Central (BC) decidiu não mais atualizar on-line as cotações e os volumes negociados, uma medida conservadora de controle por parte do Estado. Parece que a tendência se confirma, com a retomada do domínio estatal nas relações sociais.

Expectativas
Até a virada do mês, o câmbio tende a andar de lado e encontrar resistência maior em romper a barreira de R$ 2. Porém, passada a virada do mês, o dólar deve furar os R$ 2 e se acomodar abaixo deste patamar, se as condições externas permanecerem favoráveis. Além da combinação de menos risco e juros altos que tem atraído capital externo, a desvalorização do dólar mundo afora também conspira a favor do real. Esperemos o fechamento e o ânimo do mercado em relação à economia brasileira.

Entendendo o dólar
A moeda norte-americana vem em uma trajetória de depreciação frente a seus principais pares, diante dos temores e das incertezas de como o governo norte-americano irá administrar, no futuro, o rombo de suas contas públicas, com déficit superior a US$ 1 trilhão. Mesmo diante do Euro e do Real, a moeda vem sofrendo demais com a crise. Parece que o poder fiduciário vem caindo e a confiança na economia norteamericana acompanha a tendêndcia.

COMENTE

Para um Brasil melhor, comente, contribua ou critique as postagens.