sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA HOJE

Por Rodolfo Juarez

SEM DESCULPA

Depois da negativa de liminar, em processo cautelar, do Pleno do Tribunal de Justiça do Estado do Amapá, referente às pretensões e as esperanças que tinham os seguidores de Dalto Martins, os deputados estaduais que não trabalharam durante todo o mês de fevereiro, não têm mais desculpa para não ir trabalhar.

INÍCIO PACÍFICO

Depois de um período de muita calmaria, quando os candidatos à presidente da Mesa Diretora da Assembléia Legislativa, se mostravam extremamente cautelosos, já bem próximo da posse dos deputados começaram as divergências, segundo alguns, sutilmente influenciadas por autoridades do Executivo.

A POSSE

No dia primeiro de fevereiro, data que a legislação reserva para a posse dos deputados que iniciam legislatura, já estava muito clara a cisão iminente entre os deputados: agora divididos em dois grupos (chegaram a ser cinco). No primeiro dia seguinte à posse, teriam que eleger o presidente da Mesa Diretora da AL.

A REGRA

Como o presidente anterior da Assembléia, Jorge Amanajás, não havia sido reeleito, a sessão de eleição seria presidida pelo deputado ou deputada com mais idade – no caso, a deputada Maria Góes, com 61 anos e 144 com mais idade que Jaci Amanajás que já havia presidido, em outra oportunidade, uma eleição da Mesa da AL.

ARTIMANHA

Quatro dias antes de terminar o mandado dos deputados, foi engendrada uma artimanha com o objetivo de ser utilizada outra definição prevista no Regimento Interno da AL/AP, ou seja, de que o presidente anterior, caso tivesse sido reeleito para a nova legislatura, presidiria a sessão de eleição e posse do novo presidente. Jorge Amanajás teria (que não se reelegeu) teria renuncia para favorecer o vice-presidente, Dalto Martins (que se reelegeu).

A CONFUSÃO

Devido a renúncia e nem a posse ter seguido a regra prevista e se tornada pública conforme manda o próprio regimento interno, tornou-se suspeita a medida que foi entendida como uma manobra. A sessão de posse foi dirigida por Dalto Martins, mas a reação de Maria Góes na Justiça garantiu-lhe dirigir a sessão de eleição da Mesa, quando foi eleito o deputado Moisés Souza para o mais alto cargo do Poder Legislativo.

NA JUSTIÇA

Os deputados que não concordaram com os trabalhos de Maria Góes na Presidência da Sessão de Eleição foram à Justiça, pedindo a cassação da liminar da Justiça que tinha colocado Maria Góes na direção dos trabalhos da eleição da Mesa Diretora da AL. Esse julgamento, pelo Pleno do TJAP, terminou 4 x 4, mantendo a liminar e, em consequência a validade de todos os atos praticados na sessão, inclusive a eleição e a posse de Moisés Souza (e os outros membros da Mesa).

Nenhum comentário:

COMENTE

Para um Brasil melhor, comente, contribua ou critique as postagens.