segunda-feira, 17 de outubro de 2011

O VAREJO DESPENCOU (no Amapá)

Por: Rodolfo Juarez

O que constatou o IBGE, através de sua Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Serviços e Comércio e disponibilizou para publicação relativa às taxas mensais regionalizadas do volume de vendas no varejo, ordenadas segundo posicionamento em relação à média nacional, não é mais um sinal de alerta, é uma sinal de “pare agora” senão o Estado do Amapá pode ficar em uma posição muito difícil de voltar.

Esses números comprovam que o Governo do Estado, aquele que tomou posse no dia primeiro de janeiro deste ano, não deu conta de gerir os interesses do Estado e continua com muitas dificuldades para gerir os interesses do próprio Governo.



Não se trata mais de um erro de estratégia para o modo de governar, se trata de uma emergência que precisa receber atenção de todos os mandatários eleitos pelo povo como: senadores, deputados federais, deputados estaduais, vereadores,prefeitos, vice-prefeitos e, também, a iniciativa privada e empreendedores de um modo geral, pois, caso contrário, os prejuízos sociais serão irremediáveis e tão volumosos que superarão a capacidade de recuperação do Estado em curto prazo.

Os registros do desempenho econômico são resultados não apenas do desleixo, mas também da falta de conhecimento daqueles que assumiram a responsabilidade de resolver as questões que estão para serem resolvidas e não para amedrontar ou encurralar o governador e sua equipe.

Nós já tínhamos chamado a atenção para a possibilidade de acontecer o que aconteceu – o Estado do Amapá, como um todo, andar para trás.

Se não prestaram a atenção já é um erro. Agora se duvidaram da possibilidade de ocorrer o que estava sendo apontado, esse é um erro gravíssimo que beira a incompetência e chega bem próximo da irresponsabilidade pública na interpretação dos dados que estão disponíveis em vários bancos de dados, aqui mesmo no Estado do Amapá.

Primeiro foi o recuo econômico solitário, na seara do desenvolvimento negativo, que é indesejado por todos e inadmissível quando apenas o Estado do Amapá apresenta esse índice.

Agora em outubro, quando foi publicada, pelo IBGE, a taxa mensal regionalizada do volume de vendas do varejo e deixa, outra vez, o Amapá, como Estado solitário, no campo negativo com um desempenho negativo de menos 2,7%, enquanto todos os outros vinte e cinco Estados e o Distrito Federal apresentaram desempenho positivo.

Tecnicamente, estamos em recessão em comparação com a média nacional que alcançou 7,1%positivos, mas estado como o Estado de Tocantins, que alcançou aumento de 25%positivos na taxa regionalizada de vendas do varejo.

Apenas para efeito de comparação, listamos os resultados dos Estados da Amazônia Brasileira: Tocantins, 25%: Rondônia, 18%; Acre, 9%; Pará, 8,4%; Roraima, 8,2%;Amazonas, 6,6%; e Mato Grosso, 2,7%.

E o Estado do Amapá registrou o índice de – (menos) 2,7%. Ora veja!

É importante considerar o agravante de que o Estado do Amapá tem a sua economia baseada exatamente na vendas no varejo, com o comércio predominando entre as atividades econômicas.

É momento de dar um basta no modelo adotado até agora.

O fracasso desse modelo vem sendo medido a cada divulgação do desempenho econômico brasileiro por Estado.

Essa não deve ser a nossa realidade. Não pode ser a verdade a Administração Publica local.Nem todos podem ser punidos por erro ou incompetência seja lá de quem for,inclusive do Governo do Estado.

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