terça-feira, 16 de novembro de 2021

Fórum sobre Direitos Humanos - CAO-2021 - CBM-AP


Vídeo G1 


O link acima carrega um vídeo do G1 sobre o tema da Mutilação Feminina. 

Abaixo, comente suas concepções a partir da leitura do texto "Os limites dos Direitos Humanos: o dilema moral de Tashi".  

Faça duas postagens: 1) inserindo termos ou conceitos percebidos dentro do texto e pouco utilizados no seu cotidiano; 2) comentando a postagem de um colega, atualizando e exemplificando o conceito trazido pela primeira postagem.

Obs: faça seu login e identifique o seu nome e sobrenome no INÍCIO. de cada postagem.

86 comentários:

Jôse Meiry disse...

Etnografias
Antinaturalista
Naturalistas
Projeto ético de Habermas
Projeto nietzschiano
Peça de Sófocles

Unknown disse...

dos conceitos que ainda não tinha visto: pilhéria (na página 25 do texto)
"Sua prova
de conversão definitiva à moralidade olinka, a cicatriz ritual,
deveria torná-la imune à "pilhéria" bem como à desconfiança de
seus pares."

Jôse Meiry disse...

pilhéria - pilhéria. pi.lhé.ri.a. nome feminino. dito engraçado; graça; piada;

Marcos Sena disse...

Naturalização da Moral (Marcos Sena)

Emmanuelle Gurgel disse...

tsunga

João Paulo Mendes disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...

D.ALVES

Alteridade


Unknown disse...

CHARLLYS COSTA

1) inserindo termos ou conceitos percebidos dentro do texto e pouco utilizados no seu cotidiano.

Trago três expressões/termos para a discussão:

1-Povo Olinka;
2-Desnaturalizasse;
3-Pilhéria.

Jucileide barros disse...

os conceitos que ainda não tinha visto: pilhéria (na página 25 do texto)
"Sua prova
de conversão definitiva à moralidade olinka, a cicatriz ritual,
deveria torná-la imune à "pilhéria" bem como à desconfiança de
seus pares."

Edson Bentes disse...

Trago o questionamento sobre o entendimento do termo "tsunga".

Unknown disse...

NO texto é apresentado o termo "pedra de Sísifo", ou pode ser entendido como trabalho de Sísifo é uma expressão popular originada a partir da mitologia grega, remetendo a todo tipo de trabalho ou situação que é interminável e inútil.

O significado contemporâneo desta frase está relacionado com a ideia de que por mais trabalho e esforço que se faça em relação a algo, os resultados são sempre infrutíferos, irrelevantes e frustrantes.

Alguns estudiosos, como o escritor e filósofo francês Albert Camus, utilizavam dos princípios do trabalho de Sísifo na mitologia grega para explicar algumas características da condição humana.

A vida dos seres humanos, segundo Camus, seria semelhante ao trabalho de Sísifo, pois vivem para seguir uma rotina diária e repetitiva de atividades, normalmente sem um propósito concreto.

Unknown disse...

Anthony Duarte "Por outro lado, a docilidade à regra pode ser física ou moral"

Sergio Pinheiro disse...

Levanto a discussão a respeito do ANTI – RELATIVISMO, movimento citado no texto em um "Famoso Repúdio" de Clifford Geertz

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...

Anthony Duarte "niilistas"

Luana Araújo disse...

ainda não tinha ouvido falar em imobilismo moral!
termo tsunga tbm nunca ouvi, cheguei a pesquisar mais não achei qualquer conceituação

Alan Cantuária disse...

questiono sobre o significado do termo "tsunga" ?

Unknown disse...

Carolina Melo

Limbo moral

Salomar Carvalho disse...

Salomar Carvalho


Uma palavra que ainda não tinha lido ou ouvido ela é Sísifo, pagina 21 do texto.

Unknown disse...

Patrick Silva " tempo imemorial"

Jôse Meiry disse...

Limbo moral-
fazendo analogia é possível entender:
limbo significa um lugar onde são deixadas coisas sem valor e que são esquecidas.
Assim acredito que deva ser moral que é esquecida, deixada de lado.

Unknown disse...

Márcio Costa

A dos termos que ainda não conhecia é etnocentrismo.

Jôse Meiry disse...

Sísifo:
Personagem da mitologia grega, condenado a empurrar eternamente uma enorme pedra morro acima que, ao atingir o seu topo, caía novamente, sendo este processo repetido até à eternidade: mito de Sísifo.
Em contexto: Trabalho árduo e inútil que deve ser feito repetida e eternamente, por alusão ao mito de Sísifo: trabalho sísifo.

Unknown disse...

Anthony Duarte
Sobre a postagem:

"Sua prova
de conversão definitiva à moralidade olinka, a cicatriz ritual,
deveria torná-la imune à "pilhéria" bem como à desconfiança de
seus pares""


no meu entendimento quer dizer que se ela praticasse o ritual de seu povo, estaria livre de situações vexatórias praticadas pelos demais membros da comunidade.

Raimundo Neto disse...

Raimundo Neto
Conceitos não usuais no dia a dia: Cicatriz ritual, horror trágico, auto aniquilamento, trabalho inútil.

Jucileide barros disse...

sobre o conceito de alteridade :natureza ou condição do que é outro, do que é distinto.
e é interessante comentar q o texto traz justamente essa reflexão, pois estamos olhando a cultura e religião do outro a partir da nossa visão, de acordo com nossos valores. E no caso da prática da mutilação nos traz uma série de conflitos morais e sociais, uma vez que pra gente é muito chocante pensar que em pleno século XXI existam mulheres sofrendo esse tipo de prática. porém, tem o outro lado. como adequar um ritual cultural/ religioso ao direito da mulher sobre o seu corpo.

João Paulo Mendes disse...

João Paulo C. Mendes

Entre os termos mencionados no texto que não estão presentes no cotidiano, estão: "Simulacro de Mulher" e "Horror Trágico".

Raimundo Neto disse...

Para Tashi que buscou quebrar um ciclo ao ver um familiar morrer ao ser mutilada na tradição do povo Olinka, foi muito difícil buscar um distanciamento da tradição da mutilação. Mesmo vivendo nos EUA já adulta, não se sentia uma mulher completa. Pois romper com algo que que constituía, uma identidade, um rito que a inseria no grupo das mulheres. Mesmo ela engajando no exercito e lutando por seu povo não a fez se sentir completa. Pois lhe faltava algo que a completaria como parte daquele grupo.

João Paulo Mendes disse...

Sobre o termo "Naturalização da Moral": O processo de naturalização da moral ocorre quando não se percebe a origem cultural dos valores morais, do senso moral e da consciência moral, tomando-se como única fonte de referência os valores advindos da tradição. Nessa perspectiva, os atos morais e sociais existem em sim e por si mesmos, incutindo um padrão comportamental que direciona o indivíduo para respostas programadas. Isso acontece porque, para garantir a manutenção dos padrões morais através do tempo e sua continuidade de geração a geração, as sociedades tendem a naturalizá-los, isto é, a fazer com que sejam seguidos e respeitados como se fosse uma segunda natureza.

Luana Araújo disse...

Acredito que o significado de pilhéria que o texto se refere é no sentido de ser motivo de chacota pelos demais integrantes da comunidade por estar fora do que é considerado cultural pra eles...do padrão!
Acredito que faziam o que alguns chamam de bullying atualmente! Ela era a personificação do anormal na cultura deles!

Unknown disse...

Anselmo Luiz " metamorfose voluntária"

Raimundo Neto disse...

etnocentrismo ou visão etnocêntrica é aquela em que as sociedades, padrões e culturas são vistas com base em sua própria experiência cultural, desconsiderando outras visões de mundo e também inferiorizando tudo aquilo que está muito distante do que você entende como “aceitável”.

adonias oliveira disse...

"princípio feyerabendiano do tudo vale quanto
as formas de intervencionismo ético" isso é algo novo para mim. está na pagina
34

Jucileide barros disse...

etnocentrismo é a prática de olhar a cultura do outro, tendo como referência a nossa própria cultura. com nossos valores.

CAROLINA SILVA E MELO disse...


Termo utilizado no vídeo. ABLAÇÃO.

Jôse Meiry disse...

Sobre "metamorfose voluntaria""
Acredito que seja referente a uma mudança espontâneo, automático, natural.

Unknown disse...

Sobre a naturalização da Moral citada pelo amigo Marcos Sena, ocorre quando inseridos na cultura de determinado valor, não conseguimos mais distinguir a origem desta, ou seja, o costume, os valores morais, ou o senso moral e a consciência moral que nos foi ensinada não precisa de explicação lógica, simplesmente existe porque tem que existir. Somos educados para eles e neles, como se fossem naturais ou fáticos, existentes em si por si mesmos. Lembra bastante os costumes de caserna em que atos que infringem sofrimento em curso, são encarados por aqueles que os sofrem como situações de exceção aceitas em curso, "Coisa de Curso".

Raimundo Neto disse...

Simulacro de mulher faz menção justamente a aflição que passava Tashi por não ter feito o ritual da mutilação. Mesmo uma mulher adulta, tanto para ela quanto para as demais da tribo ela não era uma Olika completa !!!

Luana Araújo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Carolina Melo disse...

Acredito que quando o autor fala sobre Horror trágico, se trata de uma passagem na vida que cause dor, sofrimento e que pode resultar numa mudança de pensamento, de comportamento.

Unknown disse...

Marcio Costa
Vou postar novamente, pois meu comentário acabou saindo sem identificação.

Sobre a naturalização da Moral citada pelo amigo Marcos Sena, ocorre quando inseridos na cultura de determinado valor, não conseguimos mais distinguir a origem desta, ou seja, o costume, os valores morais, ou o senso moral e a consciência moral que nos foi ensinada não precisa de explicação lógica, simplesmente existe porque tem que existir. Somos educados para eles e neles, como se fossem naturais ou fáticos, existentes em si por si mesmos. Lembra bastante os costumes de caserna em que atos que infringem sofrimento em curso, são encarados por aqueles que os sofrem como situações de exceção aceitas em curso, "Coisa de Curso".

adonias oliveira disse...

Afinal de contas o "ESTADO CIVILIZADO" deve interferir e tentar acabar com o costume considerado imoral para nós, até que ponto devemos julgar culturas diferentes usando como base os nossos valores e não os valores deles ?

Emmanuelle Gurgel disse...

"Simulacro de Mulher" perguntado pelo Joao Paulo.
No texto Tashi nao se sentia totalmente mulher, porque para ela somente através da cicatriz ela se tornaria uma mulher Olinka de fato. Então, ela só possuía a aparência por fora, pois simulacro na minha concepção quer dizer uma imitação, sem função real. No texto ela se define "talvez uma estrangeira com o dom da proximidade, mas não uma autêntica mulher olinka". Desta forma, havia nela, num primeiro momento antes da ablação genital, uma luta contra os seus sentimentos e a "pressão cultural" para poder se sentir parte daquele grupo.

Antonio Chucre disse...

Me chamou atenção o conceito de "efemeridade moral" quando ele se refere à cicatriz ritual.

Sergio Pinheiro disse...

Respondendo a Luana Araújo, acredito que a expressão Imobilismo Moral caracteriza-se pela estagnação dos princípios morais de uma sociedade, população ou grupo, onde mesmo com a evolução da ciência, direitos humanos, e da própria moralidade coletiva global, alguns ainda persistem em conservar uma moralidade presa culturalmente em tempos remotos, através de práticas absurdas, com a Mutilação Genital.
Nesta prática, geralmente não se da escolha as mulheres, por serem praticadas ainda muito jovens e ainda colocam suas vidas em risco, uma vez que são feitas geralmente sem anestesia, higienização ou por profissionais.
Além disso, essa sociedade onde acontece a prática, por ainda aceitar que esse tipo de situação ocorra, seja por aceitação social ou casamento, acabam se tornando vítimas passivas de instrumentos, algumas vezes legais, que as obrigam a permanecer estacionadas moralmente, ou seja, imóveis.

Ilgerlan Maduro disse...

O termo ou conceito "naturalização da moral" chamou minha atenção pois nunca tinha ouvido falar a respeito.

João Paulo Mendes disse...

O termo tsunga pode ser entendido como sinônimo de "Grande Mãe da Raça", tida como uma mulher líder das tradições culturais das mulheres olinkas, nas palavras do texto "uma instituição viva, a memória feminina da tradição que deveria corporificar-se em cada mulher pela mutilação ritual".

Anônimo disse...

Gostei do significado de desnundamento do real

Salomar Carvalho disse...

Salomar Carvalho


o termo etnocentrismo é bem interessante de ser trabalhado pois significa o hábito de julgar inferior uma cultura diferente da sua própria, considerando absurdo tudo que dela deriva e considerando a sua como a única correta. Pois o ritual tsunga para as sociedades ocidentais e de estrema crueldade e não fazendo sentido algum, mas ao vermos o vídeo fica evidente que nas sociedades africanas mostrada no mapa o ritual e muito bem aceito, passando de geração a geração, em muitos casos mães fazendo questão que suas filhas façam o ritual. Por isso pra haver uma mudança no habito cultural deve haver uma intervenção social e não apenas a proibição da atitude. Pode-se fazer campanhas para a mudança cultural, sabendo que toda mudança cultural é lenta e gradual.

Alex Gama disse...

Alex Gama

"Imobilismo moral" na pag. 26

Antonio Chucre disse...

Analisando a abordagem de "EFEMERIDADE MORAL" na cicatriz ritual, em que no livro o autor aborda que seria difícil mudar a forma de pensar de Tashi a menos que ela vivenciasse alguma experiência trágica, como a morte da menina que sangrou ininterruptamente. Contextualizo com o video ao analisarmos que isso faz parte de um processo cultural e embora no G1 eu tenha observado certa controvérsia nos argumentos dos reporteres quando falam sobre AGIR COM a CULTUA e NAO CONTRA A CULTURA, entretanto sugerem penas rígidas de forma imediata, para algo que já é praticado há seculos. é terrivel saber que isso existe, mas é preciso de diversas ações para erradicar esse mal às crianças.

jorge luiz disse...

TERMO INTERRESANTE "AVERSÃO VALORATIVA" ainda não tinha ouvido falar

Ilgerlan Maduro disse...

A questão levantada do colega Adonias Oliveira sobre "estado civilizado", segundo Rousseau, historicamente, ao viver em um sistema tribal, o homem primitivo desenvolve sentimentos de compaixão e solidariedade. A vida tribal para Rousseau é responsável pelo noção de prosperidade do todo. Com o surgimento da propriedade privada, o homem torna-se violento e perigoso. Tal conceito torna-se curioso ao percebermos que de acordo com a ONU, alguns países ainda adotem a prática de mutilação dessas meninas nos dias de hj. No entanto, temos que lembrar da forma que o europeu propagou o cristianismo por todo o mundo sem levar em consideração as crenças de indígenas e negros por exemplo. Como o comentarista disse no vídeo, temos que trabalhar junto com as culturas e tradições e não contra elas. Dai entao surge o dilema de até onde esse tipo de prática pode ser considerada cultural? A ONU estipula que tal prática tenha acabado nesses paises ate 2030.

Alan Cantuária disse...

Concordo plenamente com o comentário da jucileide Barros, porém ressalto que não podemos nos ater apenas a nossa indignação e esquecer dos preceitos culturais dessa prática. Infelizmente é algo que ainda acontece e deve ser combatido não apenas pelo vies das leis, mas sim pela mudança de comportamento do povo que ainda adota referidas práticas e isso demanda tempo e um trabalho na mudança de valores e papel das mulheres nessas sociedades. Hábitos precisam ser mudados nesses países.

Marcos Sena disse...

Mutilação genital feminina, ou na sigla MGF, é o corte ou a remoção deliberada da genitália feminina externa. A prática envolve a remoção ou o corte dos lábios e do clitóris, e a Organização Mundial da Saúde a descreve como "um procedimento que fere os órgãos genitais femininos sem justificativa médica"
Tema questionado pela Carolina Melo.
(Marcos Sena)

Antonio Chucre disse...

Concordo plenamente com a postagem do amigo Salomar Carvalho quando ele aborda o etnocentrismo, que consiste em subjulgar um determinado povo, quer seja por suas características físicas, culturais ou regionais. Faço um paralelo com o que vivenciamos na caserna, quando vamos fazer curso fora do estado e somos "carinhosamente" chamados de aratacas, em função de nosso sotaque, ou sermos de outra região. O que os ignorantes não sabem é que além de seus estados existem diversos outros que compõe a nação e eles acabam colocando os seus compatriotas em uma rol comum, sem falar no preconceito em si que, que cá pra nós já dispensa comentários!

Unknown disse...

achei interessante o termo postado pelo D,Alves. Ele escreveu alteridade no comentário. Pesquisando um pouco sobre esse termo percebi que e exatamente o que devemos fazer para entender a cultura do povo Olinka. O termo significa basicamente, em colocar-se no lugar do outro, entender as angústias do outro e tentar pensar no sofrimento do outro. Alteridade também é reconhecer que existem culturas diferentes e que elas merecem respeito em sua integridade. Nesse sentido, o reconhecimento da alteridade é o primeiro passo para construir-se uma sociedade democrática e mais justa.

jorge luiz disse...

2-Desnaturalizasse; utilizada pelo colega Charllys, mostrasse em um contexto interessante, pois fala sobra a situação de tashi perante ao ritual, que para ela era uma coisa natural, e deixava ela diferente das outras "guerreiras", diferente da mãe que sai da concepção de que aquele ritual era natural da tribo, ai o autor utiliza a palavra desnaturalizasse

Unknown disse...

Anselmo Luiz "princípio feyerabendiano"

Emmanuelle Gurgel disse...

Povo Olinka: Uma tribo africana onde se passa a história ficcional de Tashi, uma mulher que vive um dilema moral devido ao costume de seu povo em realizar a mutilação genital feminina.

Alan Patrick Melo disse...

Marcos Sena, o debate sobre isso, pode ser ampliada da seguinte forma: A prática de mutilação do órgão genital feminino é considerada como um rito de passagem para a mulher se tornar apita ao casamento. Por muitas instituições essa pratica é considerada de extrema crueldade, mas para a população de muitos países africanos, isso é normal e indispensável para a mulher ser aceita em sua comunidade. A justificativa usada para a continuidade da mutilação é impedir que a mulher traia o marido, pois ela seria impedida de ter prazer depois da mutilação.
Estamos diante de um dilema moral. De um lado o direito de populações tradicionais darem continuidade a suas praticas sociais e de outro o direito fundamental de milhares de mulheres de escolher ou não continuar com essa pratica. Entendemos que, não se pode obrigar uma população a deixar de praticar suas ações (tradições), mas é primordial realizar um processo de empoderamento feminino nestes lugares e, fazer com que se tenha conhecimento que existem outras possibilidades mais eficientes para garantir a continuidade das tradições sem ferir a dignidade feminina. Alan Coimbra.

Bruno Roberto Abreu de Azevedo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anderson Costa disse...

Interessante a comparação com o termo sísifo relacionado ao condicionamento da morte. (Anderson Costa)

George Bacelar disse...

George Bacelar: Gostaria de trazer pra discussão o termo "imperialismo humanitário" uma vez que todos os comentários convergem pra essa temática.

Anderson Costa disse...

Esse termo simulacro relaciona a própria identidade cultural que ainda não estava totalmente consolidada devido a prática da circuncisão.

Anderson Costa disse...

Como podemos observar as interferências culturais sendo sufocadas por outras vertentes. Como no caso do cristianismo que de alguma forma acabou transformando o pensamento da mãe de thashi.

Alan Patrick Melo disse...

Interessante Bruno Abreu, atualmente sempre encontramos comentários sobre "simulacro de arma de fogo", interessante perceber que o termo é usado em diversos outros contexto, inclusive no texto para indicar uma "mulher incompleta" ou que ainda não passou pelo ritual de passagem indicada no texto (uma autentica mulher Olinka).

Unknown disse...

Anthony Duarte.

Jucileide, penso da mesma forma. Imagine se a cultura dominante fosse a africana. Todo o aparato de universalidade se basearia em seus costumes, princípios, valores...

Bruno Roberto Abreu de Azevedo disse...

"movimento culturalmente autojustificativo" Termo encontrado no texto

Marcos Sena disse...

Afinal de contas o "ESTADO CIVILIZADO" deve interferir e tentar acabar com o costume considerado imoral para nós, até que ponto devemos julgar culturas diferentes usando como base os nossos valores e não os valores deles ? Postado Pelo Adonias.
Entendo, que os Direitos Humanos garantido pela nossa Constituição ele vai além do regramento juridico, ele perpassa pela condição humana, onde se tem os exageros culturais, e devemos entender a diferença entre moral e legal. Se o pais já possue lei que criminaliza essa prática, então não falamos em moralidade e sim em crime. Aspectos culturais são realmente ligados a história de um povo, no entanto é necessário olharmos o humano em sua plenitude.

Emmanuelle Gurgel disse...

Corroborando a explanação do colega Salomar sobre o termo etnocentrismo, é interessante frisar que nos países onde mais são realizados estes rituais culturais de identidade, não há legislação ou se existe é muito branda, o que significa que está bastante enraizado, dentro das próprias esferas de poder. Acredito que devemos manter o respeito pela diversidade cultural, porém é necessário fazer o seguinte questionamento: "é normal continuar fazendo meninas/crianças passarem por este ritual extremamente doloroso, violento e perturbador, levando a sequelas para toda uma vida ou até mesmo à morte, quando na prática muitos países já extiguiram este ritual e outros estão em processo de extinção?"
Eu creio que a resposta deve partir principalmente do seu próprio povo, todavia sabe-se que o papel da mulher na sociedade sempre foi um tanto marginalizado e nestas culturas tradicionais/pratiarcais mais ainda. Portanto, a luta das meninas e mulheres dessas culturas ainda tem um caminho bastante difícil em busca de autonomia e controle do seu próprio corpo perante a sociedade.

Luana Araújo disse...

Esse termo que o Bacelar utilizou "imperialismo humanitário" cabe bem no que está sendo discutido!
Na sociedade em que vivemos a tradição desses povos é visto como algo completamente horrível, é o que se percebe ate em alguns pontos da reportagem é o apontamento de uma pessoa de fora invalidando inicialmente todo uma cultura.
Dai se extrai a questão do sentimento do que está difundido dentro de uma sociedade por anos antes do nascimento de Cristo. Na nossa sociedade é possível escutar os relatos, por exemplo, de mulheres que por terem câncer de mama precisam fazer a retirada em muitos casos de forma completa e isso costuma afetar extremamente na forma como elas se identificam como mulher. Dentro do povo olinka pelo q entendo a perspectiva é ao contrário...o sentimento pelo menos repassado incialmente por Tashi é que independente do que ela fez na vida o sentimento de se sentir completamente uma mulher só veio quando ela passou pelo ritual.
Como disse o amigo Coimbra o ideal é se fazer as modificações sociais com base no conhecimento, levando informação sobre os prejuízos deste tipo de ritual. Apenas condenar sob uma máscara de hipocrisia ou de cima de um pedestal de superioridade não deveria ser a solução!

Unknown disse...

D.alves

Limbo moral e cultural que Tachi vivia casada e fora da sua realidade.Ao escolher viver em outro local sem sofrer com a multilação, ou seja; a decisão de não participar de algo que coloca em risco a sua saúde e o que isso representa para a sua moral e para o relacionamento com as outras mulheres.

Edson Bentes disse...

Sobre o termo imobilismo moral, citado pela Luana Araújo, ele é usado em contraposição ao mobilismo moral como resposta à submissão moral. Dessa forma apesar das mulheres olinkas serem submetidas à essa condição moral imposta pela cultura e muitas aceitarem essa submissão isso não quer dizer que essas mulheres não venham a algum momento a se oporem a essa cultura. Isso aconteceu com a mãe de Tashi ao não aceitar que sua filha passe pelo ato cultural devido a dor trágica da perda da outra filha. Fazendo um paralelo com o que vemos muito no Brasil, a crianças que nascem e crescem em meio à criminalidade por vezes sofrem submissão moral à enveredarem por essa vida, mas isso não garante o imobilismo moral de aceitarem de forma definitiva a criminalidade.

Bruno Roberto Abreu de Azevedo disse...

"imperialismo humanitário" é um termo que se liga também ao etnocentrismo, e definir um padrão moral de praticas culturalmente aceitas, onde na verdade a cultura dos povos que existem atualmente é uma herança secular que não pode ser simplesmente combatido, deve ser entendido e analisado de diversas formas possíveis. Os espanhóis ao entrarem em contato com os povos inca e maia, os julgaram por suas tradições religiosas diferente da moral cristão da época e fizeram a eliminação de uma cultura tecnologicamente superior em certos campos da ciência até hoje. demonstra que perdemos conhecimento adquirido por aquela cultura por nós julgarmos superior a eles.

Alex Gama disse...

Em relação a postagem do Bruno sobre a expressão "Simulacro de mulher", esta se refere a Tashi como uma imitação de mulher já que a mesma ainda não havia passado pelo ritual de passagem da mutilação genital para assim torna-se mulher Olinka.

Unknown disse...

Patrick Silva " tempo imemorial"
Patrick Silva Achei interessante o termo" naturalização da moral" postada pelo Marcos Sena, e muito bem explicado por João Paulo, em que percebemos que " o 'código'( identidade, costume, crença, cultura, ou assemelhado" deve ser passado adiante e sobreviver ao tempo, e para isso deve ser materializado. Para aquele povo Olinka, a mulher só se "torna plena" com a "castração", onde na ausência ou insuficiência do convencimento das palavras, o exemplo o preenche( muito usado no militarismo: as palavras convencem, mas o exemplo arrasta)

Unknown disse...

CHARLLYS COSTA

2) comentando a postagem de um colega, atualizando e exemplificando o conceito trazido pela primeira postagem.

Gostaria de comentar a respeito do termo trazido pelo colega D. Alves, que postou a palavra ALTERIDADE.

ALTERIDADE:
"Caráter ou estado do que é diferente, distinto, que é outro. Que se opõe à identidade, ao que é próprio e particular; que enxerga o outro, como um ser distinto, diferente. [Filosofia] Circunstância, condição ou característica que se desenvolve por relações de diferença, de contraste. [Etimologia] Do francês altérité, "mudança"; pelo latim alteritas.atis" (CONCEITO EXTRAIDO DE https://www.dicio.com.br/alteridade/)

Neste sentido, entendo que alteridade pode ser compreendida como uma CONCIÊNCIA INTUITIVA, ou seja, um ser humano tenta se pôr na condição de outro ser humano, sem no entanto, carregar consigo a história de vida que o primeiro carrega, pois todo ser humano é um ser biopsicossocial-espiritual tendo impressões únicas de sua vivência.

Ressalto, ainda, que alteridade é um exercício muito importante para a vida em sociedade, pois mesmo sem saber como o outro se sente diante de determinada condição o indivíduo imagina a partir dos seus conhecimentos de mundo e de seu censo moral como o outro pode estar se sentindo.

Todavia, no texto "ANTROPOLOGIA E OS LIMITES DOS DIREITOS HUMANOS: O DILEMA MORAL DE TASHI" de Debora Diniz o termo alteridade aparece na discussão do capítulo "A TRAMA MORAL E A ANTROPOLOGIA", onde uma suposta Natureza Humana Comum condena a dor imposta as mutiladas submetidas a circuncisão feminina. Mas que não é percebido pelos antropólogos Sandra Lane e Robert Rubinstein, pois ambos estão envolvidos emocionalmente e afetivamente com os costumes da comunidade, assegurando a legitimidade da mutilação ritual.

George Bacelar disse...

O movimento culturalmente autojustificativo citado pelo Bruno, envolve uma série de embasamentos culturais inclusive ancestrais. Percebemos isso uma vez que olhamos para a história das diásporas Africanas e a sua colonização por impérios e povos conquistadores e conquistados ao longo de quase 5000 mil anos, dessa forma encontramos na cultura Romana e Egípcia antiga relatos de mutilações genitais femininas em múmias estudadas, bem como a utilização de suportes e anéis metálicos para impedir a gravidez de escravas e não cidadãs Romanas. Assim, temos um ato que se justifica no passado como de conhecimento não informal e não verbal, passado de geração em geração como propriamente sendo daquele povo. Sendo também inegável sua retroalimentação pelo próprio povo, as mães e mulheres, que reproduzem ainda hoje esse costume.

George Bacelar disse...

E colocando o Princípio Fayerabendiano cita pelo Anselmo, entendemos que a ciência é altamente criticada bem como suas conquistas culturais, especialmente as ocidentais como forma de poder e dominação frente a outros povos. O pai da teoria chamada anarquismo epístemológico é Paul Fayerabend, um filósofo de origem austríaca mas que viveu por vários países realizando seus estudos. A obra prima dele é "Against Method". Interessante e controverso muitas vezes.

Carolina Melo disse...

Essa questão da circuncisão feminina abordada no texto e no vídeo é bastante delicada, tendo em vista o número de meninas que morrem durante esse ritual. Durante o vídeo é possível notar a expressão das jornalistas frente ao que elas (assim como a maioria da sociedade ocidental) consideram um horror, um absurdo, principalmente por se tratar de crianças. No entanto, é importante levar em consideração a cultura milenar da prática. A jornalista coloca que a "cultura deve ser combatida". Combater culturas? Qual cultura, forma de pensar é melhor, superior? Podemos observar essas questões bem próximas a nós, quando criticamos o que difere da maioria. Não estou dizendo que acho certo ou errado a questão da circuncisão, são apenas reflexões baseadas no material.

Unknown disse...

Telfran Gomes
efemeridade moral, termo que não conhecia.

Unknown disse...

No japão existia uma forte cultura de pedofilia e os idosos até hoje são muito respeitados, e ainda hj encontramos a pedofikia retratada em mangás, pois não existe legislação que proíba.

Unknown disse...

JESSE VILHENA
achei interessante o termo postado pelo D,Alves. Ele escreveu alteridade no comentário. Pesquisando um pouco sobre esse termo percebi que e exatamente o que devemos fazer para entender a cultura do povo Olinka. O termo significa basicamente, em colocar-se no lugar do outro, entender as angústias do outro e tentar pensar no sofrimento do outro. Alteridade também é reconhecer que existem culturas diferentes e que elas merecem respeito em sua integridade. Nesse sentido, o reconhecimento da alteridade é o primeiro passo para construir-se uma sociedade democrática e mais justa.

Unknown disse...

JESSE VILHENA
desnundamento do real

Jôse Meiry disse...

Diante da dúvida sobre o termo "metamorfose voluntaria".
Se ver diante desta perspectiva de Metamorfose no texto pode se referir a uma reflexão mais acentuada referente a Metamorfose Moral de Tashi, de modo que significa deixar uma crença, perda da identidade, absorve novo código moral. Mediante ao horror trágico pelo ritual, através de seu corpo. Assim verifica o desencaixe, abre mão, de certa forma de maneira intuitiva. Mas isso traz uma reflexão no texto expressa por Tashi: “Estranhamente livre e amoral”. Nesse desencache ela se sente, estranhamente livre e amoral. Isso parte do fato que foi induzida fazer o ritual devido o devido código moral que foi imposto. Nisso percebemos uma agressão moral. O Dilema moral está justamente porque ao escolher uma posição anula a outra. Na perspectiva em que ela se sujeita a mutilação, mas não tem volta depois do arrependimento.
Relevante uma análise étnico-cultural pode ser administrada sob a perspectiva do diálogo e com o reconhecimento do direito e da cultura do “outro”. Refletir sobre conflitos específicos sobre o reconhecimento cultural e a tolerância radical. Assim como, discussão conceitual empreendida pelo multiculturalismo liberal, expor se o multiculturalismo traça limites para determinadas práticas culturais ou não. Além de refletir também sobre o problema de como defender o conceito de justiça social sem impor uma ordem de valores que destrua e desrespeite o patrimônio intercultural.

COMENTE

Para um Brasil melhor, comente, contribua ou critique as postagens.