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(16JUN2008)
PIB PREOCUPANTE NO PRIMEIRO TRIMESTRE DE 2008

O PIB cresceu pouco no último trimestre, alcançando os R$ 665,5 bilhões, cresce 0,7% em relação ao trimestre anterior, acumulando 5,8 no período de um ano.

Apesar do crescimento, o Produto Interno Bruto do Brasil, medido pelo Instituto de Geografia e Estatística – IBGE, preocupa, uma vez que apresenta menor crescimento trimestral do período avaliado pelo instituto (desde o primeiro trimestre de 2007).
Uma análise “encomendada” por uma instituição governamental mostra o que interesse aos detentores da situação de poder, mas uma análise com isenção de paixões mostra que o quadro não é tão bonito quanto se expõe. O aumento do PIB em atividades financeiras (mais de 15%) indica que a busca por serviços financeiros aumenta mais que o dobro do indicador.

A expansão do crédito
O acesso ao crédito para financiamentos da casa própria e de veículos automotivos movimenta as indústrias automobilísticas e da construção civil. Mas alguns cuidados devem ser tomados para que não ocorramos nos mesmos equívocos que o Tio Sam, que afogou as famílias em dívidas e se viu diante da pior crise de inadimplência desde de 1929, ainda focou investimentos na industria bélica, tirando capital da própria construção civil e da produção agrícola. Os maiores lucros de bancos, jamais observados na América Latina, ocorreram devidos a tal expansão do crédito no Brasil, que computa um crescimento no primeiro trimestre de 2008 de 15,2% em relação ao mesmo período do ano passado.

A questão agropecuária
Em relação ao último semestre do ano passado, a produção agropecuária recuou 3,5%, influenciando o PIB para patamares mais baixos. O discurso governamental é de choque com a preocupação mundial com a questão alimentícia. De fato, os argumentos apresentados pelos representantes dos países mais desenvolvidos não são os mais sinceros e puros, mas o cenário levantado por uma instituição governamental, o IBGE, mostra que devemos alertar para o fomento da produção agropecuária nacional, que alimenta, afinal.
Esse sub-setor cresceu 2,4% este último trimestre em relação ao mesmo período em 2007. O foco de análise mostra como os dados estatísticos podem ser mascarados de acordo com as intenções institucionais. Mas, mesmo na melhor das análises, o sub-setor é o que cresce menos, mostrando que a prospecção pode ser feita por simples atenção na evolução dos indicadores, sem precisar de “videntes”.



No Amapá
A produção agropecuária em nosso estado é ínfima, uma vez que necessitamos de outros estados para o abastecimento de nossa população, que sobrevive debaixo de uma economia que apresenta um PIB local composto, em mais de 80%, pelo comércio, que é alimentado pelo capital dos servidores públicos.
Produção industrial e agropecuária, em nossa realidade, é uma cantiga de ninar para os tolos que optam por acreditar nas inflamadas políticas para a manutenção da dinâmica atual. Para se ter uma economia local forte é necessário que se desenvolvam políticas públicas de longo prazo, que fomentem a criação de empregos, produção industrial, produção agropecuária, tudo isso em sintonia com o meio ambiente. Dá muito trabalho!
“Quem tem a disposição para plantar uma idéia para ‘outro’ colher?” Essa é a terrível forma de enxergar políticas públicas no Amapá. A falta de consciência de que as melhorias no logo prazo alcançam a estrutura da sociedade e da economia, trazendo frutos para um universo maior de pessoas, não para determinados clãs ou grupos.

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