quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

"Eu vejo o futuro refletir o passado,
eu vejo um museu de grandes novidades..."

(Barão Vermelho)

Uma análise da poesia em forma de música (O ANO PASSADO):

Como a expressão artística não pode ser mais cultural??? Roberto Carlos e Erasmos Carlos viviam as questões atuais há quase duas décadas!!! Ou será que realmente tudo se repete?
A música do
rei reflete o cenário atualíssimo de incertezas econômicas e da demagogia que envolve os dicursos "ecologicamente corretos". Como Diria Cazuza: o futuro reflete o passado. Nada de novidade na tão "alarmante" crise econômica, prevista por diversos estudiosos (economistas ou não). O sistema de produção atual não organiza e balanceia os recursos produtivos como deveria, de forma inteligente e eficaz. As questões são as mesmas e dificilmente mudarão caso não ocorra uma alteração na base da compreensão do modo de viver humano.


Na música:

A commoditie era o ouro. Hoje, o petróleo galopa subindo e carrega o sistema capitalista consigo, uma vez que mais de 90% da produção necessita dessa fonte de energia. As questões naturais recebem atenção nunca vistas, mas os olhos se voltam para os resultados do problema, não para as raízes dele. Hoje, a questão do aquecimento global, não só mares e rios, golfinhos e a baleia azul, mas todo o sistema, o globo todo. A contínua crítca à supervalorização da cultura e status americanos, em detrimento de tudo e de todos, merece destaque nos versos do rei.

A amazônia também recebe atenção na canção quando induz o pensamento de que ninguém se importa com o “pulmão verde” do mundo; todos dormem tranquilos enquanto se registra cada vez mais desmatamento para a produção da soja conquistadora de territórios. Brinca com a nossa imaginação e nos leva a uma dimensão na qual só exista ar puro num museu futuro... como seria a simulação?

Quem briga com a natureza envenena a própria mesa”. Tal frase parece piegas, com pouco tratamento literário, mas reflete uma realidade exposta, tão evidente quanto direta a afirmação pouco poética. Parece que o rei a construiu assim mesmo, com o interesse de mostrar a simplicidade do raciocínio que muitos doutores parecem não alcançar.

Acreditando ou não, a afirmação de que Deus é maior e mais poderoso que o próprio sistema, que quem não O respeita será, mais dia, menos dia, aniquilado, não por Ele, mas por sí próprio. Daí a questão atemporal sobre o futuro. Seja ontém, hoje ou amanhã, a questão será a mesma: “O que será o futuro que hoje se faz”?



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