terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Entendimentos sobre o Planejamento Urbano e Regional

Os extratos abaixo vem da obra As Teorias Urbanas e o Planejamento Urbano no Brasil, de Roberto Luís Monte-Môr, representando partes importantes para a compreensão da evolução da compreensão do uso do espaço pela interação dos atores sociais integrantes nesse espaço.


- Caracterização espacial na geopolítica - Essas teorias, pensadas nos países do centro capitalista e apropriadas na periferia, muitas vezes representam “idéias fora do lugar” aplicadas em áreas seletivas e deixando grande parte das cidades como “lugares fora das idéias” (Maricato, 2000).

- A Filosofia da compreensão - "nosso planejamento urbano e regional, na relação dialética entre as teorias advindas do capitalismo avançado e sua releitura entre nós"

- Plano Haussmann - À época (1870), seu caráter autoritário e até arbitrário foi criticado por liberais, intelectuais e artistas por sua rigidez e pela destruição de áreas tradicionais da cidade3

- Prioridades - Incorporava as preocupações higienistas que caracterizavam a cidade moderna: reforma e demolição de áreas e edificações degradadas em condições sanitárias precárias, além da ampliação e redefinição dos limites da cidade (como no caso de Barcelona).

- Influências - De um lado, a tradição da sociologia urbana norte-americana da Escola de Chicago, com suas variações entre a abordagem cultural e a abordagem dita ‘ecológica’; de outro, as influências da economia regional e urbana, que se consolidam em torno da Ciência Regional

- Para Além da Cidade - Robert Ezra Park, na Universidade de Chicago, foi o principal estudioso a se debruçar sobre a problemática da cidade, buscando suas bases teóricas em diversos campos do conhecimento como a filosofia, a psicologia, a sociologia e a ciência natural da evolução darwiniana

- Redes e Seus Significados - propuseram padrões de organização de redes de cidades (tomadas como lugares centrais) e da localização de indústrias e das atividades primárias e terciárias em função dos custos de transportes, de mão de obra e de energia, entre outros fatores, como também da renda da terra e da centralidade dos bens e serviços...

- Vantagens - (...) definindo tamanhos e vantagens da aglomeração de atividades (economias), assim como a amplitude das várias áreas de mercado

- Cultura Urbana - A urbanização passou a ser vista cada vez mais como uma necessidade da transformação das sociedades em busca de um futuro moderno (e melhor), com aprofundamento da divisão do trabalho, libertação das amarras da vida rural, sua complexificação e integração à vida citadina

- No Pós-guerra - Em economias periféricas (Brasil, p.e.) - a expansão do modelo fordista a partir dos anos sessenta, contrariamente à expectativa de maior inclusão social, resultou no agravamento das condições de exclusão urbana

- Questão Transporte - À medida que a distância centro-periferia aumenta, aumenta a importância do transporte coletivo urbano. Em países centrais o corre investimentos em ferrovias, que apontam áreas para o crescimento urbano.

- City Beautiful - embelezamento dos centros urbanos (Buhrman) e constar te valorização fundiária com reafirmação do pacto capital e progresso econômico

- O Planejamento Urbano Regional - Produzindo o espaço do capital industrial - O planejamento urbano e local, que se consolidou com a expansão do Taylorismo no processo industrial capitalista, buscou construir nas cidades e áreas urbanas periféricas a organização espacial que melhor atendesse às demandas crescentes da indústria, que capitaneava o crescimento econômico cada vez mais sob a égide do Fordismo.

- Hoje em dia - O discurso (contemporâneo) mais relevante, talvez, e certamente o mais generalizado, diz respeito ao processo de globalização que se apóia no sistema de cidades mundiais e globais. John Friedmann talvez tenha sido o primeiro autor a tratar especificamente da cidade mundial

- Cidades Globais - Como centros de comando dessa economia globalizada (e fragmentada), que constituem também os principais centros de inovação na produção e consumo de novos produtos, articulando-se entre si em um processo mais cooperativo do que competitivo

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