terça-feira, 20 de abril de 2010

ELE VAI FAZER MUITA FALTA - Debate na Forte (99,9FM) - 19abr2010

O terceiro domingo de abril, dia 18, amanheceu marcado pela dor da perda de um dos ilustres homens do Amapá. Um daqueles homens que faz falta em qualquer tempo para a sociedade pela contribuição que dava todos os dias com as suas ações e com os seus exemplos.

Figura pública das mais proeminentes, dedicado servidor social quando não se falava em organizações não governamentais, que se jogava de corpo e alma na luta pela preparação de jovens para enfrentar as dificuldades que a vida oferece, coordenando o movimento escoteiro no Amapá.

A sua simplicidade apoiava a sabedoria com que procurar transmitir aos seus lobinhos e escoteiros, aos seniores e aos chefes, o modo de ser do escotismo e o que eles representavam como exemplo, para a sociedade.

Sua autoridade sempre foi reconhecida sem que fosse preciso dar um único grito, fazer um único gesto. Estava sempre alerta para tudo o que corria no grupo escoteiro e na região escoteira.

Mesmo enfraquecido fisicamente, continuava forte na sua autoridade, fazendo valer a sua máxima de “servir sem olhar a quem”. Essa poderosa lição impregnava o movimento escoteiro no Amapá pronto para reprimir todos aqueles que não estavam dispostos a servir sustentando esse lema.

O Escritório de Contabilidade Mercúrio, localizado na Rua Leopoldo Machado, 1902, em Macapá, tinha a responsabilidade de balanços, declaração de imposto de renda, registro de firmas, de contratos, de escritas comerciais e industriais e de serviços em geral, para a maioria das empresas de sucesso no Amapá, desde os tempos de Território Federal.

Entregar a gestão contábil de uma empresa para o comando desse grande homem era ter a certeza de que poderia contar com um serviço bem feito, respeitando todas as leis, regulamentos, orientações que o fisco nacional fazia, e faz, para as empresas brasileiras.

Sempre tinha a melhor maneira para orientar os seus clientes e as melhores explicações para dar ao fisco. Das empresas que cuidava não se tem notícia de que foram multadas ou punidas de outra forma pelos órgãos de fiscalização ou controle.

Como pai de família sempre esteve pronto para orientar cada filho, cada sobrinho, cada parente. Parecia que nessas horas se falia das teorias do escotismo para fazer do grupo familiar, um grupo de escoteiro, como objetivos bem definidos e com respeito aos valores cívicos e aos valores sociais do tempo.

Agora foi para a outra dimensão, depois de contribuir com o desenvolvimento do Estado e do caráter de tantos homens e mulheres que ficaram por aqui e que agora têm a responsabilidade de continuar preparando as crianças e os jovens, como ele fazia há mais de quarenta anos.

Vai fazer falta. Mas até para isso orientava os seus comandados ou os seus ouvintes. Dizia a melhor maneira de continuar o trabalho que, mesmo com muitas dificuldades físicas, continuar a realizá-lo da melhor forma que podia, mantendo a eficiência em todas as propostas.

Benedito Gomes dos Santos, técnico em contabilidade, mestre da vida, nos deixou a todos, mas ensinando até o último momento, mostrando perseverança, acreditando nas pessoas e certo de que o Amapá e seu povo são o melhor Estado e o melhor povo do Brasil

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