terça-feira, 6 de abril de 2010

O LADO VISÍVEL DO GOVERNO (Debate na Forte - 99,9FM - 06abr2010)

Enquanto a equipe se esforça para descortinar o lado invisível do Governo, o governador Pedro Paulo se aplica para definir as melhores propostas para saber o que vai fazer com o lado visível do governo.

O lado visível do governo é aquele lado que precisa ter continuidade imediata e que não pode tomar todo o tempo do governante e de seus colaboradores. A eficiência da Administração Pública, conforme prevista nos mais simples manuais pode ser comprovada de muitas formas e uma delas é básica – a satisfação da população.

Se a população estiver satisfeita o governante não precisa se preocupar, pois, tenha certeza, vai gozar o “sono dos justos”. Agora, se perceber que a população, apesar de todo o esforço feito, não ficou satisfeito, pode ficar preocupado, a população não vai poupar o governante, não adiantando ai as justificativas, sejam elas quais forem.

São vários os pontos visíveis do governo. Distribui-se em projetos inacabados e atividades emperradas.

Entre os projetos inacabados a maior visibilidade está nas obras que estão paradas e não são poucas. Em quase todas as áreas estão desafiando o gestor para que seja atacada e concluída. As razões são as mais diversas, mas as desculpas são as mesmas: falta de recurso.

Entre as atividades, algumas estão muito emperradas, outras, por natureza, são emperradas. São essas obras ou esses serviços que ficam sujeitos a ditadura da burocracia.

Entre as primeiras e a guisa de exemplo, ocuparão bom tempo do governador Pedro Paulo as concessionárias de serviços públicos – a CEA e a CAESA e, mesmo, a GASAP, que até agora ainda não distribuiu um metrozinho sequer de gás para a população do Estado, mas tem toda uma estrutura disponível e bem paga.

Tanto a CEA como a CAESA estão com muitas dificuldades, com um passivo que alcança somas volumosas e que ultrapassam a capacidade de solução a partir do Tesouro do Estado. O futuro dessas duas empresas, concessionárias públicas de energia e água tratada, é incerto e se constitui em um desafio para o governante.

Outra grande preocupação é a gestão da AMPREV. A empresa de previdência e assistência dos funcionários do Estado do Amapá está com dificuldades atuarias e já começa a desenvolver patamares e diferenças entre os contribuintes, além de estar suportando um crédito que está nas mãos dos responsáveis pelos repasses que, muito embora o tenha descontado dos contribuintes, não repassou para o órgão de previdência e assistência dos servidores do Estado.

Ainda nessa parte visível do Estado estão as obras inacabadas e que estão distribuídas por quase todos os municípios amapaenses, principalmente nas sedes municipais.

Em Macapá pode ser utilizado como símbolo dessa situação os serviços de restauração e melhoria do Estádio Estadual Milton de Souza Correa que já vai para o quarto ano de obras e sem indicativos de que tem um cronograma pra ser seguido e obedecido.

Também estão nessa mesma circunstância obras do setor de educação, de segurança pública, de saúde, da área de lazer, de infraestrutura urbana. Algumas dessas obras com dinheiro do Tesouro do Estado, outras do Tesouro da União e outras com recursos provenientes de emendas dos parlamentares federais.

Nesse lado visível também estão as obras do Programa de Aceleração do Crescimento – PAC, apenas o PAC 1 que por não ter o Estado aplicado os recursos que foram colocados à disposição, o Amapá ficou sem recursos que foram anunciados para o PAC 2, mesmo aqueles que constam dos orçamentos dos ministérios como é o caso dos recursos para a BR - 156.

Esse tom é o desafio do novo governador que já tem menos de 9 meses para mostrar que é firme como o carvalho árvore da qual empresta o nome e a valentia

Nenhum comentário:

COMENTE

Para um Brasil melhor, comente, contribua ou critique as postagens.