terça-feira, 26 de maio de 2009

PRODUÇÃO MINERAL EM QUEDA OU EM RECUPERAÇÃO?

Dependendo de como as coisas são vistas, a produção siderúrgica pode incentivar a exploração mineral em subsolo amapaense

A produção brasileira de aço bruto foi de 1,7 milhão de toneladas no mês passado, com redução de apenas 0,1% em relação à produção de março, mas comparado a abril de 2008 a queda chegou a 40,4% de acordo com números divulgados hoje pelo Instituto Brasileiro de Siderurgia (IBS).

A produção de aços laminados, no total de 1,5 milhão de toneladas, foi um pouco melhor, com crescimento de 11,5% em relação a março e redução de 33,8% na comparação com abril do ano passado.


Uma comparação injusta
Com esses resultados, a produção acumulada no primeiro quadrimestre de 2009 totalizou 6,7 milhões de toneladas de aço bruto e 4,9 milhões de toneladas de laminados, com quedas de 41,7% e 43,3%, respectivamente, em relação a igual período de 2008.

É certo que tentar comparar dois períodos nesses tempos de crise, sendo o primeiro trimestre de 2008 em franca expansão (registrando recordes de rendimentos e lucros líquidos nos mais diversos setores), e o primeiro trimestre deste ano (com o impacto pesado dos resultados caóticos da crise) é forçar a barra para o mercado e olhar para o problema, não para a solução. Dependendo de como as coisas são vistas e ditas, o ânimo do investidor muda, para melhor, ou para pior.

Cenário de recuperação
Segundo informe do IBS, divulgado na internet, as vendas internas de aço no mês de abril somaram 1,2 milhão de toneladas, com crescimento de 2,2% na comparação com março, o que reflete, de acordo com a nota, “um início de recuperação do mercado interno”. Mas, comparado às vendas do produto em abril de 2008 houve decréscimo de 36,9%.

As exportações de produtos siderúrgicos em abril atingiram 653,4 mil toneladas, no valor de US$ 359,7 milhões. O volume exportado foi 22,3% superior a março, e a receita cresceu 7,1%. No acumulado do ano as exportações somaram 2,1 milhões de toneladas, no total de US$ 1,4 bilhão, com retrações de 40,24% em volume e de 41,3% em valor, comparado a igual período de 2008 que, como já foi dito, não pode ser comparado sem uma ponderação firme.

Ou seja, dependendo do ângulo pelo qual se olha, podemos desenvolver um caráter de bom ânimo aos investidores e consumidores, ou podemos “acabar de terminar” com sistema atual de produção, através de um comportamento pessimista que se multiplicaria como um câncer no mercado financeiro, atingindo, em cheio, a economia real (emprego, renda, consumo, produção, etc).

O impacto respingaria nossas minas de exploração mineral, que observam ascensão desde o início do ano, alcançando, inclusive, recordes de exploração e deixando o Amapá com o maior crescimento nas exportações no primeiro semestre deste ano, comparado aos meses antecedentes imediatos (outubro, novembro e dezembro de 2008).

Nenhum comentário:

COMENTE

Para um Brasil melhor, comente, contribua ou critique as postagens.