domingo, 10 de maio de 2009

RAPIDINHAS...

A Semana Promete
Com o fechamento do quadrimestre a semana promete dar indicações para o fechamento dos negócios do ano. Não são apenas os quatro primeiros meses de 2009, mas um terço de todo um ano bombardeado de incertezas e contradições no mercado. A semana promete! Não que sejam somente resultados bons, mas quaisquer que sejam, nortearão os negócios de maio e dos meses vindouros. Apertem os cintos e cruzem os dedos! Muita coisa depende desta semana.

O que esperar?
Sem sombra de dúvidas o investidor irá começar esta semana com uma boa insegurança quanto ao movimento que os mercados irão fazer após o feriado que inaugurou o mês de maio. Então na agenda doméstica, assim como todo início de semana, destaque para os novos números da Balança Comercial e conclusão do Relatório Focus. Nos Estados Unidos serão divulgados os números das vendas pendentes do setor imobiliário e os gastos envolvidos no ramo.

Chrysler em falência
A quinta-feira da semana passada (30/04) foi marcada pelo pedido de concordata da montadora automobilística norte-americana Chrysler, o que acabou balançando os mercados mundiais e gerando novas dúvidas quanto a uma real recuperação da economia norte-americana. A decisão para a aprovação da concordata está sob domínio do juiz Anthony González, de Nova York. A montadora reforçou na sexta-feira (01/05) o pedido com o intuito de acelerar a tomada de medidas.

Uma saída
Os advogados do Departamento do Tesouro dos Estados Unidos destacaram que a existência da companhia corre risco e pedem um prazo máximo de 60 dias para sair da moratória. Com isto em vista, a montadora optou por bater o martelo e assinar uma aliança com a italiana Fiat, onde com isto, poderá sair do processo em até 30 dias. Não remando na mesma direção dos planos da Chrysler, alguns fornecedores cortaram o abastecimento de peças chave, fazendo com que várias fábricas fossem fechadas e trabalhadores fossem enviados para casa temporariamente. Fora isto, o presidente Barack Obama tentou tranquilizar os mercados e afirmou que tudo isto não demonstrou um sinal de fraqueza da companhia, mas representa um novo passo à revitalização dela, onde acabará saindo desta fase de forma mais competitiva.

Resultados corporativos (nacional)
A Caixa Econômica Federal registrou um lucro líquido de R$ 452 milhões neste último trimestre, o que significa uma considerável queda de 48% em relação ao mesmo período do ano anterior. A Comgás anunciou uma queda de 20,1% no lucro líquido com um resultado de R$ 95,8 milhões no trimestre. Após passar por um polêmico processo de demissão em massa, a Embraer divulgou um lucro líquido de R$ 38,3 milhões neste primeiro trimestre, o que representa intensa queda de quase 75% nos números em comparação ao mesmo período do ano passado.

Resultados corporativos (internacional)
A Chevron , petrolífera norte-americana, sofreu uma queda de 64% em seu lucro líquido ao somar US$ 1,837 bilhão no primeiro trimestre deste ano. A Mastercard registrou um lucro líquido de US$ 367 milhões no período, o que representou uma queda de 18% em relação ao primeiro trimestre de 2008. O grupo Washington Post mergulhou no campo negativo ao divulgar um prejuízo líquido de US$ 19,5 milhões. A Motorola também remou para este lado após ter apresentado um prejuízo de US$ 231 milhões no trimestre. Com água no pescoço, a Dow Chemical divulgou uma queda de 96,3% em seu lucro líquido ao somar US$ 35 milhões no trimestre.

Incomparável!
Tentar comparar dois períodos nesses tempos de crise, sendo o primeiro trimestre de 2008 em franca expansão (registrando recordes de rendimentos e lucros líquidos nos mais diversos setores), e o primeiro trimestre deste ano (com o impacto pesado dos resultados caóticos da crise) é forçar a barra para o mercado e olhar para o problema, não para a solução. Dependendo de como as coisas são vistas e ditas, o ânimo do investidor muda, para melhor, ou para pior. Não que concordemos em deixar a recuperação de nossa economia para a “autorregulação” do mercado financeiro, mas podemos escolher entre nos remoermos de angústia ou arregaçarmos as mangas para um árduo trabalho de reconstrução. A escolha é nossa! Não nos deixeis ser enganados pelos lobos maus do pessimismo econômico!

Uns quebram. Outros...
Com o financiamento de R$ 684,6 milhões para novos negócios, o Banco Mercedes-Benz fecha o primeiro trimestre como o melhor na história da empresa, há 13 anos no Brasil, segundo nota da instituição. Mesmo com as turbulências no segmento de veículos comerciais, a instituição financeira liberou um volume 42% maior que o negociado no mesmo período de 2008, quando foram financiados R$ 481,5 milhões. Em unidades, foram comercializados 5.992 veículos no primeiro trimestre deste ano pelo Banco Mercedes-Benz contra 3.955 vendidos no mesmo período de 2008. Do total, de janeiro a março de 2009, 3.885 unidades foram veículos zero-quilômetro Mercedes-Benz, sendo 59% caminhões, 25% ônibus, 10% Sprinter e 6% automóveis.

Impactos
Com estes resultados, a carteira do Banco Mercedes-Benz alcançou a marca de R$ 4,9 bilhões, um aumento de 32% em relação a março do ano passado. No mesmo mês em 2008, seu valor era de R$ 3,7 bilhões. Do total em carteira, o Finame representa 65%; o Leasing foi responsável por 31%; e o CDC, 4%. Parece que não há crise para impactar esses resultados. Que contradição! Enquanto uns quebram, outros enxergam na crise uma oportunidade única de crescimento. Mas, qual a receita? Parece que o posicionamento estratégico diante de um monstro, que deve mais ser controlado que assustar, traz bons resultados par os visionários!

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