quinta-feira, 21 de maio de 2009

Rapidinhas (15mai2009)...

O que acontece...
Quase chegando ao final de semana, o investidor passou o dia de ontem, quinta-feira (14/05), de forma um pouco mais tranqüila, pelo menos no que dependeu dos indicadores padrão programados na agenda do dia. No âmbito doméstico, tivemos os resultados da Pesquisa Mensal do Comércio realizada pelo IBGE com dados sobre a evolução da atividade comercial. Nos Estados Unidos, a agenda esteve um pouco mais completa, porém nada que assustasse os mercados. E mais, o conhecimento do nível do Índice de Preços ao Produtor (Producer Price Index) e os números semanais dos pedidos de seguro-desemprego.

Já não basta!?
Com o mercado sofrendo cada vez mais com a falta de confiança nos negócios legais, que acabam quebrando, trazendo prejuízos aos investidores, ainda mais essa! O golpe é antigo e bem elaborado, com a utilização de conhecimentos verdadeiros das finanças e muita lábia. Mas o mercado já havia superado a ignorância e inocência dos investidores, que passaram a adotar sistemas de garantias para os desembolsos e compravam franquias de seguro para operar créditos futuros. Mas parece que alguém viu a oportunidade de enganar mais alguns bobos e arregaçou as mangas e gozou o quanto pode com o dinheiro dos outros. Alerta! Mais dia, menos dia, a fonte seca e o engano cai!

Últimos resultados corporativos em destaque
A Usiminas divulgou um prejuízo líquido de R$ 112 milhões nestes três primeiros meses de 2009, contra um lucro líquido de R$ 712 milhões no mesmo período do ano passado. A América Latina Logística divulgou um prejuízo de R$ 22,6 milhões. A Marfrig reportou um prejuízo de R$ 38,1 milhões, contra um lucro líquido de R$ 25 milhões no ano passado. A Sony anunciou o seu primeiro prejuízo em 14 anos, onde com o pé na lama, afundou cerca de 761 milhões de euros.

Alguns crescem
De forma inevitável, com a expansão da população alcançada pelos serviços de fornecimento de energia elétrica, a CESP reportou uma alta de 146% nos resultados ao somar um lucro líquido de R$ 139 milhões. A CPFL Energia registrou neste último trimestre um lucro líquido de R$ 283 milhões, o que representa uma alta de 6,5% em relação ao mesmo período de 2008. Mesmo com campanhas de conscientização do uso racional da energia elétrica, a expansão populacional e os programas assistenciais dos governos, garantiram a expansão do mercado e os lucros no primeiro trimestre de 2009. Não tem jeito: ou paga, ou cortam.

Resultados internacionais
A EzTec registrou um lucro líquido de R$ 39,4 milhões neste primeiro trimestre, o que representa uma considerável alta de 71,5% em relação ao mesmo período de 2008. A montadora japonesa Nissan reportou um prejuízo de aproximadamente US$ 2,4 bilhões no ano fiscal 2008 (teve fim em março). Fica desleal a comparação entre o trimestre com maior volume de crescimento na história com o atual cenário construído nos seis últimos meses. Mesmo com uma predisposição à retomada da rotina capitalista, as coisas ainda não vão bem. Comparar os três primeiros meses de 2008 com os mesmos meses de 2009, não dá!

Resultados de financeiras
A Rodobens Negócios Imobiliários sofreu uma leve queda de 8% nos resultados ao apresentar um lucro líquido de R$ 10,4 milhões. O Banco Pine divulgou um lucro líquido de R$ 20,07 milhões, valor 51,5% menor em comparação ao primeiro trimestre de 2008. O Banco Nossa Caixa fechou o primeiro trimestre com um prejuízo líquido de R$ 349 milhões, contra um lucro de R$ 114,9 milhões do ano passado. Uma retração e tanto, mesmo os bancos oficiais e privados tendo alcançado as metas de todo o ano de 2009. É que as previsões anuais para este ano eram pessimistas, deixando bem evidentes as diferenças entre os anos 2008 e 2009.

Incomparável!
Mais uma vez digo que tentar comparar dois períodos nesses tempos de crise, sendo o primeiro trimestre de 2008 em franca expansão (registrando recordes de rendimentos e lucros líquidos nos mais diversos setores), e o primeiro trimestre deste ano (com o impacto pesado dos resultados caóticos da crise) é forçar a barra para o mercado e olhar para o problema, não para a solução. Dependendo de como as coisas são vistas e ditas, o ânimo do investidor muda, para melhor, ou para pior.

Eco
Espero ecoar a idéia de que os dois trimestres não podem ser comparados sem uma ponderação considerável entre as justificativas para cada período (primeiro trimestre de 2008 e primeiro trimestre de 2009). Não canso de ler os sustos e a mídia escandalosa divulgando as comparações periódicas sem qualquer filtro. Parece que o cenário atual era o mesmo que de um ano atrás. Muita coisa mudou. A confiança no sistema está quebrada, há pouco dinheiro para muito custo. Muitos poupam e poucos investem. Um período nebuloso para a produção. Faço “Eco” sonoro e “Eco” ecológico. Estava escrito nas estrelas: a capacidade de suporte o sistema de produção atual está próxima (se não, ultrapassada).

Nenhum comentário:

COMENTE

Para um Brasil melhor, comente, contribua ou critique as postagens.