domingo, 10 de maio de 2009

RAPIDINHAS 07ABR2009

Um dia na bolsa
Ontem a tensão não esteve nos itens padrões cadastrados na agenda do investidor para o dia (06/04), embora os estoques de petróleo possam trazer certa volatilidade na commodity e o ADP Employment, responsável por medir o nível de emprego no setor privado dos Estados Unidos, trouxe números interessantes. Ontem, o investidor esteve atento aos resultados trimestrais da Vale que foram divulgados após o fechamento dos pregões.

O que esperar?
Sem sombra de dúvidas o investidor irá começar esta semana com uma boa insegurança quanto ao movimento que os mercados irão fazer após o feriado que inaugurou o mês de maio. Então na agenda doméstica, assim como todo início de semana, destaque para os novos números da Balança Comercial e conclusão do Relatório Focus. Nos Estados Unidos serão divulgados os números das vendas pendentes do setor imobiliário e os gastos envolvidos no ramo.

Mares mais calmos...
Em um discurso ao Comitê Financeiro Conjunto do Congresso dos Estados Unidos, o presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke, afirmou que a economia norte-americana começa a se recuperar já no fim deste ano em um processo gradual, caso nada de excepcional aconteça. Apesar de uma diminuição na fragilidade econômica ao longo deste período, o presidente do Banco Central dos EUA acredita que o nível de desemprego continuará alto e a taxa de crescimento da economia continuará abaixo do seu potencial por um tempo significativo.

Atenção redobrada
Muita atenção para a divulgação hoje (07/05) dos testes de estresse realizados pelo Fed em conjunto com o Departamento de Tesouro do país. Estes testes mostrarão de fato quais instituições financeiras estão ainda precisando de ajuda. O indicador é muito bem acompanhado pelos investidores em geral, que observam quais os papéis mais saudáveis, ou menos doentes para receberem seu rico e volátil capital. É certo que é apenas um indicador, mas tem grande impacto nas bolsas e negócios futuros, bem como na economia real, que acaba fixando os investimentos.

Resultados corporativos (nacional)
Apesar de um crescimento de 27,7% nos ativos totais do Itaú Unibanco, a instituição reportou uma queda de 27,66% em seu lucro líquido ao somar R$ 2,015 bilhões no primeiro trimestre. A TIM Participações novamente anunciou um prejuízo nos três primeiros trimestres do ano, com uma perda líquida de R$ 144 milhões, valor 14,8% maior em comparação ao primeiro trimestre de 2008.

Resultados corporativos (internacional)
A Klabin terminou este primeiro trimestre com um lucro de R$ 29 milhões, cifra 58% menor em comparação com o mesmo período do ano passado. A Kroton registrou uma alta de 4,8% em seu lucro líquido, somando R$ 24,9 milhões no primeiro trimestre deste ano. A Log-In divulgou um prejuízo líquido de R$ 582 mil no mesmo período. O banco UBS divulgou um prejuízo de aproximadamente US$ 1,7 bilhão.

Sem brincadeira!
A famosa Disney registrou um lucro líquido de US$ 613 milhões em seu segundo trimestre fiscal, o que representa uma queda de 45,7%. Quem diria que o Mikey sofreria das pernas financeiras! Mas a crise não perdoa e abala os gastos com turismo interno e internacional. A fabricante alemã BMW reportou um prejuízo líquido de aproximadamente US$ 20 milhões. A Adidas reportou uma intensa baixa em seus resultados, com uma queda de 97% em seu lucro líquido, somando apenas 5 milhões de euros neste primeiro trimestre.

Incomparável!
Mais uma vez digo que tentar comparar dois períodos nesses tempos de crise, sendo o primeiro trimestre de 2008 em franca expansão (registrando recordes de rendimentos e lucros líquidos nos mais diversos setores), e o primeiro trimestre deste ano (com o impacto pesado dos resultados caóticos da crise) é forçar a barra para o mercado e olhar para o problema, não para a solução. Dependendo de como as coisas são vistas e ditas, o ânimo do investidor muda, para melhor, ou para pior. Não que concordemos em deixar a recuperação de nossa economia para a “autorregulação” do mercado financeiro, mas podemos escolher entre nos remoermos de angústia ou arregaçarmos as mangas para um árduo trabalho de reconstrução. A escolha é nossa! Não nos deixeis ser enganados pelos lobos maus do pessimismo econômico!

Resultados na bolsa
A divulgação de indicadores econômicos norte-americanos pautou os negócios nos principais mercados acionários mundiais. Com a bolsa brasileira o movimento não foi diferente. Ao final dos negócios, o índice acionário da BM&FBovespa registrou expansão de 1,64%, aos 51.499 pontos. O giro financeiro ficou em R$ 7,46 bilhões. Ontem pela manhã, a consultoria ADP em parceria com a entidade privada Macroeconomic Advisers informou que o setor privado dos Estados Unidos fechou 491 mil postos de trabalho em abril de 2009, em relação ao mês anterior. Os números de março foram revisados em 34 mil vagas fechadas, passando para 708 mil. O resultado de abril veio melhor do que as expectativas do mercado, que esperava queda de 645 mil vagas.

As respostas
Como o mercado de futuros é bastante maleável, mudando com qualquer que seja o espirro da hora (seja gripe aviária, suína ou deficiência no nível de emprego), os indicadores divulgados nos Estados Unidos da América refletem em todos os cantos do mundo, inclusive, pros lados de cá. Com resultados menos piores que os esperados para a economia norte-americana, berço da crise atual, parece que os ânimos se alteram e a expectativa de bons retornos faz com que os investidores desenbolsem suas gordas popanças (nos dois sentidos) e invistam nas empresas com bons resultados, caso das mineradoras em atividade no Brasil. É hora de aproveitarmos o movimento e darmos um forte suspiro, pois pode ser o último do capitalismo nos moldes atuais.

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