terça-feira, 26 de maio de 2009

RAPIDINHAS (15maio2009)...

O que acontece...
Apesar de não ocorrer nenhum indicador padrão programado na agenda externa de ontem, segunda-feira (18/05), a programação na agenda doméstica, o IPC-Semanal, Relatório Focus e Balança Comercial (que não deverão trazem volatilidade), mostraram os caminhos a serem percorridos durante a semana. De fato, a cada indicador publicado, o investidor reage de forma diferenciada, sendo esta semana um coringa para a economia real, podendo servir para agravo ou desagravo financeiro. Aguardemos!

Sadia e Perdigão: Brasil Foods
Agora se tornou oficial: em comunicado registrado sob fato relevante na CVM a nesta sexta-feira passada (15/05), a Perdigão e Sadia informam que irão fundir suas atividades numa nova empresa denominada Brasil Foods. Esta nova companhia irá desbancar a Bunge Alimentos da primeira posição da maior empresa do setor. A CVM já enviou um comunicado informado que está analisando com cautela as estranhas movimentações realizadas pelas ações da Perdigão e Sadia nos últimos dias.

Sadia e Perdigão: CADE
O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), do Ministério da Justiça, poderá barrar a fusão entre a Sadia e Perdigão, assim como fez em outras situações semelhantes. O órgão antitruste quer manter separada a estrutura das duas empresas, as marcas, parte da produção, além de outros requisitos, para que seja possível executar a reversibilidade da operação caso seja decretada a falha na fusão. Além disto, o Cade irá ordenar que não sejam feitas demissões durante a análise de todo o processo.

Regulação
Com as transformações ocorridas no cenário financeiro, com impactos diretos na economia real, as relações de mercado e institucionais sofrem alterações também. Mais do que nunca, o poder regulador do ente Estado deve ser exercitado, mas de forma moral, próxima do ideal, com foco no planejamento eficaz e estratégico da administração da coisa pública, com caráter reativo, deixando a prática reativa em segundo plano, ainda que extremamente necessária. É hora de arregaçar as mangas e trabalhar, pensando para frente! Parece que o neoliberalismo já não encontra na democracia sua justificativa de libertinagem...

Resultados corporativos
A Votorantim Celulose e Papel (VCP) divulgou um prejuízo de R$ 6 milhões neste primeiro trimestre contra um lucro líquido de R$ 110 milhões registrados no mesmo trimestre de 2008. A Brascan Residential Properties registrou um lucro líquido de R$ 15,2 milhões no primeiro trimestre do ano, o que representou uma significativa queda de 65,3% em comparação ao mesmo trimestre de 2008. A JBS Friboi teve um prejuízo líquido de R$ 322,7 milhões neste primeiro trimestre. O lucro líquido da construtora Tecnisa sofreu uma queda de 28,7% ficando em R$ 21,5 milhões. A japonesa Panasonic registrou um prejuízo anual de aproximadamente US$ 3,9 bilhões.

Alguns crescem
De forma inevitável, com a expansão da população alcançada pelos serviços de fornecimento de energia elétrica, a CESP reportou uma alta de 146% nos resultados ao somar um lucro líquido de R$ 139 milhões. A CPFL Energia registrou neste último trimestre um lucro líquido de R$ 283 milhões, o que representa uma alta de 6,5% em relação ao mesmo período de 2008. Mesmo com campanhas de conscientização do uso racional da energia elétrica, a expansão populacional e os programas assistenciais dos governos, garantiram a expansão do mercado e os lucros no primeiro trimestre de 2009. Não tem jeito: ou paga, ou cortam.

Resultados de financeiras
A Rodobens Negócios Imobiliários sofreu uma leve queda de 8% nos resultados ao apresentar um lucro líquido de R$ 10,4 milhões. O Banco Pine divulgou um lucro líquido de R$ 20,07 milhões, valor 51,5% menor em comparação ao primeiro trimestre de 2008. O Banco Nossa Caixa fechou o primeiro trimestre com um prejuízo líquido de R$ 349 milhões, contra um lucro de R$ 114,9 milhões do ano passado. Uma retração e tanto, mesmo os bancos oficiais e privados tendo alcançado as metas de todo o ano de 2009. É que as previsões anuais para este ano eram pessimistas, deixando bem evidentes as diferenças entre os anos 2008 e 2009.

Eco
Espero ecoar a idéia de que os dois trimestres não podem ser comparados sem uma ponderação considerável entre as justificativas para cada período (primeiro trimestre de 2008 e primeiro trimestre de 2009). Não canso de ler os sustos e a mídia escandalosa divulgando as comparações periódicas sem qualquer filtro. Parece que o cenário atual era o mesmo que de um ano atrás. Muita coisa mudou. A confiança no sistema está quebrada, há pouco dinheiro para muito custo. Muitos poupam e poucos investem. Um período nebuloso para a produção. Faço “Eco” sonoro e “Eco” ecológico. Estava escrito nas estrelas: a capacidade de suporte o sistema de produção atual está próxima (se não, ultrapassada).

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