quarta-feira, 17 de novembro de 2010

MAIS QUE UMA BANDEIRA

No meio da madrugada de um dos dias de reforma em casa, percebi que a bandeira esquecida, amarrada no portão de entrada, tremulava triunfante com a brisa fria peculiar.

Foi instintivo. Sabe quando agente sente, inexplicavelmente, uma sensação de vitória e uma esperança desmedida inunda nossas expectativas? Bom, foi assim comigo naquela madrugada .

Não era, propriamente, o que trazia a escrita naquela flâmula. Nem seus símbolos, forma ou cores. Era bem mais que isso! Era um sinal de novos tempos, de que as coisas que realmente precisam mudar, irão mudar.

Como a esperança popular, anestesiada por tanta dor experimentada, quando quase nada mais incomoda, assim estava a minha também. Quando as expectativas de uma representação legítima significam muito menos. Quando a cadeia de acontecimentos aponta para um precipício inevitável. É quando se faz necessária a presença de um governante de pulso e ideia firmes.

Era essa mensagem que aquela bandeira me trazia naquele instante. Mais que modismo, mais que paixão partidária,mais que ideologias a serem defendidas. Era um sentimento intrínseco de quem sofre ao ver as coisas públicas serem geridas com a total isenção de legitimidade.

A mudança não pode ser só em quem senta na cadeira maior do governo do estado do Amapá. A mudança tem que estar na forma de se fazer as coisas. Os meios e os fins precisam de uma transformação impactante.

Nosso povo do Amapá precisa de mais que esmolas e a mediocridade da gestão da coisa pública experimentada há tempos. Precisa de compromisso com a gente daqui. Precisa de resultados ótimos, de eficiência nas ações públicas. Precisa de alguém que, desprendendo-se de seu próprio “alguém”, tire os vícios dos olhos e enxergue mais longe. Longe, mas construindo hoje o futuro que desejamos.

Que nossas expectativas não sejam frustradas. Que nossos sonhos democráticos não sejam a utopia desenhada por ideologias, mas a realidade construída com muito suor e compromisso com o coletivo, com o popular, com a solidez da maioria.

Boa sorte ao novo governador do Amapá. Novo na idade, mas que seja novo no jeito de fazer, no jeito de enxergar, no jeito de resolver, no jeito de ser. Boa sorte pra todos nós. Bom trabalho, governador.

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