quinta-feira, 5 de março de 2009

RAPIDINHAS (04mar2009)...

Resultados corporativos
Pão de Açúcar registrou um lucro de R$ 102,3 milhões no último trimestre do ano passado, o que representou uma queda de 9,2% em relação ao mesmo período do ano retrasado. No resultado anual, porém, a empresa apresentou um lucro 41,6% maior que 2007, no modelo pró-forma. O Banco Sofisa divulgou uma alta de 41,9% em seu lucro anual, em comparação com 2007, mesmo com uma queda de 56,2% em seu lucro líquido no quarto trimestre do ano passado. Para fechar com chave de ouro, o HSBC no Brasil reportou um lucro recorde, ao marcar R$ 1,35 bilhão em lucros líquidos no ano de 2008, uma alta de 9% em comparação com 2007. Além disto, descarta a necessidade de demissões. Em comparação, o HSBC britânico divulgou ontem uma queda de 70% em seu lucro líquido (US$ 5,73 bilhões em 2008) e a demissão de 6.100 funcionários.

Declaração IR 2008
O prazo para declarar o Imposto de Renda ano base 2008, em relação aos rendimentos do ano passado, começou na última segunda-feira, dia 02 de fevereiro, e os aposentados que receberam atrasados (diferenças não pagas pelo INSS nos últimos cinco anos) de ação de revisão ou concessão de benefícios relativos ao ano passado devem ficar atentos. Algumas pessoas terão de pagar mais imposto, outros receberão restituição.

Aviso aos pensionistas
No ano passado, 531.982 segurados receberam atrasados em forma de RPVs (requisições de pequeno valor), com valor de até 60 salários mínimos. Se a soma dos atrasados com a aposentadoria recebida em 2008 ultrapassar o valor de R$ 16.473,72, limite de isenção de Imposto de Renda no ano passado, o aposentado terá de pagar mais imposto, além dos 3% que são retidos na fonte. Contudo, se a soma dos atrasados e dos rendimentos ficarem abaixo de R$ 16. 473,72, o aposentado deve declarar o IR deste ano para ter de volta os 3% descontados na hora do pagamento.

Pessimismo para o Brasil
Com os olhos limpos de qualquer visão apaixonada, estudos estrangeiros mostram tendência lógica para o mercado brasileiro em 2009. Segundo a Unidade de Inteligência do The Economist, esforços das autoridades financeiras do Brasil, cortes de juros pelo Copom, ou medidas do Congresso brasileiro serão em vão: o PIB no Brasil irá sofrer uma retração de 0,5% em 2009. Além disto, o Merrill Lynch (atual Bank of América) revisou de 0,1% para 0,4% a queda no PIB mundial em 2009, o que não irá contribuir para a saúde econômica da América Latina em geral. O pessimismo parece acabar apenas em 2010, onde o The Economist mostra uma previsão de 3,2% para o crescimento do PIB no Brasil, mas pede atenção para as eleições em outubro. De certa forma, a torcida dos gringos é contra nossos resultados positivos. Se os mais “fortes” entram em recessão, porque não os mais “fracos”. Sem deixar de considerar os países desenvolvidos como os mais protecionistas.

Calmaria antes da tormenta
Após um dia muito agitado, o investidor pôde tomar um fôlego ontem, terça-feira (03/03), pela cadência prevista para a agenda do investidor. No Brasil, apenas a divulgação do IPC (Índice de Preços ao Consumidor), medido pela FIPE. Nos Estados Unidos, os investidores conheceram, através do Pending Home Sales, o número de venda de casas existentes, porém com transação pendente. Mesmo com uma agenda para os negócios futuros de ontem, muita atenção para o Livro Bege (Beige Book), relatório que será divulgado hoje pelo Federal Reserve. Os impactos no andamento dos números nas bolsas mundiais costumam interagir com o relatório do FED. A tal cadeia que sente uma micro-onda como um tsunami no mercado financeiro de qualquer país, ou uma pororoca para os rumos do Amapá.

Realmente, o mar não está para peixes
A montadora japonesa Toyota informou ontem, terça-feira (03/03), que suas vendas nos Estados Unidos tiveram uma queda de 39,8% em fevereiro, na comparação com o mesmo mês do ano passado, para 109.583 unidades. Em fevereiro de 2008 foram vendidas 182.169 unidades. Segundo a empresa, as vendas de carros caíram 36,3%, para 64.956 unidades. Já as vendas de caminhões leves tiveram queda de 44,4%, para 44,627 unidades. A montadora pediu financiamento (empréstimo) de US$ 2 bi para uma instituição financeira japonesa. Parece que os resultados da marca não andam muito bem, nem mesmo na economia interna.

Para todos
Os respingos a crise, que diria ser de confiança, não apenas financeira, são aparentes onde que analisemos. Nos Estados Unidos da America a Ford Motor já divulgou suas vendas nos nacionais, com um resultado inferior ao da rival japonesa (Toyota): foram vendidas 96.044 unidades no mês passado, contra 192.248 no mesmo mês em 2008. A queda foi de 48%, mostrando uma alteração super relevante no consumo dos norte-americanos. Com um bem que representa muito mais que a utilidade, o carros, também sinônimo de status, é uma das paixões do consumismo naquele país, um indicativo da queda na demanda do mercado nacional de forma generalizada. Todos acabam pagando o preço!

Uma mão sustenta a outra
Em tempos de crise até o ditado popular se adéqua às principais necessidades empresariais, surpreendendo o mercado e suas regras autônomas de auto-sustentação. É que os fornecedores de grandes empresas, diante das alterações na regras do jogo, ficam impossibilitados em continuar a prestação dos serviços, pelo peso da alta nos preços e na retração do crédito. Mas uma saída improvável aparece nas empresas nacionais, como medida para conter as demissões em cadeia decrescente nas empresas fornecedoras e manter o nível programado de operação. A Vale, Nestlé, Petrobras, O Boticário, Vivo, Xerox e Unilever estão entre as principais empresas que adotam políticas de facilitação dos negócios com os fornecedores. Somente a Vale, a Petrobras e O Boticário contam com mais de 19 mil fornecedores. Mas não se compraram à Nestlé, com mais de 44 mil fornecedores, que abre uma linha de credito exclusiva aos parceiros, são mais de US$ 40 milhoes aos fornecedores em situação crítica.

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