sábado, 28 de março de 2009

RAPIDINHAS (27mar2009)...

Banho de água fria
Ontem (26) pela manhã, o Departamento do Comércio dos Estados Unidos divulgou que a economia do país sofreu retração de 6,3% no quarto trimestre de 2008, enquanto que o mercado projetava uma queda de 6,6%. O número mostra que as previsões foram pessimistas. Mesmo os dados sobre a economia norte-americana vindo um pouco melhores do que o projetado por analistas do mercado, o número é significativo e preocupante. Os impactos devem ser sentidos em toda a semana, tirando a tônica alteração nas bolsas depois do anuncio do pacote dps títulos podres anunciado pelo governo norteamericano.

Preocupação
Sendo os Estados Unidos da América o país que amais crescia em volume capital, mostrando uma retração tamanha na movimentação comercial doméstica, um fator pessimista interessante aparece: falhando o “motor” do sistema, todo o sistema deve falhar. Em outras palavras, a marolinha de Lula esta mais para um tsunami nos países em desenvolvimento, dependentes da saúde econômica dos “desenvolvidos”.

O “porque”
O decréscimo do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos no quarto trimestre é consequência de um reflexo de contribuições negativas das exportações, gastos dos consumidores e investimentos em residências. O recuo das vendas de equipamentos de software também contribuiu para a queda do PIB norte-americano. As exportações norte-americanas recuaram porque percebe-se em alguns países o movimento de desvalorização da moeda em relação ao dólar e outro ponto é que com o início da crise do subprime os países já sentiram os efeitos e diminuíram a capacidade de compra.

Reflexos aqui
Para o Brasil, o número apenas justifica a queda nas exportações brasileiras, uma vez que a queda no PIB dos Estados Unidos significa um declínio nas nossas vendas para o mercado internacional, uma vez que temos grande parte de nossa paute de exportações atendendo ax necessidades de recursos do país com maior mercado consumidor do mundo. Então, com os Estados Unidos comprando menos, observando retração no mercado, os produtores mundiais que tem negócios com o aquele pais (todos) sofrem com o estoque da produção, preço de mercado, produção, desemprego, redução da renda nacional e local.

Mais números
Outro fator importante foi em relação ao recuo nos gastos dos consumidores - que passou de uma queda de 3,8% no terceiro trimestre de 2008 para 4,3% no último trimestre. A indicação lógica para a problemática gira em torno da crise de confiança. Se não há investimentos pela elevação no índice de inadimplentes, há retração da produção, diminuição do nível de renda, desemprego e outros. Com tal cenário de incertezas, o consumidor retrai e tende a poupar mais, antevendo uma crise nas finanças domésticas e pessoais. Tal comportamento natural foi observado em todo o mercado.

Um plano?
Para conter a desconfiança generalizada, Barak Obama propôs um plano, que busca limpar cerca de US$ 1 trilhão dos ativos “ruins” dos balanços das instituições com dificuldades financeiras, utilizando recursos público-privados onde o governo irá conceder incentivos aos investidores privados para adquirirem os títulos, que por sua vez poderão lucrar com uma possível melhora nos preços de tais ativos no futuro. Mas a ratificação é mais que necessária. É uma aposta de retorno pela garantia de que nada mude! A tendência natural seria a ocorrência de um novo colapso, caso as regras estruturais do jogo não se alterem.

Um lado positivo
Com o agravamento da crise externa e a desvalorização do real frente ao dólar, as viagens internacionais ficaram mais caras para os brasileiros, beneficiando os destinos nacionais. A variação cambial também tem atraído viajantes da América do Sul para os roteiros no Brasil. No primeiro bimestre, houve um pequeno aumento de demanda por pacotes nacionais, diante dos preços convidativos, já que boa parte dos que iriam para o exterior optou por ficar no País. Nos pacotes internacionais, houve queda de 30% nas vendas desde dezembro. Mais promoções e redução de preços são forte expectativa para abril vindouro.

Mais dinheiro na casa
Dados do Banco Central mostraram que as despesas dos turistas brasileiros no exterior caíram 32,14% em fevereiro em comparação com igual período de 2008 e somaram US$ 551 milhões. Nos primeiros dois meses do ano, os gastos recuaram 27,55%, para US$ 1,294 bilhão, um bom indicador para a nossa economia domestica, que passa a “gastar” menos em outras praças e faz mais dinheiro circular no próprio país.

Estratégia
Algumas estratégias são usadas pelas agências de viagens ao exterior, como bonificação no trecho internacional, facilitação no pagamento dos pacotes internacionais, e diversas promoções para o mercado. Uma tentativa de assegurar o nicho de mercado, que percebeu grande expansão entre 2007 e os “bons” meses de 2008. Parece que a aposta esta realmente nos destinos nacionais. Num país com características e dimensões continentais não fica difícil de convencer os consumidores a deixar de real no mercado local.

Bom?
Segundo a Abav, a quantidade de estrangeiros que visitam o País não diminuiu nos dois primeiros meses deste ano. "A queda de norte-americanos e europeus têm sido compensada pelos sul-americanos, principalmente argentinos, já que o câmbio ficou atraente. Entretanto, este público gasta menos", lembra. Para o executivo, se melhorar a situação da economia, a vinda de estrangeiros deve ficar estável em 5 milhões.

Menos dinheiro entrando
O Banco Central informou que mês passado houve queda de 13,13% em relação ao mesmo intervalo de 2008, para US$ 430 milhões. No bimestre, os gastos contabilizaram US$ 922 milhões, contra US$ 1,090 bilhão entre os meses de janeiro e fevereiro de 2008. Parece que nossos “hermanos” estão mais dispostos a nos visitar, mas infelizmente o status de país em desenvolvimento deixa Argentina e companhia numa situação parecida com a nossa: com muita vontade e pouco dinheiro. Aproveitemos o que pudermos!

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