sábado, 7 de março de 2009

RAPIDINHAS (07MAR2009)

Em maus lençóis!
Os auditores da Deloitte & Touche, em relatório enviado a SEC dos Estados Unidos (Securities and Exchange Commission, instituição como a Comissão de Valores Mobiliários aqui do Brasil), estão próximos de colocar a GM em cheque-mate, uma vez que estão em dúvidas sobre a sobrevivência da montadora devido a gigantescas perdas divulgadas desde 2007 e também pela falta de capital, mesmo com os socorros apresentados pelo Departamento do Tesouro do país. A empresa admitiu que, caso não consiga executar com excelência o Plano de Viabilidade apresentado ao Tesouro norte-americano, poderá requisitar ajuda na Lei de Falências dos Estados Unidos. Apenas por mencionar o termo falência, as ações da montadora despencaram mais de 14% nos pregões de Nova York. O termo assusta a todos, inclusive o mercado geral automobilístico.

Agora, uma vitrine
A Tele Norte Leste Participações, popularmente conhecida como Telemar, sofreu uma queda de aproximadamente 50% nos resultados comparando-se com 2007, ao anunciar um lucro líquido de R$ 1,15 bilhão no acumulado de 2008. Parece que evasão de assinantes, migrando da telefonia fixa para a tecnologia móvel. Mas a tendência de queda atingiu também a telefonia móvel.

Tem crise pra todo lado
A operadora Oi aparentemente sofreu com a crise no último trimestre de 2008, uma vez que o lucro líquido no período recuou 91%, com R$ 77 milhões, contra os R$ 882 milhões do mesmo período do ano passado. No resultado anual, a Oi atingiu um lucro líquido de R$ 1,154 bilhão, o que representa uma queda de 50,21%. Fora isto, a companhia anunciou a intenção de investir até R$ 6 bilhões, ainda em 2009, para captar cerca de 9 milhões de clientes à sua base.

Mudanças na matriz energética
O embaixador-chefe da Delegação da Comissão Europeia no Brasil, João José Soares Pacheco, disse hoje que a Europa não tem "a mínima ilusão de ser competitiva no setor de biodiesel. "Nosso interesse não é econômico, mas puramente ambiental", disse ele, destacando que segundo determinação do governo europeu, a partir de 2020, 10% de toda energia utilizada para transporte na região deverá ter origem renovável.

Tecnologia brasileira
Considerando a tecnologia centenária brasileira na produção do etanol (biocombustível), os europeus reconhecem a dependência atual do combustível e da tecnologia brasileiros. "A maior parte desta energia deverá vir de biocombustíveis, e nós sabemos disso", disse o embaixador Pacheco. Ainda foi destacada que o país vem buscando maneiras para produzir etanol de segunda geração. "Mas aí temos consciência de que se trata de um projeto para o longo prazo", ponderou.

Polêmica pros lados de lá
O embaixador-chefe destacou que o etanol é um assunto polêmico na Europa. "Há três anos o etanol era visto como uma alternativa sustentável e favorável ao meio-ambiente. De lá pra cá essa situação se inverteu, e a produção do biocombustível começou a ser vista como um risco para a oferta de alimentos no mundo e como efeito agravante para o efeito estufa", disse. "Já estou convencido de que isso não é verdade. Mas se trata de um embate difícil."

Barreira não-tarifárias
Como medida protecionista, em meio ao cenário caótico atual, várias imposições foram expostas para que o etanol brasileiro possa ser exportado para a Europa. "Queremos garantia de que o que o produto que estamos importando é produzido de maneira sustentável. Quanto a isso, ainda não há clareza do lado brasileiro", afirmou Pacheco. Eh uma medida que mostra o posicionamento egoísta dos países ricos, deixando ao encargo dos países em desenvolvimento os custos para a mudança da matriz energética.

Condiz com o discurso
Tal posicionamento foi bastante difundido no Encontro Internacional de Direito Ambiental na Amazônia em seu primeiro dia. Um economista, expositor do primeiro painel, alemão, defende que os custos devem ser direcionados para países como o Brasil, tendo a Europa como países investidores, “colaboradores” na produção mais consciente, de forma sustentável e ideal.

Logística
Questionado se a Europa está tomando iniciativas para facilitar a entrada do combustível no país, já que as companhias brasileiras sofrem com a falta de transporte adequado (como dutos) o que acaba encarecendo o preço do produto, Pacheco disse: "Nós anunciamos que em 2020 precisaremos de 10% de todo combustível usado na região, na forma de biocombustível, os interessados que se virem". Parece que, pelo menos no discurso, as respostas vêm à contento.

No Amapá
A tendência local acompanha os movimentos nacionais. A alteração gradativa na matriz energética, substituindo os combustíveis fósseis (derivados do petróleo) por combustíveis de origem vegetal (os biocombustíveis), mostra que o caminho pode ser considerado adequado. A entrada dos motores automobilísticos flex, que deixa o poder de escolha para o consumidor, parece contagiar o mercado, seja pela economia, seja pela questão ambiental. Os carros populares mais vendidos no Amapá observam a possibilidade do biocombustivel, ainda em fase de expansão no gosto do amapaense.

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